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Estudo diz que obesidade não é sinônimo de doença

Pesquisa realizada durante 16 anos concluiu que os gordinhos podem levar uma vida saudável e são menos propensos a problemas cardiovasculares

Tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada (AFP)

Tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 17h29.

Redação Central - Os gordinhos podem levar uma vida saudável e são menos propensos a problemas cardiovasculares, afirmaram pesquisadores da Universidade de York, no Canadá, que estudaram seis mil americanos obesos durante 16 anos e compararam seu risco de mortalidade com o de indivíduos magros.

"Nossos resultados questionam a ideia que todos os obesos precisam perder peso", declarou Jennifer Kuk, professora na escola de York de Kinesiologia e de Ciência da Saúde, autora principal do estudo publicado na revista "Applied Physiology, Nutrition and Metabolism".

De acordo com Jennifer, tentar perder peso e fracassar pode ser pior que manter um elevado peso corporal e levar um estilo de vida saudável que inclua atividade física e dieta equilibrada com muita fruta e verdura.

O estudo revelou que as pessoas obesas com poucos ou nenhum problema físico ou psicológico e que tinham um peso maior ao entrar na idade adulta estavam mais conformes com seu peso e tentavam com menor frequência fazer uma dieta. Além disso, eram mais propensas a ser fisicamente ativas e a seguir uma dieta saudável.

Os pesquisadores utilizaram o sistema de classificação da obesidade de Edmonton (EOSS, na sigla em inglês) que, segundo afirmam, é mais confiável que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) baseado no peso e na altura, e que aquele que mede a circunferência da cintura.

O novo sistema, desenvolvido pela universidade canadense de Alberta, estabelece cinco fases da obesidade, levando em conta, além do IMC e do tamanho da cintura, parâmetros clínicos que indicam a presença de doenças frequentemente agravadas pela obesidade, como diabetes, hipertensão e problemas coronários.

Embora um índice elevado de IMC esteja relacionado com um maior risco de doenças relacionadas com a obesidade e de mortalidade, essa é uma medida indireta que não distingue entre tecido gorduroso e magro.

Segundo Jennifer, para saber se devem ou não perder peso, as pessoas deveriam consultar um médico que as avalie de acordo com os critérios do EOSS.

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