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Médico considera provocação acusações contra Armstrong

Para o médico envolvido no caso Armstrong, as drogas teriam "mais efeito placebo que qualquer outra coisa"


	Lance Armstrong: rendimento do ciclista não teria aumentado mais de 6% com as transfusões praticadas
 (Spencer Platt/Getty Images)

Lance Armstrong: rendimento do ciclista não teria aumentado mais de 6% com as transfusões praticadas (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 18h46.

O médico italiano Michele Ferrari, personagem central do caso Armstrong e acusado pelo Tribunal de Pádua por formação de quadrilha, tráfico e utilização de produtos dopantes, evasão fiscal e contrabando, afirmou nesta sexta-feira que tais investigações não são mais que "uma provocação".

No blog de seu filho, também médico, Ferrari afirma que "a eficácia do doping não está provada" e que certas drogas "têm mais efeito placebo que qualquer outra coisa". Ele dá como exemplo Lance Armstrong, a quem considera estar 'errado' por afirmar que é impossível vencer o Tour de France sete vezes sem se dopar.

Após questionar o uso da testosterona por parte do ciclista americano e seus ex-companheiros, Ferrari falou sobre o EPO, hormônio usado pelo ciclista para aumentar o rendimento.

"As transfusões descritas, como foram descritas, não teriam aumentado seu rendimento em mais de 3% ou 6%. E ele teria conseguido o mesmo resultado treinando na altitude", argumentou o médico.

Michele Ferrari também declarou que Armstrong teria chegado ao mesmo nível sem se dopar, já que 'tinha um talento muito maior que o de seus adversários da época'. 

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