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"Copa de James Rodríguez é impressionante", diz técnico

Considerado pela Fifa o melhor jogador da fase de grupos, James Rodriguez é a grande ameaça ao Brasil no momento

James Rodrigues: vitória contra os uruguaios (REUTERS/ Sérgio Moraes)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2014 às 21h37.

Rio - James Rodríguez chegou ao Brasil com três gols marcados em 21 jogos pela seleção da Colômbia . Havia sido um dos destaques da equipe na campanha nas Eliminatórias, mas não pelo faro goleador e sim por sua capacidade de armar as jogadas.

Mas neste Mundial ele está iluminado, e fechou o sábado como artilheiro isolado da competição com cinco gols em quatro partidas. Na ausência de Falcao Garcia, o matador que não conseguiu se recuperar de uma lesão no joelho esquerdo, o maestro se transformou no goleador inesperado de um time que vai fazendo história e enchendo os olhos.

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O meia de 22 anos recebeu elogios dos dois treinadores que trabalharam na vitória da Colômbia sobre o Uruguai, por 2 a 0, no Maracanã.

O uruguaio Óscar Tabárez disse que ele tem o dom dos grandes craques, e citou Maradona, Messi e, com uma grande dose de parcialidade, o uruguaio Luis Suárez como outros astros que nasceram com esse dom. E quando chegou a vez de José Pekerman falar, ele confessou estar boquiaberto com o rendimento de seu camisa 10.

"O que o James está fazendo no Mundial é impressionante. Tecnicamente ele sempre vai bem, mas agora cresceu muito em termos de aplicação tática e participação no jogo", exaltou o treinador argentino.

Pekerman foi treinador de várias seleções de base da Argentina, e trabalhou com jogadores de fina estirpe como Riquelme e Messi. Por isso, sua opinião sobre James Rodríguez é a de alguém que já conviveu com muita gente boa. "O mais surpreendente nele é que, apesar da pouca idade, não tem nenhum problema em assumir a responsabilidade. E faz com naturalidade coisas que a maioria dos jogadores leva anos para aprender."

James Rodríguez sempre foi precoce. Com 14 anos, estreou na equipe principal do Envigado. Aos 17, com a camisa do Banfield, tornou-se o estrangeiro mais jovem a jogar e também a fazer um gol no Campeonato Argentino. No ano seguinte, ajudou o time a ser campeão - é também o mais jovem estrangeiro a levantar a taça no país. Com 19 anos foi vendido para o Porto e há um ano o Monaco pagou 45 milhões de euros (R$ 135 milhões) para contratá-lo.

Diante disso, não é de se estranhar que aos 21 anos ele já fosse o cérebro da seleção. Nem que agora esteja brilhando com tanta intensidade num Mundial de ótimo nível técnico.

"James tem condições de se tornar o melhor jogador da história do futebol colombiano", disse o ex-atacante Faustino Asprilla, um dos destaques da geração considerada a melhor da Colômbia (que tinha Rincón e Valderrama como outros expoentes) e que está acompanhando a Copa como comentarista.

A enxurrada de elogios não mexe com a cabeça do craque, que foi eleito pela Fifa o melhor jogador da primeira fase. "Estou feliz porque as coisas estão dando certo, tenho feito gols e a equipe está fazendo história. Só o que quero é ajudar a Colômbia a chegar o mais longe possível no Mundial."

O próximo obstáculo é o Brasil. O craque mostra muito respeito pela seleção dirigida por Felipão, mas não tem medo. E, com a mesma personalidade que exibe em campo, manda um recado: "O Brasil é forte e tem grandes jogadores, mas vai precisar tomar muito cuidado conosco." Palavra do melhor jogador da Copa.

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