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Festival de Berlim estreia com 19 filmes brasileiros e chance de prêmio

“Todos os Mortos” compete no festival, que já premiou "Tropa de Elite" (2007) e "Central do Brasil" (1998). Brasil ainda exibe outros 18 filmes

Cena de "Todos os Mortos": concorrente no Festival de Berlim (Vitrine Films/Divulgação)

Guilherme Dearo

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 07h16.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 10h31.

São Paulo — É do elegante Theater am Potsdamer Platz, em Berlim, que o júri da 70ª edição do Berlinale, o Festival de Cinema de Berlim, vai eleger o filme merecedor do Urso de Ouro no dia 29 de fevereiro, próximo sábado. Enquanto isso, o festival, um dos mais importantes do mundo, dá a largada nesta quinta-feira, 20, com programação até 1º de março.

O festival tem neste ano o ator Jeremy Irons como presidente do júri – que ainda inclui o cineasta brasileiro Kleber Mendonça Filho (“Bacurau”, “Aquarius”), a atriz Bérénice Bejo (“O Artista”) e o diretor e roteirista americano vencedor do Oscar Kenneth Lonergan (“Manchester À Beira-Mar”), entre outros.

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O Berlinale costuma ser generoso com o cinema brasileiro. O País já levou o Urso de Ouro para casa duas vezes: por “Central do Brasil”, em 1998, e por “Tropa de Elite”, em 2007.

Além disso, três brasileiras já receberam o prêmio de Melhor Atriz: Fernanda Montenegro, Marcélia Cartaxo e Ana Beatriz Nogueira. Em anos recentes, “Joaquim “e “Marighella” fizeram sucesso no festival.

Em 2020, quem tem chance de repetir o feito é “Todos os Mortos”, da dupla brasileira Caetano Gotardo e Marco Dutra.

A história é centrada na história de uma mulher negra e suas duas filhas, no Brasil imediato pós-Proclamação da República e fim da escravidão. A atriz Mawusi Tulani, que fundou a companhia de teatro Os Crespos, atua como a protagonista Iná.

Na competição ao lado de “Todos os Mortos”, há nomes fortes, como "The Woman Who Ran", do sul-coreano Hong Sang-soo, "Siberia", de Abel Ferrara, e "First Cow", de Kelly Reichardt.

Fora da competição, há outros 18 filmes brasileiros em exibição em alguma das dúzias de salas espalhadas por Berlim que comportam o festival, como “Cidade Pássaro”, de Matias Mariani, e o documentário “Nardjes”, de Karim Aïnouz (premiado recentemente em Cannes por “A Vida Invisível”).

A edição 70 do festival espera atrair os números de sempre, impressionantes: cerca de meio milhão de público, com 300.000 tíquetes vendidos para os filmes e eventos.

É o primeiro ano sob tutela de um novo diretor, o italiano Carlo Chatrian, que antes cuidava do Festival de Locarno. A promessa esse ano é conciliar política e cinema autoral, ou seja, preocupação estética ao lado da política. O festival já foi acusado de valorizar mais a mensagem que o produto final.

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