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Depois da Coca-Cola, mais uma marca aposta em bebida que briga com a cerveja

Da cervejaria Blondine, Verano é uma das primeiras hard seltzer do Brasil. À base de suco, tem 4% de teor alcoólico e também parte para cima do gim-tônica

Linha de Hard Seltzer Verano, da cervejaria Blondine  (Divulgação/Divulgação)

Linha de Hard Seltzer Verano, da cervejaria Blondine (Divulgação/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 11h13.

Última atualização em 9 de março de 2021 às 10h00.

Hard seltzer. Uma bebida com esse nome tem chances de vingar no Brasil? Muita gente acredita que sim. E a começar pela Coca-Cola, que despeja a dela nos mercados de São Paulo e do Rio de Janeiro (e também em cidades mexicanas) desde outubro do ano passado. A segunda versão brasileira, a Verano, acaba de ser anunciada. Pertence à cervejaria artesanal Blondine, sediada em Itupeva, no interior de São Paulo.

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As hard seltzers – classificadas, no Brasil, como bebidas alcoólicas mistas gaseificadas – se apresentam como uma alternativa para quem não está a fim nem de cerveja, nem de Coca-Cola e demais refrigerantes. Vendidas principalmente em latinhas, têm menos calorias e carboidratos que as cervejas e teor alcóolico semelhante (entre 4% e 5%). À base de suco, são turbinadas com álcool oriundo ou de açúcar de cana ou de malte de cerveja.

Coca-Cola lançou a Topo Chico Hard Seltzer no Brasil (João Gorri/Divulgação)

As primeiras marcas surgiram nos Estados Unidos há uns sete anos e até gigantes como a Bud Light lançaram suas versões da bebida. Elas compõem um mercado que, estima-se, movimentou 3 bilhões de dólares nos últimos três anos. Na visão de Dave Burwick, presidente da Boston Beer, fabricante da Samuel Adams e uma das maiores cervejarias artesanais dos Estados Unidos, trata-se da maior revolução do mercado desde o lançamento das cervejas Light, nos anos 70.

À base de ingredientes naturais, a Verano não leva açúcar e corantes artificiais, tem 4% de teor alcoólico, nada de glúten, baixo carboidrato e 90 calorias por latinha (com 310 mililitros, cada uma tem preço sugerido de 9,95 reais). Nasceu com quatro variedades. Uma junta tangerina e gengibre. Outra combina limão, maçã verde e kiwi. A terceira leva maracujá, pêssego e manga. E a última mescla amora, morango e mirtilo. Até 14/2 todas estão à venda no site Crazy4beer.com.br por 6,65 reais cada uma. Em breve deverão ser encontradas também em mercados e restaurantes.

“Depois de muita pesquisa e estudo de mercado, criamos um produto que sem dúvida irá conquistar os brasileiros”, promete Aloisio Xerfan, o fundador da Blondine, embevecido com a novidade. “A Verano traz o sabor natural das frutas, é realmente inovadora e bem equilibrada para o clima do país”.

A hard seltzer da Coca-Cola chama Topo Chico. A origem dela é a água com gás de mesmo nome, no mercado há 126 anos e venerada por bartenders, que a utilizam no preparo de coquetéis. As versões alcoólicas da Topo Chico são três, nos sabores morango-goiaba, lima-limão e abacaxi. Sem glúten, somam 90 calorias por lata e têm 4,7% de teor alcóolico. O preço sugerido de cada latinha, também de 310 mililitros, é de 4,99 reais.

Com as novidades, Blondine e Coca-Cola compram briga também com o gim-tônica, encontrado inclusive em latinhas, e outros drinques refrescantes – hoje, são mais uma ameaça ao reinado das cervejas. O público alvo das hard seltzers é a turma entre os 21 e 35 anos que dá preferência a bebidas mais leves, refrescantes e que não são sinônimo de trançar as pernas. Convém tomá-la apenas geladas ou no máximo com uma pedra de gelo ou uma fatia de limão ou laranja. Na praia ou nos bloquinhos de Carnaval (quando voltarem, quando voltarem), são uma excelente companhia.

 

 

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