Glauco Rodrigues foi fundador do Clube de Gravura de Bagé (Veja Rio)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 14h30.
São Paulo - No programa da exposição "O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues", primeira retrospectiva do trabalho do pintor e ilustrador gaúcho depois da sua morte, em 2004, é Luis Fernando Verissimo quem fala sobre a característica mais marcante do artista. "Na sua obra gráfica, como na sua pintura, o Glauco nunca deixou de dizer: 'Que país curioso este nosso, e que país bonito'". A mostra, que começa hoje, abrange as diferentes facetas de Glauco Rodrigues (1929-2004), que ao longo de sua carreira criou uma linguagem brasileira, fazendo uso de motivos nacionais, como Carnaval, praia e futebol, para criticar e retratar o País.
Nascido em Bagé (RS), Rodrigues começou a pintar em 1945. Anos depois, fundou o Clube de Gravura de Bagé. Já no Rio, participou de importantes exposições, como Opinião 66, no MAM-RJ.
Com curadoria de Antônio Cava, a exposição reúne cem obras, incluindo litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos. Um dos destaques são as capas da Senhor, revista nacional publicada entre 1959 e 1964, assinadas por Rodrigues. "São 22 capas. Ele mudava o logo da revista de lugar, fazia a capa com colagens. Para a época, era uma revolução", explica Cava. Outro ponto alto é a série de litografias Praça VX e Arredores (1998). "Nesses desenhos, Glauco pega personagens de 1800 e coloca numa praça atual".
Para o curador, a exposição é uma chance de mostrar as diferentes linguagens pelas quais o artista transitou. "Ele atuou em diversos campos. O Glauco Rodrigues pesquisou uma linguagem brasileira e retratou a nossa esquina, o Brasil, o Rio de Janeiro", destaca. As informações são do Jornal da Tarde.
O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues - Caixa Cultural SP. Galeria Vitrine. Av. Paulista, 2.083. Tel. (011) 3321-4400. De hoje a 21/8. De ter. a dom., das 9h às 21 h. Grátis. Livre.