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Fisco aponta crime fiscal do Barça em caso Neymar

O fisco espanhol apontou que o clube sonegou mais de 9 milhões de euros no negócio que fez o atacante trocar o Santos pela equipe catalã

Neymar: as divergências de valores na contratação de Neymar foram grandes (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 11h32.

Madri - A Agencia Tributária da Espanha concluiu que o Barcelona cometeu crime fiscal na contratação de Neymar . A informação foi divulgada nesta terça-feira pela rede de rádio Cadena SER, segundo a qual o fisco espanhol apontou que o clube sonegou mais de 9 milhões de euros no negócio que fez o atacante trocar o Santos pela equipe catalã.

Ironicamente, a nova notícia negativa relativa à polêmica contratação estourou exatamente um ano após o brasileiro ter sido oficialmente apresentado com grande festa no Camp Nou como novo jogador do Barça.

E, passado um ano de sua chegada ao time, em 3 de junho de 2013, o clube agora já se prepara para responder judicialmente sobre a transação que foi decisiva para a saída de Sandro Rosell da presidência.

De acordo com a Cadena SER, o juiz Pablo Ruz, da Audiência Nacional Espanhola, recebeu um relatório da Agencia Tributária da Espanha confirmando que o Barcelona sonegou mais de 9 milhões de euros.

Com isso, a promotoria do Ministério Público do país deverá pedir para Rosell ser julgado como réu neste caso, assim como o clube terá de responder nos tribunais por meio de um representante legal.

Acusado de apropriação indébita no negócio que levou Neymar ao Barcelona, Rosell já foi indiciado, mas ainda não foi interrogado por um juiz neste caso.

O clube, por sua vez, também foi indiciado pelo Ministério Público da Espanha pelos supostos crimes fiscais que cometeu durante esta negociação.

Em fevereiro passado, o Barcelona informou que pagou 13,5 milhões de euros às autoridades fiscais da Espanha, no que chamou de "autoliquidação complementar" de sua dívida tributária com o fisco.

Na época, porém, alegou que já estaria com suas obrigações fiscais cumpridas e que "não devia nada à Fazenda" daquele país.

Na ocasião, justificou, por meio de nota oficial, o pagamento dos 13,5 milhões de euros com o objetivo de "dar cobertura a eventuais interpretações que se possam ser dadas a todos os contratos firmados por motivo da contratação do jogador Neymar".

O Código Penal espanhol prevê o pagamento de um multa cujo valor pode ser até seis vezes maior do que a quantia sonegada.

Ou seja, caso seja condenado pelo seu suposto delito fiscal, o Barcelona poderá ter de desembolsar até 54 milhões de euros, tendo em vista os 9 milhões apontados como sonegados pela Agencia Tributária da Espanha.

As divergências de valores na contratação de Neymar foram grandes e motivo de grande polêmica na Espanha. Inicialmente, o Barça anunciou que contratou o jogador por 57,1 milhões de euros.

Porém, após conselheiros do clube contestarem a negociação, Josep Bartomeu, substituto de Rosell na presidência, confirmou o pagamento total de 86,2 milhões de euros nas transações envolvendo a ida do atacante para o time, sendo que dentro deste montante foi incluído um adiantamento pago às empresas do pai do atleta, o que ocorreu ainda em 2011.

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Madri - A Agencia Tributária da Espanha concluiu que o Barcelona cometeu crime fiscal na contratação de Neymar . A informação foi divulgada nesta terça-feira pela rede de rádio Cadena SER, segundo a qual o fisco espanhol apontou que o clube sonegou mais de 9 milhões de euros no negócio que fez o atacante trocar o Santos pela equipe catalã.

Ironicamente, a nova notícia negativa relativa à polêmica contratação estourou exatamente um ano após o brasileiro ter sido oficialmente apresentado com grande festa no Camp Nou como novo jogador do Barça.

E, passado um ano de sua chegada ao time, em 3 de junho de 2013, o clube agora já se prepara para responder judicialmente sobre a transação que foi decisiva para a saída de Sandro Rosell da presidência.

De acordo com a Cadena SER, o juiz Pablo Ruz, da Audiência Nacional Espanhola, recebeu um relatório da Agencia Tributária da Espanha confirmando que o Barcelona sonegou mais de 9 milhões de euros.

Com isso, a promotoria do Ministério Público do país deverá pedir para Rosell ser julgado como réu neste caso, assim como o clube terá de responder nos tribunais por meio de um representante legal.

Acusado de apropriação indébita no negócio que levou Neymar ao Barcelona, Rosell já foi indiciado, mas ainda não foi interrogado por um juiz neste caso.

O clube, por sua vez, também foi indiciado pelo Ministério Público da Espanha pelos supostos crimes fiscais que cometeu durante esta negociação.

Em fevereiro passado, o Barcelona informou que pagou 13,5 milhões de euros às autoridades fiscais da Espanha, no que chamou de "autoliquidação complementar" de sua dívida tributária com o fisco.

Na época, porém, alegou que já estaria com suas obrigações fiscais cumpridas e que "não devia nada à Fazenda" daquele país.

Na ocasião, justificou, por meio de nota oficial, o pagamento dos 13,5 milhões de euros com o objetivo de "dar cobertura a eventuais interpretações que se possam ser dadas a todos os contratos firmados por motivo da contratação do jogador Neymar".

O Código Penal espanhol prevê o pagamento de um multa cujo valor pode ser até seis vezes maior do que a quantia sonegada.

Ou seja, caso seja condenado pelo seu suposto delito fiscal, o Barcelona poderá ter de desembolsar até 54 milhões de euros, tendo em vista os 9 milhões apontados como sonegados pela Agencia Tributária da Espanha.

As divergências de valores na contratação de Neymar foram grandes e motivo de grande polêmica na Espanha. Inicialmente, o Barça anunciou que contratou o jogador por 57,1 milhões de euros.

Porém, após conselheiros do clube contestarem a negociação, Josep Bartomeu, substituto de Rosell na presidência, confirmou o pagamento total de 86,2 milhões de euros nas transações envolvendo a ida do atacante para o time, sendo que dentro deste montante foi incluído um adiantamento pago às empresas do pai do atleta, o que ocorreu ainda em 2011.

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