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Lenda viva da música, Paul McCartney continua relevante aos 70 anos

Por sua carreira, o livro Guinness dos Recordes chegou a qualificá-lo como o compositor de maior sucesso de todos os tempos

Paul McCartney no show do Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II (David Moir/Reuters)

Paul McCartney no show do Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II (David Moir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 06h30.

Londres - Nem a passagem dos anos nem os novos talentos musicais podem ofuscar Paul McCartney, uma lenda viva que completa nesta segunda-feira, dia 18, 70 anos e é tão venerado pelos britânicos como a rainha Elizabeth II da Inglaterra.

Nascido em 18 de junho de 1942 em Liverpool, noroeste da Inglaterra, sir James Paul McCartney fará nesta segunda uma pausa em sua intensa agenda de trabalho para celebrar seu aniversário sem grande pompa, rodeado por família e amigos, segundo ele mesmo revelou.

Com seu aspecto de eterno adolescente, sua simplicidade e sua proximidade das pessoas, McCartney continua gerando muita atenção da mídia e é sinônimo da melhor coisa que aconteceu ao Reino Unido no século XX em termos musicais: os Beatles.

Embora a única que possa usar coroa no Reino Unido seja Elizabeth II, Paul é indiscutivelmente o rei da música, superando inclusive outros grandes compatriotas. como Mike Jagger, David Bowie, Elton John, Rod Stewart e Bryan Ferry.

Tamanha é sua importância que o músico está presente nos eventos musicais britânicos mais importantes, como foi o recente show na frente do Palácio de Buckingham para homenagear Elizabeth II por seus 60 anos no trono.

Em recente entrevista ao jornal The Daily Telegraph, Macca, como é chamado pelos fãs, brincou ao afirmar que o reinado de Elizabeth II será recordado como o dos Beatles.

Como a música é sua paixão, apesar de os anos terem tirado a potência de sua voz, McCartney continuará marcando presença nos grandes eventos - no dia 27 de julho, ele será o responsável por concluir o show da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

Paul não pensa em se aposentar e acredita que ficaria entediado se deixasse de trabalhar, como afirmou ao lançar seu último disco Kisses on the Bottom, que conta com algumas das canções tradicionais que inspiraram os Beatles.

"Eu gosto do que faço, esse é o grande segredo, eu gosto demais. O que mais vou fazer? Ficar sentado na frente da televisão?", afirmou em janeiro durante o lançamento do disco.

Com seu rosto pueril e seu cabelo tingido, McCartney é sem dúvida a lembrança viva do lendário quarteto de Liverpool, dissolvido em 1970 e criado há 50 anos.


O livro Guinness dos Recordes chegou a qualificá-lo como o compositor de maior sucesso de todos os tempos, com 60 discos de ouro e vendas de singles que superaram os 100 milhões de unidades.

Sua fortuna pessoal, crescente com a passagem dos anos, é estimada em US$ 1 bilhão, graças em parte aos lucros de sua empresa MPL Communications, proprietária dos direitos autorais de milhares de canções.

Além de ter escrito as músicas mais famosas dos Beatles, como 'Yesterday', 'Hey Jude' e 'Let It Be', McCartney é compositor de música clássica, eletrônica e de trilhas sonoras; a mais famosa delas, 'Live and Let Die', para um filme de James Bond.

As canções dos Beatles, as que compôs com a banda Wings (que formou com sua primeira mulher Linda Mcartney após a dissolução dos Beatles), e outras mais recentes continuam fazendo sucesso e atraindo multidões para os shows que faz ao redor do mundo.

Vegetariano, defensor dos direitos dos animais e apaixonado pela educação musical, McCartney passa a maior parte do tempo em Londres com sua terceira mulher, a americana Nancy Shevell, com quem se casou no último dia 9 de outubro.

A primeira mulher de Paul, Linda, morreu de câncer de mama em 1998 e seu segundo casamento, com a modelo Heather Mills, acabou em um amargo e caro divórcio em 2008.

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