Neymar cercado de jogadores espanhóis no final da Copa das Confederações: Brasil ganhou da Espanha de 3 a 0, mas não foi o suficiente para convencer Parreira (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2013 às 22h57.
Rio de Janeiro - O título da Copa das Confederações, conquistado de maneira incontestável sobre a campeã mundial Espanha, não pode iludir a seleção brasileira e os jogadores têm de entender que a seleção espanhola e a da Alemanha ainda são melhores que a do Brasil, disse o coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, em entrevista à Reuters.
Parreira considera que o Brasil ainda é um time em formação, mesmo depois da conquista invicta e até de forma surpreendente da Copa das Confederações no mês passado, com uma vitória por 3 x 0 sobre os espanhóis na final.
A Espanha é a atual bicampeã europeia e campeã mundial. A Alemanha tem mostrado bom desempenho em amistosos e os dois times que formam a base da seleção alemã --Bayern de Munique e Borussia Dortmund-- decidiram a Liga dos Campeões da última temporada com o Bayern ficando com o título.
"Ainda falta (muito) para chegarmos a 100 por cento. O Brasil não é o melhor time do mundo. Os melhores continuam sendo Espanha e Alemanha, mas nós estamos chegando lá", afirmou Parreira à Reuters.
Parreira e outros esportistas se encontraram com o papa Francisco nesta quinta-feira, no Palácio da Cidade, no Rio de Janeiro, durante a bênção à bandeira olímpica. O coordenador revelou que está "rezando" para uma final da Copa do Mundo de 2014 entre Brasil e Argentina. "Vamos rezar e penso seriamente nisso", disse.
"O Brasil tem condições de chegar e ser campeão. A Argentina tem um timaço e uma final dessa caía muito bem, até porque sempre é saboroso jogar com eles", afirmou ele antes do encontro com o papa, que é argentino.
O líder da Igreja Católica está no Rio de Janeiro para participar da Jornada Mundial da Juventude.
A seleção brasileira chegou à Copa das Confederações desacreditada e com apenas duas vitórias em uma série de amistosos contra Itália, Rússia, Chile, Bolívia, França e Inglaterra (duas vezes). "Juntar o grupo numa segunda-feira e treinar da terça-feira apenas, não dava para esperar atuação de grande nível. Na hora que juntamos em 15 dias, fizemos um trabalho impressionante", avaliou.
No entanto, o coordenador da seleção destaca que em relação ao começo do ano, quando Luiz Felipe Scolari assumiu o cargo de técnico da seleção, o Brasil evoluiu bastante e já tem uma base para o Mundial de 2014.
"A confiança do torcedor foi reconquistada e a nossa também. Temos uma base para o Mundial", comemorou.
Na próxima terça-feira, a seleção será convocada pela primeira vez depois da conquista da Copa das Confederações. O Brasil fará um amistoso com a Suíça, na Europa, no mês que vem.
A tendência, segundo Parreira, é que a base da Copa das Confederações seja mantida para o amistoso. A comissão técnica fará uma convocação enxuta, com cerca de 18 atletas.
"O bom senso diz que a base deve ser mantida, com pelo menos 80 por cento", disse Parreira.
A previsão é que o Brasil pegue adversários menos tradicionais no segundo semestre, depois de uma primeira metade do ano com jogos contra seleções mais fortes, além da disputa da Copa das Confederações.
A previsão, de acordo com Parreira, é que a pressão seja menor até o fim do ano.
"Vai ser mais fácil também, porque temos um time, uma maneira de jogar e uma base definida", frisou. "Nosso objetivo, de encontrar um time e uma maneira de jogar, atingimos."