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Harrison Ford relembra que não é fã de ficção científica

Harrison Ford não se empolga com ficção científica, mas mesmo assim volta agora ao gênero em "Ender"s Game - O Jogo do Exterminador"

Harrison Ford: Ford se empenha em minimizar o seu trabalho e ressaltar que o cinema é uma indústria como outra qualquer (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 15h31.

Madri - "Não sou um grande admirador da ficção científica", disse Harrison Ford em 1977, logo depois das filmagens do primeiro "Star Wars", uma das mais celebradas sagas do cinema , aqui no Brasil batizada de "Guerra nas Estrelas".

Nem Han Solo da saga, nem Rick Deckard de "Blade Runner" o fizeram mudar de ideia: Harrison Ford não se empolga com ficção científica, mas mesmo assim volta agora ao gênero em "Ender"s Game - O Jogo do Exterminador".

"Esse gênero não tem nada a ver com o meu trabalho. Não me interesso por ele. Não sou um grande admirador da ficção científica", disse em Madri a um grupo de jornalistas durante a divulgação do filme, baseada no best seller de Orson Scott Card e adaptada para os cinemas por Gavin Hood.

Apesar ser um mito de Hollywood, ou exatamente por isso, Ford se empenha em minimizar o seu trabalho e ressaltar que o cinema é uma indústria como outra qualquer.

A modéstia do discurso se manifesta também em como se veste. No lançamento, o ator usava uma calça escura, camisa xadrez discreta e o brinco que colocou na orelha quando completou 55 anos como única intervenção estética.

"Sou um mero ajudante do contador de histórias no negócio do cinema, que sempre foi um negócio e sempre será", assegura. "Minha responsabilidade é com as pessoas que me contratam e meu trabalho é contribuir para criar o melhor produto possível para o público", disse em entrevista.


"Esse é o único contexto no qual situo o que faço. Busco boas histórias, desafios e gente boa para trabalhar", continuou o eterno Indiana Jones, protagonista de alguns dos longas mais bem sucedidos do cinema.

Foi por isso que escolheu participar de "Ender"s Game - O Jogo do Exterminador", embora Hood, ao ser perguntado sobre Ford, respondeu entre gargalhadas, acrescentou outro fator: o dinheiro.

Roberto Orci, produtor que também esteve por trás de sagas como "Transformers" e "Jornada nas Estrelas", se apressou em dizer: "Ele (Ford) disse que era a primeira vez em muito tempo que lia algo de ficção científica que tivesse uma mensagem, uma emoção, que não era um típico filme de verão. É possível assistir e se divertir, mas também falar e pensar. Isso o encantou".

E o ator confirmou. "O que me atraiu foi a história, a relação entre Graff e Ender e a enorme responsabilidade moral que representa a prática da guerra".

Ambientada em um cenário futurista, o filme conta a história de Ender, um jovem que foi selecionado para participar de um programa de preparação de líderes para enfrentar a guerra contra uma espécie alienígena.

O personagem de Harrison Ford, Graff, é o principal responsável pela seleção e formação de candidatos, que são tirados de seus lares ainda são crianças.


"Acho que é um personagem duro, manipulador, mas também consciente e assume as consequências de seu comportamento. Ele se sente responsável pela preservação da vida na Terra, além de sua relação com Ender. É uma historinha típica, mas interessante", explicou Ford.

Além da fantasia, o filme coloca questões éticas atuais, como o uso de drones nos conflitos bélicos e a participação de menores de idade nas guerras.

Quando entramos neste assunto, Harrison Ford abandonou a tranquilidade com que levava a conversa e se movimentou por todo o resto da coletiva.

"É um filme no qual as consequências da violência são abordadas com sutileza, embora não haja brigas ou perseguições. E o fato de não ter isso é muito importante. Hoje em dia, um piloto de drone pode chegar ao deserto de um país distante, matar combatentes e até civis e ir para sua casa almoçar", aponta.

"Este é o mundo no qual vivemos. Pensemos nisso, falemos disso, permitamos que nossos filhos compreendam e nos questionemos como nos sentimos a respeito. Essa é a conversa essencial que temos que ter."

