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Jules Bianchi, um jovem com o automobilismo nos genes

Bianchi seguiu os passos de seu avô Mauro, que foi piloto de F3 e de seu pai, que administrou durante anos a pista de kart de Brignoles

Jules Bianchi: o piloto faleceu na sexta-feira à noite, após nove meses em estado vegetativo (Reuters/Yuya Shino)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2015 às 16h20.

Nascido em uma família originária de Milão e fanático por automobilismo , o francês Jules Bianchi, que faleceu na sexta-feira à noite aos 25 anos, menos de um ano depois do acidente sofrido no GP de Suzuka (Japão), tinha a F1 nos genes.

O jovem começou a disputar a Fórmula 1 em 2013, pela escuderia russa Marussia, após passar um ano como piloto reserva na Ferrari e Force India.

Nascido em Nice, em agosto de 1989, seguiu os passos de Mauro, seu avô, piloto de F3 e uma das grandes figuras do esporte motorizado da década de 1960.

Mas o acidente de Jules, no domingo 5 de outubro de 2014, no circuito de Suzuka, e sua morte nesta sexta-feira, recorda um outro drama familiar. O de seu tio-avô Lucien, que correu 17 Grand Prix de F1, subindo ao pódio em Mônaco, em 1968, e no mesmo ano vencendo as 24 Horas de Le Mans.

Foi neste evento que ele perdeu a vida um ano mais tarde, em 1969. Durante os testes preliminares, seu Alfa Romeo atingiu um poste e pegou fogo. Ele morreu aos 34 anos.

O pai de Jules, Philip, administrou durante anos a pista de kart de Brignoles (Var), perto do circuito de Paul-Ricard, onde Bianchi Junior fez sua estreia como piloto de corridas.

Depois de subir todos os degraus, o jovem Jules Bianchi, que entrou em 2009 na Academia de pilotos da Ferrari, correu a Fórmula 3 e duas temporadas da GP2 (3º em 2010 e 2011), antes de retornar em 2012 à Fórmula Renault 3.5, perdendo o título na última corrida depois de uma choque contencioso com o holandês Robin Frijns.

Na Marussia, que acreditou em seu talento, ele ofereceu à escuderia, fundada em 2010 sob o nome de Virgin, seus primeiros pontos na F1.

"Pronto" para Ferrari

Em plena ascensão, após provar a extensão de seu talento desde março de 2013 ao volante de um carro pequeno, Jules Bianchi não pretendia parar pelo caminho.

Três dias antes do início do GP do Japão em Suzuka ele declarou sentir-se "pronto" para assumir o volante de um Ferrari na próxima temporada.

"É claro que eu estou pronto. Estou trabalhando para isso desde que entrei na Academia, no final de 2009. Corri duas temporadas de Fórmula 1. Acredito que tenho uma boa experiência e me sinto pronto", assegurou Bianchi durante a coletiva de imprensa da FIA que precedeu a corrida fatídica.

Lúcido e modesto, imediatamente relativizou suas observações: "Obviamente, neste momento, os dois pilotos (Alonso e Raikkonen) têm contratos, por isso eles não precisam de mim, mas se surgir a oportunidade, acho que seria bom para mim".

Para Bianchi, a oportunidade poderia ter virado realidade com a possibilidade, evocada recentemente pelo chefe da F1 Bernie Ecclestone, de permitir que equipes maiores corram com três carros no próximo ano.

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Nascido em uma família originária de Milão e fanático por automobilismo , o francês Jules Bianchi, que faleceu na sexta-feira à noite aos 25 anos, menos de um ano depois do acidente sofrido no GP de Suzuka (Japão), tinha a F1 nos genes.

O jovem começou a disputar a Fórmula 1 em 2013, pela escuderia russa Marussia, após passar um ano como piloto reserva na Ferrari e Force India.

Nascido em Nice, em agosto de 1989, seguiu os passos de Mauro, seu avô, piloto de F3 e uma das grandes figuras do esporte motorizado da década de 1960.

Mas o acidente de Jules, no domingo 5 de outubro de 2014, no circuito de Suzuka, e sua morte nesta sexta-feira, recorda um outro drama familiar. O de seu tio-avô Lucien, que correu 17 Grand Prix de F1, subindo ao pódio em Mônaco, em 1968, e no mesmo ano vencendo as 24 Horas de Le Mans.

Foi neste evento que ele perdeu a vida um ano mais tarde, em 1969. Durante os testes preliminares, seu Alfa Romeo atingiu um poste e pegou fogo. Ele morreu aos 34 anos.

O pai de Jules, Philip, administrou durante anos a pista de kart de Brignoles (Var), perto do circuito de Paul-Ricard, onde Bianchi Junior fez sua estreia como piloto de corridas.

Depois de subir todos os degraus, o jovem Jules Bianchi, que entrou em 2009 na Academia de pilotos da Ferrari, correu a Fórmula 3 e duas temporadas da GP2 (3º em 2010 e 2011), antes de retornar em 2012 à Fórmula Renault 3.5, perdendo o título na última corrida depois de uma choque contencioso com o holandês Robin Frijns.

Na Marussia, que acreditou em seu talento, ele ofereceu à escuderia, fundada em 2010 sob o nome de Virgin, seus primeiros pontos na F1.

"Pronto" para Ferrari

Em plena ascensão, após provar a extensão de seu talento desde março de 2013 ao volante de um carro pequeno, Jules Bianchi não pretendia parar pelo caminho.

Três dias antes do início do GP do Japão em Suzuka ele declarou sentir-se "pronto" para assumir o volante de um Ferrari na próxima temporada.

"É claro que eu estou pronto. Estou trabalhando para isso desde que entrei na Academia, no final de 2009. Corri duas temporadas de Fórmula 1. Acredito que tenho uma boa experiência e me sinto pronto", assegurou Bianchi durante a coletiva de imprensa da FIA que precedeu a corrida fatídica.

Lúcido e modesto, imediatamente relativizou suas observações: "Obviamente, neste momento, os dois pilotos (Alonso e Raikkonen) têm contratos, por isso eles não precisam de mim, mas se surgir a oportunidade, acho que seria bom para mim".

Para Bianchi, a oportunidade poderia ter virado realidade com a possibilidade, evocada recentemente pelo chefe da F1 Bernie Ecclestone, de permitir que equipes maiores corram com três carros no próximo ano.

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