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Flute, tupila ou de vinho branco? Qual a melhor taça para beber um espumante

O formato da taça pode mudar a sua experiência na hora de provar um bom espumante

Taças: formato influencia na maneira como prova vinho. (MediaProduction/Divulgação)

Taças: formato influencia na maneira como prova vinho. (MediaProduction/Divulgação)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 13h32.

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O tilintar das taças flute em brindes festivos nas festas de final de ano pode estar com os dias contados. Especialistas em vinhos e sommeliers ao redor do mundo têm defendido uma mudança significativa na forma como apreciamos os espumantes, revelando que a tradicional taça alta e estreita, embora visualmente marcante, pode não ser a melhor escolha para desfrutar plenamente dessas bebidas efervescentes.

"A taça flute foi amplamente usada durante muito tempo por conta da concentração das borbulhas, para vê-las melhor, mas caiu em desuso por profissionais e cada vez mais consumidores", explica Marcela Celeguim, sommelière do Palácio Tangará. Segundo ela, o formato estreito da flute limita a superfície de contato do vinho com o ar, impedindo que os aromas se desenvolvam adequadamente.

A alternativa que vem ganhando cada vez mais adeptos é a taça tulipa, que possui bojo mais largo e afunila suavemente na parte superior. Este design permite que o espumante respire melhor, liberando seus aromas complexos, ao mesmo tempo que mantém a concentração das borbulhas.

Outra opção que tem surpreendido os apreciadores é a tradicional taça de vinho branco, especialmente para espumantes mais estruturados e vintage. O formato mais aberto permite uma experiência sensorial mais completa, revelando nuances que poderiam passar despercebidas na flute. Esta escolha é particularmente recomendada para espumantes mais complexos, como champagnes com maior tempo de amadurecimento ou espumantes brasileiros premium.

Para quem busca investir em taças adequadas, a recomendação dos especialistas é clara: priorize a tulipa como opção versátil e equilibrada. Os preços variam significativamente, mas é possível encontrar opções de qualidade entre R$ 50 e R$ 200 por unidade, dependendo do fabricante e do cristal utilizado. O investimento se justifica pela melhora significativa na experiência de degustação, permitindo que cada espumante revele seu verdadeiro potencial.

Vale ressaltar que a temperatura de serviço e a forma de segurar a taça também influenciam na experiência. Os especialistas recomendam segurar sempre pela haste, evitando o aquecimento da bebida, e servir os espumantes entre 6°C e 8°C para preservar tanto os aromas quanto a efervescência característica. A mudança de taça pode parecer um detalhe, mas representa uma evolução importante na forma como apreciamos estas bebidas sofisticadas.

Melhores champanhes disponíveis no Brasil

Para avaliar o que há de melhor no mercado e ajudar na escolha de compra no final do ano, EXAME Casual fez uma degustação às cegas de champanhes brut e extra brut. Cada importadora pode enviar até duas garrafas de vinícolas diferentes e cada vinícola pode enviar até dois rótulos. Ao todo, foram degustados 12 champanhes às cegas com preços variados.

Participaram da avaliação sommeliers e jornalistas do setor, especialistas em grandes provas. Como a qualidade da avaliação ficou no mais alto patamar, a opção foi por publicar todos os rótulos provados, com destaque para os cinco mais bem pontuados. Neste link você confere todos degustados.

Os 5 melhores da degustação

Mandois Brut | Importadora: Casa Flora Porto a Porto

Elaborado com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, o champanhe Mandois estagia por 3 anos sobre as borras nas caves construídas no século XVIII. No nariz, apresenta aromas de frutas amarelas, com notas de limão. Na cor, é um amarelo ouro claro. Na boca, os sabores de frutas brancas maduras se combinam com notas de mel e tostadas, oferecendo um longo potencial de guarda. Custa R$ 569.

Deutz Brut Classic | Importadora: Casa Flora Porto a Porto

Este rótulo é elaborado com porções iguais de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, colhidas manualmente na última quinzena de setembro. Cada parcela é vinificada separadamente. Na assemblage, são misturados vinhos novos com vinhos de safras anteriores, em proporções que variam conforme a safra. O champanhe passa pela segunda fermentação, dentro da garrafa, com a adição do licor de tiragem. Na boca, apresenta textura aveludada e um final prolongado. Custa R$ 864,90.

Dom Pérignon Vintage 2015 Brut

Espumante vintage (o único da degustação) de prestígio, elaborado pela Maison Moët & Chandon com Chardonnay e Pinot Noir. Este champanhe leva o nome em homenagem ao monge beneditino Pierre Pérignon, conhecido por ter desenvolvido técnicas fundamentais que moldaram a produção de espumantes e vinhos mundialmente. Cada garrafa é envelhecida por no mínimo sete anos nas adegas subterrâneas da vinícola. Custa R$ 2.009, no Empório Santa Maria.

Alexandre Penet Premier Cru Extra Brut | Importadora: Weinhaus Exzellenz

Elaborado com 50% de uvas Chardonnay, 25% de Pinot Noir e 25% de Pinot Meunier, é um champanhe vinificado e parcialmente envelhecido em barricas de carvalho durante pelo menos 8 meses. Após esse período, é misturado com uma reserva perpétua (o que mantém a qualidade independentemente da safra). Custa R$ 750.

Eric Rodez Brut | Importadora: Tanyno

Este champanhe é elaborado com cerca de 60% Pinot Noir e 40% Chardonnay, provenientes de vinhedos Grand Cru em Ambonnay. O envelhecimento é feito com 20 a 25% de vinhos vinificados em pequenos barris de carvalho, e 45 a 50% de vinhos de reserva ajudam a trazer homogeneidade ao produto. O produtor adota práticas biodinâmicas e orgânicas.

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