Energize a mente e melhore o desempenho
Pesquisas mostram que uma alimentação saudável pode ajudar a dar mais energia, melhorando o desempenho cognitivo e o humor
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2012 às 11h46.
São Paulo - Cansaço mental, falta de energia e de concentração são queixas comuns, atribuídas ao estilo de vida moderno. Excesso de compromissos profissionais e atividades pessoais acarretam hábitos de vida que levam a esse desequilíbrio. Por outro lado, a nutricionista Maria Fernanda Elias, mestre em Saúde Pública e Doutoranda em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, indica que as pesquisas científicas mostram que existem vários componentes em uma alimentação saudável que podem ajudar a modificar processos internos no cérebro e, por meio disso, promover impacto perceptível e mensurável nos níveis de energia, desempenho cognitivo e humor.
"Apesar do cérebro representar apenas 2% do peso total do corpo, ele utiliza cerca de 20% de toda a energia que é produzida. A principal fonte para a produção de energia pelo organismo é a glicose, obtida, preferencialmente, por meio do consumo de alimentos ricos em carboidratos, como arroz, pão, massa, batata, mandioca e frutas. Assim, fica fácil perceber porque as dietas que restringem o consumo de carboidratos causam fadiga e tontura", explica a nutricionista.
Além da glicose, a especialista apresenta abaixo as outras substâncias que contribuem para o estado de alerta e bom desempenho mental:
- Água: o líquido permite a ocorrência de reações químicas no corpo. A desidratação, mesmo que mínima, pode levar ao estado de confusão e cansaço.
- Vitaminas do complexo B: esses nutrientes participam do processo de obtenção e síntese de energia, além de outras importantes funções metabólicas. A riboflavina (vitamina B2), vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico (vitamina B9) são fundamentais para a proliferação celular e síntese das células vermelhas do sangue. Um estudo randomizado e controlado, que utilizou altas doses de vitaminas do complexo B em homens saudáveis, mostrou aumento de energia durante testes de cognição e elevação do vigor físico percebido pelos indivíduos.
- Ácido docosahexaenóico (DHA): esse ácido graxo ômega-3 chama a atenção dos pesquisadores devido a sua essencialidade na estrutura cerebral. Sabe-se que o DHA representa cerca de 97% dos ácidos graxos presentes no cérebro e, por isso, baixos níveis de DHA no sangue estão associados a declínio cognitivo em idades mais avançadas. Estudos observacionais, em grandes populações, indicam também que o alto consumo de peixes – alimentos fontes de DHA – pode estar associado com a diminuição do risco de Alzheimer.
- Coenzima Q10: aproximadamente 95% da energia total que o corpo precisa para realizar suas funções é ativada pela coenzima Q10. Isso significa que ela não é apenas necessária para a realização das atividades físicas, mas também é fundamental para a atividade cerebral. A coenzima Q10 também atua como um potente antioxidante, sendo que a manutenção de níveis adequados no organismo está associada com menor risco para doenças neurodegenerativas.
- Zinco: o mineral é um importante constituinte de enzimas antioxidantes, substâncias que atuam no cérebro contribuindo para a função cognitiva. Estudos associam a ingestão de zinco com melhora da cognição em indivíduos de meia idade.
- Magnésio: necessário para a composição de mais de 300 enzimas, o mineral auxilia na transmissão de impulsos nervosos e na habilidade dos neurônios estabelecerem novas conexões, contribuindo para a função cognitiva normal. Alguns estudos preliminares mostram que o aumento dos níveis de magnésio no cérebro pode melhorar a aprendizagem e a memória.
"Uma alimentação equilibrada fornece água, energia e nutrientes - fundamentais para o equilíbrio da saúde. A utilização de produtos fortificados e suplementos nutricionais pode auxiliar na ingestão recomendada desses componentes e, consequentemente, manter o bom estado nutricional", finaliza Maria Fernanda.
São Paulo - Cansaço mental, falta de energia e de concentração são queixas comuns, atribuídas ao estilo de vida moderno. Excesso de compromissos profissionais e atividades pessoais acarretam hábitos de vida que levam a esse desequilíbrio. Por outro lado, a nutricionista Maria Fernanda Elias, mestre em Saúde Pública e Doutoranda em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo, indica que as pesquisas científicas mostram que existem vários componentes em uma alimentação saudável que podem ajudar a modificar processos internos no cérebro e, por meio disso, promover impacto perceptível e mensurável nos níveis de energia, desempenho cognitivo e humor.
"Apesar do cérebro representar apenas 2% do peso total do corpo, ele utiliza cerca de 20% de toda a energia que é produzida. A principal fonte para a produção de energia pelo organismo é a glicose, obtida, preferencialmente, por meio do consumo de alimentos ricos em carboidratos, como arroz, pão, massa, batata, mandioca e frutas. Assim, fica fácil perceber porque as dietas que restringem o consumo de carboidratos causam fadiga e tontura", explica a nutricionista.
Além da glicose, a especialista apresenta abaixo as outras substâncias que contribuem para o estado de alerta e bom desempenho mental:
- Água: o líquido permite a ocorrência de reações químicas no corpo. A desidratação, mesmo que mínima, pode levar ao estado de confusão e cansaço.
- Vitaminas do complexo B: esses nutrientes participam do processo de obtenção e síntese de energia, além de outras importantes funções metabólicas. A riboflavina (vitamina B2), vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico (vitamina B9) são fundamentais para a proliferação celular e síntese das células vermelhas do sangue. Um estudo randomizado e controlado, que utilizou altas doses de vitaminas do complexo B em homens saudáveis, mostrou aumento de energia durante testes de cognição e elevação do vigor físico percebido pelos indivíduos.
- Ácido docosahexaenóico (DHA): esse ácido graxo ômega-3 chama a atenção dos pesquisadores devido a sua essencialidade na estrutura cerebral. Sabe-se que o DHA representa cerca de 97% dos ácidos graxos presentes no cérebro e, por isso, baixos níveis de DHA no sangue estão associados a declínio cognitivo em idades mais avançadas. Estudos observacionais, em grandes populações, indicam também que o alto consumo de peixes – alimentos fontes de DHA – pode estar associado com a diminuição do risco de Alzheimer.
- Coenzima Q10: aproximadamente 95% da energia total que o corpo precisa para realizar suas funções é ativada pela coenzima Q10. Isso significa que ela não é apenas necessária para a realização das atividades físicas, mas também é fundamental para a atividade cerebral. A coenzima Q10 também atua como um potente antioxidante, sendo que a manutenção de níveis adequados no organismo está associada com menor risco para doenças neurodegenerativas.
- Zinco: o mineral é um importante constituinte de enzimas antioxidantes, substâncias que atuam no cérebro contribuindo para a função cognitiva. Estudos associam a ingestão de zinco com melhora da cognição em indivíduos de meia idade.
- Magnésio: necessário para a composição de mais de 300 enzimas, o mineral auxilia na transmissão de impulsos nervosos e na habilidade dos neurônios estabelecerem novas conexões, contribuindo para a função cognitiva normal. Alguns estudos preliminares mostram que o aumento dos níveis de magnésio no cérebro pode melhorar a aprendizagem e a memória.
"Uma alimentação equilibrada fornece água, energia e nutrientes - fundamentais para o equilíbrio da saúde. A utilização de produtos fortificados e suplementos nutricionais pode auxiliar na ingestão recomendada desses componentes e, consequentemente, manter o bom estado nutricional", finaliza Maria Fernanda.