Enteada de Picasso denuncia roubo de 407 obras do pintor
De acordo com Catherine Huntin-Blay, os roubos teriam ocorridos entre 2005 e 2007 e foram descobertos há dois anos
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2013 às 08h06.
Paris - Catherine Huntin-Blay, filha de Jacqueline Picasso e enteada do gênio espanhol, disse que um total de 407 obras do pintor foram roubadas nos últimos anos, incluindo desenhos, litografias e catálogos, informou nesta sexta-feira o jornal "Le Parisien".
A enteada de Picasso, de 65 anos, revelou que em 2011 já havia advertido sobre o desaparecimento de algumas das obras que herdou de sua mãe. Na ocasião, após uma galeria ter posto alguns desenhos à venda, Catherine foi alertada pela Picasso Administration e, posteriormente, comprovou que o material em questão era seu.
A Picasso Administration, sediada em Paris, é uma organização que administra os direitos dos herdeiros do artista espanhol.
A investigação sobre o desaparecimento das obras da filha da última mulher de Picasso foi iniciada há dois anos e acabou evidenciando uma "trama bem organizada", como qualifica o jornal local, que teria roubado centenas de obras do artista ao longo de vários anos.
"Quis verificar se tinha as obras, arquivadas em seus catálogos, em papel não ácido: já não estavam! Isso desencadeou o resto", explicou a enteada de Picasso que, desde 2010, abre seu castelo de Vauvenargues (sudeste) para o público acompanhar parte de sua coleção.
De acordo com relato de Catherine, os roubos teriam ocorridos entre 2005 e 2007 e, após ter descoberto há dois anos, passou a suspeitar "de todo o mundo".
Segundo a publicação - que revela o caso em seu semanário distribuído hoje - Sylvie Baltazart-Eon, de 58 anos e filha de Aimé Maeght, ex-marchand do pintor espanhol, também teve obras roubadas. Neste aspecto, o curioso é que ambas as vítimas moram na mesma região.
De acordo com o "Le Parisien", Freddy Munchenbach, um "homem de confiança" que fazia trabalhos sem precisar tanto na casa de Sylvie quanto na da enteada de Picasso, é o principal suspeito de ter roubado mais de 600 obras (no total) das duas mulheres.
Seguindo a investigação citada, Munchenbach passava as obras a Toni Celano, um litógrafo detido na Itália em janeiro, que poderia ser responsável por comprá-las e revende-las à galeria parisiense Belle et Belle. Na trama também aparece Richard P., eletricista e amigo de Munchenbach, que emoldurou e exibiu em sua casa litografias originais de Miró e Francis Bacon.
No total, segundo conta o "Le Parisien", além das obras de Picasso, o grupo em questão teria roubado somente das duas mulheres 265 estampas de Joan Miró, Kandinsky, Antoni Tàpies, além de esculturas de Giacometti e Eduardo Chillida.
Os 407 desenhos e catálogos de Picasso que fazem parte da coleção da filha de Jacqueline Picasso poderiam alcançar um valor entre US$ 1,3 milhão e US$ 2,6 milhões.
A enteada de Picasso revelou ao jornal que só conseguiu recuperar 22 obras, mas que a investigação continua: "Não estou a par de tudo. Os agentes da brigada contra roubo são encantadores e sabem muito de arte. Tenho sorte de ter fotografado tudo antes do roubo".
Paris - Catherine Huntin-Blay, filha de Jacqueline Picasso e enteada do gênio espanhol, disse que um total de 407 obras do pintor foram roubadas nos últimos anos, incluindo desenhos, litografias e catálogos, informou nesta sexta-feira o jornal "Le Parisien".
A enteada de Picasso, de 65 anos, revelou que em 2011 já havia advertido sobre o desaparecimento de algumas das obras que herdou de sua mãe. Na ocasião, após uma galeria ter posto alguns desenhos à venda, Catherine foi alertada pela Picasso Administration e, posteriormente, comprovou que o material em questão era seu.
A Picasso Administration, sediada em Paris, é uma organização que administra os direitos dos herdeiros do artista espanhol.
A investigação sobre o desaparecimento das obras da filha da última mulher de Picasso foi iniciada há dois anos e acabou evidenciando uma "trama bem organizada", como qualifica o jornal local, que teria roubado centenas de obras do artista ao longo de vários anos.
"Quis verificar se tinha as obras, arquivadas em seus catálogos, em papel não ácido: já não estavam! Isso desencadeou o resto", explicou a enteada de Picasso que, desde 2010, abre seu castelo de Vauvenargues (sudeste) para o público acompanhar parte de sua coleção.
De acordo com relato de Catherine, os roubos teriam ocorridos entre 2005 e 2007 e, após ter descoberto há dois anos, passou a suspeitar "de todo o mundo".
Segundo a publicação - que revela o caso em seu semanário distribuído hoje - Sylvie Baltazart-Eon, de 58 anos e filha de Aimé Maeght, ex-marchand do pintor espanhol, também teve obras roubadas. Neste aspecto, o curioso é que ambas as vítimas moram na mesma região.
De acordo com o "Le Parisien", Freddy Munchenbach, um "homem de confiança" que fazia trabalhos sem precisar tanto na casa de Sylvie quanto na da enteada de Picasso, é o principal suspeito de ter roubado mais de 600 obras (no total) das duas mulheres.
Seguindo a investigação citada, Munchenbach passava as obras a Toni Celano, um litógrafo detido na Itália em janeiro, que poderia ser responsável por comprá-las e revende-las à galeria parisiense Belle et Belle. Na trama também aparece Richard P., eletricista e amigo de Munchenbach, que emoldurou e exibiu em sua casa litografias originais de Miró e Francis Bacon.
No total, segundo conta o "Le Parisien", além das obras de Picasso, o grupo em questão teria roubado somente das duas mulheres 265 estampas de Joan Miró, Kandinsky, Antoni Tàpies, além de esculturas de Giacometti e Eduardo Chillida.
Os 407 desenhos e catálogos de Picasso que fazem parte da coleção da filha de Jacqueline Picasso poderiam alcançar um valor entre US$ 1,3 milhão e US$ 2,6 milhões.
A enteada de Picasso revelou ao jornal que só conseguiu recuperar 22 obras, mas que a investigação continua: "Não estou a par de tudo. Os agentes da brigada contra roubo são encantadores e sabem muito de arte. Tenho sorte de ter fotografado tudo antes do roubo".