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Estudo aponta que Hollywood é o "epicentro" da desigualdade

Estudo mostrou que Hollywood é o "epicentro" da desigualdade na retratação de mulheres, diferentes etnias, homossexuais e pessoas com deficiência

Hollywood: apenas 32% dos filmes produzidos entre 2007 e 2015 foram protagonizados por mulheres (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 07h23.

Los Angeles .- Um estudo realizado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) sobre a discriminação e a pouca representação em filmes das mulheres , raças, homossexualidade e deficiência concluiu que Hollywood é "o epicentro da desigualdade cultural" em termos de inclusão.

A pesquisa, liderada pela professora Stacy L. Smith, da Escola Annenberg de Jornalismo e Comunicação da USC em Los Angeles, examinou 800 filmes de 2007 a 2015, com a exceção de 2011, e analisou 35.205 personagens com diálogo ou nome em termos de gênero, etnia, orientação sexual e deficiência.

"Embora as vozes exigindo mudanças se intensificaram em número e volume, há pouca evidência que isso tem transformado os filmes que assistimos e as pessoas que são contratadas para fazê-los. Nosso relatório mostra que os problemas (de Hollywood) são sistêmicos e generalizados", disse a professora Stacy L. Smith, no memorando que revelou as principais chaves da pesquisa.

O estudo concluiu que apenas 31,4% dos papéis analisados nos 100 filmes de maior bilheteria de 2015 eram de mulheres, uma porcentagem que se manteve praticamente estável com picos em 2014 (28,1%) e 2008 e 2009 (32,8% nos dois anos).

Além disso, 32% desses filmes tiveram uma mulher como protagonista ou coprotagonista.

Por outro lado, apenas 12% dos 800 filmes analisados entre 2007 e 2015 apresentaram um elenco equilibrado de homens e mulheres.

Quanto aos 1.365 diretores, roteiristas e produtores dos 100 longas-metragens de maior bilheteria do ano passado, 81% foram homens e somente 19% mulheres.

Considerando apenas os cineastas, 7,5% dos 107 produtores de 2015 foram mulheres, enquanto se amplia o enfoque no período 2007-2015 a parcela de produtoras cai até 4,1%.

Em outro sentido, 73,7% dos personagens dos filmes analisados do ano passado foram brancos contra 26,3% de outras raças ou etnias, entre os que destacaram 12,2% de negros, 5,3% de latinos e 3,9% de asiáticos.

Além disso, 49 dos 100 filmes de mais receitas de 2015 não tinham um personagem de origem asiático e 17 deles não têm qualquer papel de uma pessoa negra.

Os números ainda são mais fortes sobre a representação da diversidade sexual, uma vez que em nenhum dos 100 longas-metragens de maior sucesso de 2015 figurou como protagonista um personagem da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

Além disso, 82% desses filmes não apresenta nenhum papel de uma pessoa LGBT com o diálogo ou nome.

Por último, do total de personagens dos filmes de 2015, somente 2,4% mostravam alguma deficiência.

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Los Angeles .- Um estudo realizado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) sobre a discriminação e a pouca representação em filmes das mulheres , raças, homossexualidade e deficiência concluiu que Hollywood é "o epicentro da desigualdade cultural" em termos de inclusão.

A pesquisa, liderada pela professora Stacy L. Smith, da Escola Annenberg de Jornalismo e Comunicação da USC em Los Angeles, examinou 800 filmes de 2007 a 2015, com a exceção de 2011, e analisou 35.205 personagens com diálogo ou nome em termos de gênero, etnia, orientação sexual e deficiência.

"Embora as vozes exigindo mudanças se intensificaram em número e volume, há pouca evidência que isso tem transformado os filmes que assistimos e as pessoas que são contratadas para fazê-los. Nosso relatório mostra que os problemas (de Hollywood) são sistêmicos e generalizados", disse a professora Stacy L. Smith, no memorando que revelou as principais chaves da pesquisa.

O estudo concluiu que apenas 31,4% dos papéis analisados nos 100 filmes de maior bilheteria de 2015 eram de mulheres, uma porcentagem que se manteve praticamente estável com picos em 2014 (28,1%) e 2008 e 2009 (32,8% nos dois anos).

Além disso, 32% desses filmes tiveram uma mulher como protagonista ou coprotagonista.

Por outro lado, apenas 12% dos 800 filmes analisados entre 2007 e 2015 apresentaram um elenco equilibrado de homens e mulheres.

Quanto aos 1.365 diretores, roteiristas e produtores dos 100 longas-metragens de maior bilheteria do ano passado, 81% foram homens e somente 19% mulheres.

Considerando apenas os cineastas, 7,5% dos 107 produtores de 2015 foram mulheres, enquanto se amplia o enfoque no período 2007-2015 a parcela de produtoras cai até 4,1%.

Em outro sentido, 73,7% dos personagens dos filmes analisados do ano passado foram brancos contra 26,3% de outras raças ou etnias, entre os que destacaram 12,2% de negros, 5,3% de latinos e 3,9% de asiáticos.

Além disso, 49 dos 100 filmes de mais receitas de 2015 não tinham um personagem de origem asiático e 17 deles não têm qualquer papel de uma pessoa negra.

Os números ainda são mais fortes sobre a representação da diversidade sexual, uma vez que em nenhum dos 100 longas-metragens de maior sucesso de 2015 figurou como protagonista um personagem da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

Além disso, 82% desses filmes não apresenta nenhum papel de uma pessoa LGBT com o diálogo ou nome.

Por último, do total de personagens dos filmes de 2015, somente 2,4% mostravam alguma deficiência.

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