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Gibis de Pelezinho e Astronauta chegam à Alemanha

A chegada dos quadrinhos representa um gol que Maurício de Sousa vem esperando marcar há quase trinta anos


	Mauricio de Sousa: o salto agora é entrar em dois poderosos mercados, Japão e EUA
 (Gustavo Scatena/Contigo)

Mauricio de Sousa: o salto agora é entrar em dois poderosos mercados, Japão e EUA (Gustavo Scatena/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 11h28.

Frankfurt - A chegada dos gibis de Pelezinho e do Astronauta na Alemanha representa um gol que Maurício de Sousa vem esperando marcar há quase trinta anos. "Publiquei quadrinhos da turma da Mônica aqui e em outros países europeus durante cinco anos, na década de 1980, mas, como os mercados locais se sentiram ameaçados, a distribuição foi simplesmente cortada e minha editora não tinha como escoar o produto", contou ele, na manhã de ontem, 13, em um encontro com outros quadrinistas nacionais: Lourenço Mutarelli, Lelis, Fernando Gonsales, Fabio Moon e Gabriel Bá - Ziraldo não veio por recomendação médica.

Foi a primeira vez que Mauricio conversou publicamente sobre o assunto. E ele lembrou que descobriu a ação por acaso. "Eu viajava para Lucca, na Itália, quando parei na Suíça alemã, onde conhecia um jornaleiro português", contou. "Pedi um exemplar da Mônica em alemão e ele, envergonhado, mostrou os gibis escondidos debaixo dos jornais. ‘Temos ordem de não vendermos seus quadrinhos’, disse."

O quadrinista foi pesquisar e descobriu que sua principal editora, a dinamarquesa Ehapa, não mais conseguia distribuir as revistinhas - e isso valia para toda Europa, com exceção de Portugal, onde o contrato era outro. "Editávamos cerca de 60 mil exemplares por mês na época para 14 países e, com a proibição de uma distribuidora (ele não quis revelar o nome), deixamos o mercado europeu."

A retomada acontece agora, Pelezinho, Astronauta e, futuramente, Piteco. Hoje, os quadrinhos de Mauricio são publicados em 32 idiomas e em mais de 50 países. Em alguns, como a Indonésia, onde é editada há 20 anos, Mônica atinge tal penetração que é considerada um personagem local. "Isso em um país muçulmano, onde o comportamento da mulher segue regras específicas", observa.

O salto agora é entrar em dois poderosos mercados: Japão e EUA. "No final do ano, teremos uma reunião com o governo japonês, que zela pela proteção dos mangás - queremos lançar lá a série Mônica Jovem", comentou Mauricio. Para os EUA, ele prepara um arsenal de desenhos para TV. "Estamos com um bom material pronto e pretendemos ter mais para, quando estrear lá, conseguir emendar várias temporadas."

Maurício conta que, na maioria dos países, o mercado das HQs estrangeiras só é sedimentado depois que o público conhece os personagens por desenhos animados. "Chegaremos lá, estamos comendo pelas beiradas", brinca ele que, ao utilizar o plural, refere-se aos funcionários de sua empresa, Mauricio de Sousa Produções, que conta com cerca de 200 funcionários.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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