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Entenda como rede 5G deve revolucionar transmissões esportivas no Brasil

Expectativa é de que a tecnologia possibilite uma experiência mais veloz, interativa e imersiva ao telespectador

Telespectador pode esperar por jogos sem delay e mais informações sobre as partidas (D3sign/Getty Images)

Telespectador pode esperar por jogos sem delay e mais informações sobre as partidas (D3sign/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2022 às 08h00.

Até onde a tecnologia pode chegar na transmissão de eventos esportivos? Com a implementação da rede 5G no Brasil, o mundo de possibilidades deve surpreender até o mais antenado dos torcedores. Dentre os principais ganhos, o telespectador pode esperar por jogos sem delay, uma quantidade ainda maior de informações sobre as partidas, além de uma interatividade sem precedentes.

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De forma resumida, a tecnologia permitirá que as redes de televisão enviem para os satélites uma maior quantidade de dados ao mesmo tempo, coisa que hoje é limitada, além de obterem uma resposta mais rápida. Isso possibilitará, por exemplo, que se captem imagens e ângulos de mais câmeras, aumentando a quantidade de opções já existentes em uma transmissão atual.

“Quando o 5G começar a ser utilizado, as transmissões poderão criar milhões de possibilidades para os telespectadores. Será possível, por exemplo, com muito mais facilidade, ter uma transmissão em que se possa escolher três formas diferentes de assistir ao mesmo jogo", explica Bruno Maia, professor de Marketing da PUC-Rio e fundador e CEO da Feel the Match, startup que desenvolve negócios e propriedades de conteúdos ao esporte.

Indo mais à fundo, a tendência também aponta para transmissões onde o torcedor terá cada vez mais informações. Já imaginou saber como está a frequência cardíaca do jogador que está prestes a bater um pênalti? E ter em seu smartphone um mapa de calor de todos os atletas, bem como estatísticas sobre seus respectivos desempenhos, em tempo real? Tudo isso estará ao alcance.

Na NBA, campeonato de basquete dos Estados Unidos, inclusive, o 5G já troca passes com a realidade virtual. Por lá, foi possível proporcionar para um telespectador, sentado em seu sofá, dentro de sua casa, assistir a um jogo da liga como se estivesse no ginásio. Tudo isso somente com o auxílio de um óculos especial conectado à rede e câmeras posicionadas em locais estratégicos.

"Hoje a gente consegue reproduzir a imagem e o som por meio da realidade virtual. Então, o 5G tem um potencial de promover experiências altas aos consumidores. Quem sabe se daqui a alguns anos vamos conseguir reproduzir o cheiro também das coisas?" cogitou Maia.

Ainda que levando em consideração a infraestrutura necessária para que o 5g esteja ao alcance de todos, Guilherme Figueiredo, CEO da NSports, prevê uma verdadeira revolução no meio.

"É evidente que a entrada do 5G poderá revolucionar esse meio, trazendo mais qualidade para as transmissões. No entanto, acredito que ainda há um caminho a ser percorrido, em termos de infraestrutura, para que essa evolução possa chegar no ponto final, que é o mais importante de toda a cadeia: o fã do esporte".

Em resumo, o 5G é a quinta geração de redes de celulares, que é especificada por um conjunto de padrões que definem as frequências e os protocolos de comunicação para que dispositivos (smartphones) e infraestrutura (antenas) consigam se entender. Dentre suas principais características, duas se destacam: a baixa latência (tempo de resposta de um dispositivo para se conectar à rede) e a alta capacidade de processamento e transmissão de dados.

"Acreditamos que será um verdadeiro divisor de águas e de como vai facilitar a vida das pessoas, principalmente na aplicabilidade das funções digitais. Veremos um mundo ainda maior de conectividade para as consumidores, e tudo o que as grandes empresas de comunicação estão criando vão servir como referência para a indústria do futuro", diz Sylmara Multini, CEO da IDG NFT (Internacional Digital Group), empresa especializada em tecnologia com foco comercial em NFTs e com expertise de atuação de licenciamento em entretenimento em marcas como Warner Bros, Disney e Mattel, além da linha de produtos e lojas dos Jogos Rio 2016.

"Ela também vai proporcionar a transferência de dados com mais velocidade, o que irá transformar a indústria do entretenimento. Jogos online e streamings não irão sofrer com atrasos de downloads e o mundo do metaverso será ainda mais ágil e divertido", acrescenta a executiva.

No Brasil, o sinal da internet 5G já entrou em funcionamento em quatro capitais: Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre. Em São Paulo, a operação começa a partir desta quinta-feira (4). A expectativa é de que o mesmo aconteça nas demais capitais do país até o final deste mês.

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