Documentário destaca vasta obra do maestro Tom Jobim
A música do compositor, maestro, pianista e cantor carioca é exposta, uma a uma, em sequência, por 90 minutos seguidos
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 11h00.
São Paulo - O documentário "A Música Segundo Tom Jobim" (1927-1994) oferece um desafio aos espectadores. Não há falas, entrevistas, letreiros. Nada. A música do compositor, maestro, pianista e cantor carioca é exposta, uma a uma, em sequência, por 90 minutos seguidos. É a ideia de um dos diretores do longa, Nelson Pereira dos Santos, que assina o trabalho com a neta de Tom, Dora Jobim.
Acostumado a colocar a cachola do público para trabalhar, Nelson impõe essa provocação a partir de hoje, quando o filme chega aos cinemas de todo o País. A obra de Tom, que neste ano completaria 85 anos, é vasta e prolífera o bastante para isso, é bem verdade. São 57 músicas, apresentadas em vídeo por intérpretes, em português, inglês e francês, e pelo próprio autor.
A edição entre cada música é feita de maneira suave, como se Tom não parasse, em nenhum momento, de estar ali. A linguagem, claro, é pouco usual, só imagens e sons, mas evita aquela quebra de ritmo que algumas entrevistas trazem aos documentários musicais: as fontes, quase sempre as mesmas, tentam definir alguém, ou alguma sonoridade, com frases de efeito para saírem bonitas nas telonas. Poucas são realmente produtivas.
Nisso, "A Música Segundo Tom Jobim" acertou em cheio. A obra do carioca fala por si, sem necessidade de explicações. Nem foi feita a identificação de quem está na tela, tudo ficou para o final. Embora 90 minutos só de música sejam cansativos - e são -, a poesia jobiniana e seus acordes minimalistas mereciam a reverência. As informações são do Jornal da Tarde.
São Paulo - O documentário "A Música Segundo Tom Jobim" (1927-1994) oferece um desafio aos espectadores. Não há falas, entrevistas, letreiros. Nada. A música do compositor, maestro, pianista e cantor carioca é exposta, uma a uma, em sequência, por 90 minutos seguidos. É a ideia de um dos diretores do longa, Nelson Pereira dos Santos, que assina o trabalho com a neta de Tom, Dora Jobim.
Acostumado a colocar a cachola do público para trabalhar, Nelson impõe essa provocação a partir de hoje, quando o filme chega aos cinemas de todo o País. A obra de Tom, que neste ano completaria 85 anos, é vasta e prolífera o bastante para isso, é bem verdade. São 57 músicas, apresentadas em vídeo por intérpretes, em português, inglês e francês, e pelo próprio autor.
A edição entre cada música é feita de maneira suave, como se Tom não parasse, em nenhum momento, de estar ali. A linguagem, claro, é pouco usual, só imagens e sons, mas evita aquela quebra de ritmo que algumas entrevistas trazem aos documentários musicais: as fontes, quase sempre as mesmas, tentam definir alguém, ou alguma sonoridade, com frases de efeito para saírem bonitas nas telonas. Poucas são realmente produtivas.
Nisso, "A Música Segundo Tom Jobim" acertou em cheio. A obra do carioca fala por si, sem necessidade de explicações. Nem foi feita a identificação de quem está na tela, tudo ficou para o final. Embora 90 minutos só de música sejam cansativos - e são -, a poesia jobiniana e seus acordes minimalistas mereciam a reverência. As informações são do Jornal da Tarde.