Empanada do La Guapa: produção artesanal em fábrica na cidade de São Paulo (Bruno Geraldi/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 6 de novembro de 2023 às 12h24.
Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 17h58.
Dez milhões de empanadas. Esse é o número que o La Guapa, dos sócios Paola Carosella e Benny Goldenberg, vendeu do quitute assado desde a abertura, em 2014, até outubro deste ano. E a marca recorde quase passou despercebida. "Estávamos em uma reunião vendo alguns números. Olhei para uma planilha e notei que estávamos próximo de 10 milhões. Refizemos as contas e confirmamos o número", conta Benny.
Para o empresário, a receita do sucesso se deve a muitos fatores, mas um dos mais importantes é disponibilizar uma comida rápida, gostosa e com experiências de interação e engajamento promovidos por um aplicativo próprio da marca.
No histórico para chegar ao recorde, uma grande virada ocorreu em 2020 quando um fundo de investimento entrou no negócio, o que possibilitou a construção de uma fábrica, que atualmente produz cerca de 600 mil empanadas por mês.
De lá para cá, a marca saiu de dez pontos em São Paulo para 35 não só na capital paulista, mas em outras cidades, como Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. A meta é chegar até 2025 com 80 lojas.
"Estaremos nos grandes centros como Porto Alegre, Balneário Camboriú, Rio de Janeiro, que ainda não estamos, e também algumas capitais do Nordeste", detalha Benny. E a ideia é continuar no que está dando certo: modelo de lojas próprias, sem abrir franquias.
Localizada na capital paulista, a fábrica de empanadas é responsável por 100% da produção de todas as lojas. Na avaliação de Benny Goldenberg, isso garante a qualidade do produto, onde quer que ele seja consumido. "Oitenta por cento da qualidade está aqui na fábrica, os outros 20% estão na loja, na hora do preparo. Por isso o treinamento dos funcionários é muito importante", explica.
Toda a linha de produção segue de forma rigorosa as receitas desenvolvidas pela chef Paola Carosella. Cada turno tem a missão de fazer um dos 12 sabores, em um processo mais ágil. As dobraduras, para diferenciar os recheios, são feitas a mão. Dependendo do sabor, praticamente todo o processo é artesanal. Assim que as empanadas ficam prontas, são congeladas e enviadas às unidades. Elas só são assadas antes de servir.
Apesar de fazer cerca de 600 mil empanadas por mês, a fábrica — de 2,5 mil metros quadrados — de uma capacidade ociosa, e está preparada para produzir, de forma artesanal quase 3 milhões do assado mensalmente.
Além da construção da fábrica, Benny Goldenberg explica que o aplicativo próprio também ajudou a chegar aos 10 milhões. Se em 2020 o serviço de delivery representava 15% das vendas, agora soma 45% (nesta conta incluindo outros aplicativos de entrega). "No app o cliente tem a possibilidade de criar fidelidade. Dependendo do nível de pontuação, ele consegue café de graça em qualquer unidade", diz.
O empresário não revela valores, mas o faturamento dobra a cada ano. Para 2025, a meta é crescer até quatro vezes a receita. Se depender das empanadas e do gosto do público, as receitas da chef Paola Carosella têm tudo para crescer ainda mais a outra receita, a de dinheiro.