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'Maior cidade antiga' do Egito é descoberta perto de Luxor

A missão começou suas escavações em setembro de 2020 entre os templos de Ramses III e Amenophis III, perto de Luxor, cerca de 500km ao sul do Cairo

Uma das quatro esfinges de arenito antigas restauradas extraídas da Avenida das Esfinges em Luxor. (AFP/AFP)
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Julia Storch

Publicado em 10 de abril de 2021 às 06h51.

Uma missão arqueológica egípcia descobriu a "maior cidade antiga do Egito ", com mais de 3.000 anos, perto de Luxor (sul), anunciou seu diretor, o arqueólogo Zahi Hawass.

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"A missão arqueológica [...] descobriu uma cidade soterrada que data do reinado do rei Amenófis III e que continuou a ser usada pelo rei Tutancâmon, ou seja, há 3.000 anos", disse a missão arqueológica em um comunicado.

Amenófis III, que ascendeu ao trono em 1.391 aC, morreu em 1.353 aC. Na cidade foram encontrados objetos, como joias e peças de cerâmica com seu selo, que permitiram confirmar a datação, precisa o texto. É "a maior cidade antiga do Egito", segundo Hawass, citado no comunicado.

A missão começou suas escavações em setembro de 2020 entre os templos de Ramses III e Amenophis III, perto de Luxor, cerca de 500km ao sul do Cairo.

"Em poucas semanas, para grande surpresa da equipe, começaram a aparecer formações de adobe", disse o comunicado. O local encontra-se “em bom estado de conservação, com paredes quase inteiras e salas repletas de utensílios do dia a dia”.

A descoberta "desta cidade perdida é a descoberta arqueológica mais importante desde a tumba de Tutancâmon", disse Betsy Brian, professora de egiptologia da Universidade John Hopkins nos Estados Unidos, também citada no comunicado.

A cidade recém-descoberta permitirá "nos oferecer uma visão geral incomum da vida dos antigos egípcios durante as horas mais luxuosas do [Novo] Império".

A cidade é formada por "três palácios reais [...] e o centro administrativo e industrial do Império". Além disso, os arqueólogos também exumaram uma "área de preparação de alimentos" com uma "padaria", um "bairro administrativo" e uma "oficina" de construção. Também foram descobertas duas esculturas de "vacas ou touros" e restos humanos, algo "inusitado".

Depois de anos de instabilidade política relacionada com a revolta popular de 2011, um duro golpe para o turismo, um setor chave, o Egito está tentando atrair visitantes, especialmente promovendo seu patrimônio antigo.

Na semana passada, 22 tanques com múmias de reis e rainhas do Egito percorreram o centro do Cairo, em um desfile espetacular, até o Museu Nacional da Civilização Egípcia (NMEC), onde serão exibidos.

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