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Diane Keaton se destaca na comédia “Um Amor de Vizinha”

Ex-musa de Woody Allen é o que há de melhor na comédia de Rob Reiner sobre um romance na maturidade

Diane Keaton durante a pré-estreia do filme “Um Amor de Vizinha” no festival de Zurique, na Suíça  (Andreas Rentz/Getty Images for ZFF)

Diane Keaton durante a pré-estreia do filme “Um Amor de Vizinha” no festival de Zurique, na Suíça (Andreas Rentz/Getty Images for ZFF)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 17h11.

São Paulo - Existe uma razão, uma única, para se ver Um Amor de Vizinha, e atende pelo nome de Diane Keaton.

Ex-musa de Woody Allen, ex-esposa de Al Pacino em O Poderoso Chefão, entre outros fatos marcantes, ela é o que há de melhor nessa comédia morna de Rob Reiner (Conta Comigo, Antes de Partir) sobre um romance na maturidade.

A atriz é Leah, viúva que tenta superar a morte do marido seguindo uma carreira de cantora num pequeno restaurante.

Michael Douglas –cada vez mais parecido fisicamente com seu pai, Kirk Douglas– é Oren Little, um agente imobiliário egoísta, grosseiro e solitário, dono de um conjunto de pequenos apartamentos onde moram Leah e outras pessoas, com quem ele não se dá bem.

Os dois personagens têm, no fundo, muita dificuldade de lidar com as perdas do passado e seguir em frente.

Suas vidas mudam quando o filho de Oren, ex-viciado, deverá cumprir uma pena de prisão de um ano, deixando sua filha pequena com o avô. Não é nenhuma surpresa que Sarah (Sterling Jerins, de Invocação do Mal) vai transformar a vida do protagonista ranzinza.

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Antes disso, ela passará um tempo na casa de Leah, que a adota, uma vez que o avô não quer saber da garota.

Não é preciso ter visto muitas comédias norte-americanas para saber onde Um amor de vizinha vai chegar. Ainda assim, o filme de Reiner quase não tem fôlego para dar conta de sua curta jornada.

Escrita por Mark Andrus (Melhor é Impossível, Ela É a Poderosa), a trama tenta se aproveitar de coadjuvantes para injetar algum frescor. Há a vizinha, mãe solteira e uma espécie de hiponga (Annie Parisse), que tenta criar os filhos de modo mais livre, para desespero de Oren.

Também morando num dos apartamentos, um casal de afro-americanos (Yaya DaCosta e Maurice Jones), que, infelizmente, parecem fazer apenas figuração, e a veterana secretária (Frances Sternhagen) da imobiliária onde trabalha, com quem ele mantém uma relação de amor e ódio.

Com um elenco de personagens tão mal construídos, sobra para Diane Keaton brilhar sozinha. E, dada a disparidade entre ela e os demais atores, parece que atuou por conta própria no filme.

Embora pareça fazer uma versão de várias outras figuras que ela mesma já criou no cinema, consegue transformar essa comédia em algo mais palatável.

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