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Estádios vazios causam polêmica em Guadalajara

As arquibancadas vazias foram recorrentes nos primeiros dias de competição e até na cerimônia inaugural, o que irritou os torcedores que não conseguiram ingressos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2011 às 22h37.

Guadalajara - Os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara se viram envolvidos em polêmica por conta das arquibancadas vazias, ao mesmo tempo em que as versões oficiais afirmam que os ingressos estão vendidos e que cresce a atividade dos cambistas.

Onde estão os ingressos? Ninguém sabe dar uma resposta convincente. A realidade é que os torcedores ficam de fora das sedes das disputas esperando um lugar de última hora, o que contrapõe com os vazios nas arquibancadas.

Alguns dias antes do início do Pan, o Comitê Organizador (Copag) garantia ter vendido em cinco meses mais de 500 mil entradas, e que não havia lugares para a competição de natação, ginástica, pentatlo moderno e as finais dos esportes coletivos.

Mas as arquibancadas vazias foram recorrentes nos primeiros dias de competição e até na cerimônia inaugural, o que irritou os torcedores que não conseguiram ingressos e preocupou a organização.

O diretor-geral do Pan 2011, Carlos Andrade, afirmou à imprensa local que o baixo público se deve ao fato de os patrocinadores não estarem aproveitando as cortesias.

Andrade disse que, como solução, usaria esses lugares para permitir a entrada do público em algumas sessões de natação e ginástica, as competições mais requisitadas.


No entanto, muitos estádios ainda não encheram. Milhares de pessoas se amontoam todos os dias nas bilheterias em busca das entradas, enquanto nas ruas próximas aos complexos esportivos, os cambistas, que são comuns no México, querem fazer negócio com ingressos vendidos ao triplo do preço oficial.

Apesar da vigilância das autoridades locais, no exterior do complexo de ginástica os revendedores cobravam até 1,2 mil pesos (US$ 92) por um bilhete para as finais de ginástica rítmica, que na bilheteria custava 450 pesos (US$ 34).

No estádio Omnilife, um assento na cerimônia de inauguração de 2.2 mil pesos (US$ 169) podia ser comprado a 11 mil pesos (US$ 846). Poucos podem pagar esses valores tão elevados.

A polêmica começou quando vários meios de comunicação publicaram nesta quarta-feoira que o presidente da Federação Mexicana de Taekwondo, Juan Manuel López, foi acusado por parentes de atletas de vender-lhes as entradas de cortesia que foram entregues a sua organização com até 25 % a mais do que o preço normal. López negou categoricamente.

A Agência Efe tentou localizar o representante para conhecer sua versão dos fatos, mas o mesmo não atendeu as ligações.

Sobre as bilheterias instaladas fora dos estádios e no centro de imprensa, se encontram com a mesma resposta: não há ingressos, salvo alguns que são liberados em baixo número pela empresa que os comercializa, algumas horas antes das competições.

Eugênio Villalobos, habitante da cidade, foi pela terceira vez a uma bilheteria e disse que não há lugares disponíveis para presenciar os esportes que ele mais gosta: boxe e natação.

Villalobos confessou que pôde comprar os ingressos que foram postos à venda, mas a indecisão tomou conta, o que o levou a quase implorarem por um ingresso no preço que for.

'Assim somos nós, os mexicanos, deixamos tudo para o último momento. Adiei minha compra para outro dia e agora não encontro mais nenhum ingresso', disse.

Entretanto, o presidente do Copag e responsável pelo estádio Jalisco, Emilio González Márquez, confirmou que tudo está solucionado e que as arquibancadas estarão cheias nos próximos dias.

'Não podemos fazer nada se acabaram os ingressos. Os estádios têm um limite e teremos todos os lugares esgotados', garantiu. EFE

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