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Exposição de Kandinsky fica no Brasil até setembro de 2015

Mostra do pintor russo Wassily Kandisky fica em Brasília até janeiro, quando segue para o Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo


	Quadro de Kandinsky: obra do pintor russo passará por Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

Quadro de Kandinsky: obra do pintor russo passará por Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2014 às 17h01.

Brasília - Uma viagem pela obra do pintor russo Wassily Kandinsky, pelas raízes do seu pensamento, as influências marcantes de sua trajetória artística, a sua relação com a espiritualidade e a cultura popular. A exposição Kandinsky: Tudo Começa num Ponto promete um mergulho completo no universo criativo de um dos pintores mais influentes do século 20, considerado o pioneiro do abstracionismo.

São mais de 150 peças, que incluem quadros de todas as fases do pintor, símbolos religiosos, roupas, instrumentos e tambores usados em rituais do xamanismo - corrente espiritual russa importante para a arte de Kandinsky -, ilustrações, coleções de objetos de cerâmica, xilogravuras litografias, além de trabalhos de artistas que influenciaram e se relacionaram com Kandinsky.

É a primeira vez que uma exposição como essa sai da Europa. A mostra, aberta ao público na semana passada, fica no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília até janeiro, quando segue para o Rio de Janeiro; para Belo Horizonte, em abril; e para São Paulo, em julho. A entrada é gratuita.

“Esta exposição é um conjunto de obras nunca antes vistas em nenhum outro lugar do mundo dessa forma. São obras raras, pois em sua maioria correspondem a períodos bem do começo da criação da arte abstrata, em meados dos anos 1920. Isso é inédito para um acervo dessa magnitude e um evento bastante importante para a programação cultural brasileira”, disse à Agência Brasil o coordenador da exposição, Rodolfo de Hatayde.

As obras vieram, principalmente, da coleção do Museu Estatal Russo, de São Petersburgo, além de quadros do acervo de mais sete museus da Rússia e coleções procedentes da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França.

A exposição está organizada em cinco blocos, que contam a trajetória artística do pintor. O primeiro deles mostra as raízes de sua obra e a relação com a cultura popular, o folclore russo, as lendas e contos que o artista vinculou à sua criação. Outro espaço está é reservado para a influência do universo espiritual e estético do xamanismo nas obras de Kandinsky.

Há também espaços dedicados às experiências no movimento Der Blaue Reiter (O Cavaleiro Azul), fundado na Alemanha pelo pintor, à amizade de Kandinsky com o compositor alemão Arnold Schonberg, e um bloco voltado para os artistas contemporâneos a Kandinsky .

Outro espaço da mostra é interativo e convida o público a fazer uma imersão em um dos quadros de Kandinsky. Com óculos de realidade aumentada, é possível ver o quadro se desmembrando de acordo com o movimento do visitante, e acompanhar toda a complexidade das obras do artista.
A história do pintor é contada em um vídeo produzido especialmente para a exposição. Nascido em Moscou, Kandinsky estruturava suas telas a partir da ideia de que cores e gestos eram capazes de transmitir uma mensagem intrínseca. Na concepção do artista, suas formas eram acionadas para criar um impacto psicológico.

“Ele foi um dos primeiros a criar uma teoria especial sobre as cores e sua a composição no sentido estrábico. Kandinsky abriu as portas para que uma pintura fosse alguma coisa mais que uma simples representação da realidade e que a arte permitisse expor sentimentos, ideias estrábicas e fazê-lo de um modo tão belo como ele o fez nas suas obras”, finaliza Rodolfo de Hatayde.

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