O filme estreia nos EUA nesta sexta-feira e no Brasil em 13 de dezembro.

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Madri - "Não sou um grande admirador da ficção científica", disse Harrison Ford em 1977, logo depois das filmagens do primeiro "Star Wars", uma das mais celebradas sagas do cinema , aqui no Brasil batizada de "Guerra nas Estrelas".

Nem Han Solo da saga, nem Rick Deckard de "Blade Runner" o fizeram mudar de ideia: Harrison Ford não se empolga com ficção científica, mas mesmo assim volta agora ao gênero em "Ender"s Game - O Jogo do Exterminador".

"Esse gênero não tem nada a ver com o meu trabalho. Não me interesso por ele. Não sou um grande admirador da ficção científica", disse em Madri a um grupo de jornalistas durante a divulgação do filme, baseada no best seller de Orson Scott Card e adaptada para os cinemas por Gavin Hood.

Apesar ser um mito de Hollywood, ou exatamente por isso, Ford se empenha em minimizar o seu trabalho e ressaltar que o cinema é uma indústria como outra qualquer.

A modéstia do discurso se manifesta também em como se veste. No lançamento, o ator usava uma calça escura, camisa xadrez discreta e o brinco que colocou na orelha quando completou 55 anos como única intervenção estética.

"Sou um mero ajudante do contador de histórias no negócio do cinema, que sempre foi um negócio e sempre será", assegura. "Minha responsabilidade é com as pessoas que me contratam e meu trabalho é contribuir para criar o melhor produto possível para o público", disse em entrevista.


"Esse é o único contexto no qual situo o que faço. Busco boas histórias, desafios e gente boa para trabalhar", continuou o eterno Indiana Jones, protagonista de alguns dos longas mais bem sucedidos do cinema.

Foi por isso que escolheu participar de "Ender"s Game - O Jogo do Exterminador", embora Hood, ao ser perguntado sobre Ford, respondeu entre gargalhadas, acrescentou outro fator: o dinheiro.

Roberto Orci, produtor que também esteve por trás de sagas como "Transformers" e "Jornada nas Estrelas", se apressou em dizer: "Ele (Ford) disse que era a primeira vez em muito tempo que lia algo de ficção científica que tivesse uma mensagem, uma emoção, que não era um típico filme de verão. É possível assistir e se divertir, mas também falar e pensar. Isso o encantou".

E o ator confirmou. "O que me atraiu foi a história, a relação entre Graff e Ender e a enorme responsabilidade moral que representa a prática da guerra".

Ambientada em um cenário futurista, o filme conta a história de Ender, um jovem que foi selecionado para participar de um programa de preparação de líderes para enfrentar a guerra contra uma espécie alienígena.

O personagem de Harrison Ford, Graff, é o principal responsável pela seleção e formação de candidatos, que são tirados de seus lares ainda são crianças.


"Acho que é um personagem duro, manipulador, mas também consciente e assume as consequências de seu comportamento. Ele se sente responsável pela preservação da vida na Terra, além de sua relação com Ender. É uma historinha típica, mas interessante", explicou Ford.

Além da fantasia, o filme coloca questões éticas atuais, como o uso de drones nos conflitos bélicos e a participação de menores de idade nas guerras.

Quando entramos neste assunto, Harrison Ford abandonou a tranquilidade com que levava a conversa e se movimentou por todo o resto da coletiva.

"É um filme no qual as consequências da violência são abordadas com sutileza, embora não haja brigas ou perseguições. E o fato de não ter isso é muito importante. Hoje em dia, um piloto de drone pode chegar ao deserto de um país distante, matar combatentes e até civis e ir para sua casa almoçar", aponta.

"Este é o mundo no qual vivemos. Pensemos nisso, falemos disso, permitamos que nossos filhos compreendam e nos questionemos como nos sentimos a respeito. Essa é a conversa essencial que temos que ter."

O filme estreia nos EUA nesta sexta-feira e no Brasil em 13 de dezembro.

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