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Fifa aprova Copa do Mundo com 48 seleções a partir de 2026

Os dirigentes da entidade também abriram a possibilidade para que o torneio seja disputado em diversos países do mesmo continente

Copa do Mundo: serão 16 grupos com três seleções cada (Getty Images)

Copa do Mundo: serão 16 grupos com três seleções cada (Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 08h38.

Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 08h41.

Zurique - De olho em lucros inéditos e de consolidar o futebol como o principal esporte no planeta, a Fifa promove a maior reforma da história de quase cem anos da Copa do Mundo.

Além de uma expansão para incluir 48 seleções, a entidade muda as regras do torneio e abre a possibilidade de que continentes possam repartir os jogos em diversos países. Nesta terça-feira, o Conselho da Fifa aprovou a mudança de forma unânime.

A reportagem do Estado havia antecipado que uma decisão de princípios já havia sido tomada numa reunião informal no domingo entre os cartolas. Nesta terça-feira, de forma oficial, a Fifa votou a favor da decisão, incluindo 16 novos países no Mundial.

Na preparação para a decisão, a entidade havia realizado 10 mil simulações apontando que, em termos de qualidade, o melhor seria manter a Copa com os atuais 32 países. Mas, para atingir seu objetivo de expandir o futebol e a renda da entidade, a única opção encontrada pelos cartolas foi a de abrir mais vagas.

A projeção é de que a renda salte em 35%, com uma audiência recorde em novos territórios que jamais sonhariam em se classificar, principalmente na Ásia. Com a expansão, existem boas chances de que a China também entre na Copa, um sonho de Pequim e dos dirigentes na Fifa.

Pelo projeto aprovado, serão 80 jogos e pelo menos seis horas de futebol por dia. Com quatro partidas por dia, a própria entidade admite que será "um desafio" erguer uma infraestrutura capaz de acomodar o projeto.

Para que isso seja possível, a Fifa vai promover mudanças radicais nas regras do jogo. O primeiro é o fim do empate, com todos os jogos sendo definidos em pênaltis em caso de as partidas não tiverem um vencedor durante o tempo de bola rolando. Além disso, até 2026 a esperança é de que a tecnologia já esteja avançada e de que polêmicas possam ser facilmente resolvidas por meio vídeo ou outros auxiliares.

Estão ainda em estudos medidas como a autorização de um maior número de substituições, na esperança de manter elevado o ritmo de jogo.

Continental

Para garantir ainda que o novo projeto possa encontrar uma sede capaz de ter 12 estádios novos, 64 campos de treinamentos, 48 hotéis para as seleções e uma segurança reforçada, a Fifa vai abrir a possibilidade de que diversos países se apresentem de forma conjunta.

Um dos temores das federações era de que, com o novo projeto, as futuras sedes da Copa se limitassem aos grandes países: EUA, China, Alemanha ou Japão.

Mas a Fifa, a partir de 2026, permitirá que uma Copa possa ocorrer em mais de três países ao mesmo tempo. Isso, segundo a entidade, reduzirá o custo para cada uma delas. Se o Mundial voltar para a Europa em 2030, por exemplo, ela poderia ser espalhada pelo continente. No caso da América do Sul, o evento poderia ver uma aliança entre Argentina, Uruguai e Chile.

O pesadelo organizacional ainda fica mais complicado se for considerado que o país ou continente sede tenha de receber 48 torcidas diferentes.

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