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Conheça o Taj Mahal, um dos pontos mais incríveis da Índia

Palácio construído no século 17 funciona todos os dias, exceto às sextas-feiras, quando fecha para orações

O Taj Mahal abre todos os dias das 6 da manhã às 7 da noite, exceto na sexta-feira, quando fecha para orações (Blog 360meridianos)

O Taj Mahal abre todos os dias das 6 da manhã às 7 da noite, exceto na sexta-feira, quando fecha para orações (Blog 360meridianos)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 16h05.

Um dos monumentos mais famosos do mundo é conhecido por ser uma homenagem ao amor. O Taj Mahal, nome que significa a “Coroa de Mahal”, foi construído por um marido apaixonado que perdeu sua esposa quando ela deu à luz ao seu décimo quarto filho. Ela era a sua terceira esposa e ele era um imperador mongol, o quinto da sua genealogia a dominar o norte da Índia. O “Rei do Mundo”, Shah Jahan e a “Jóia do Palácio”, Mumtaz Mahal. Talvez você reconheça os nomes daquela música do Jorge Ben Jor (pelo menos foi essa a trilha sonora da visita que nós, do blog 360meridianos*, fizemos ao monumento).

A esposa favorita de Shah Jahan era uma princesa persa. Mahal se casou com o Imperador em 1612, e durante 19 anos foi esposa devota, mãe de 13 filhos, conselheira e apoiadora, em tempos de paz e de guerra. A morte dela fez com que Jahan quisesse construir o mais belo monumento da época (e que hoje se tornou grande destino de viagens turísticas), para honrar sua memória.

O Taj Mahal começou a ser construído em 1632. Agra era a a capital do Império Mongol na Índia. De norte a sul foram enviados materiais para construção do mausoléu na cidade. Elefantes, camelos, búfalos e bois vieram de toda a Ásia, da China ao Afeganistão. Mármore branco e pedras preciosas davam forma ao edifício, planejado à perfeição, inspirado nas tradições mongóis de construção, mas incorporando outros costumes da época, vindos da Pérsia, da Índia e do império Turco Otomano.

Além do grandioso prédio branco, que contém fios de ouro na cúpula e inscrições do Corão feitas em lápis-lazúli, uma rocha de cor azul, jardins também foram construídos à sua volta. Eles circundam o prédio e foram divididos em 16 seções, além do espelho d’água central, que reflete o mausoléu. Ao longo dos anos, os jardins mantiveram sua organização, mas mudaram de forma, se adaptando aos diferentes gostos arquitetônicos de certas épocas e invasores.

Muros de pedra vermelha e prédios externos completam o desenho e a simetria do projeto: uma mesquita, grandes portões e outros mausoléus, dedicados às outras esposas de Shah Jahan e ainda um para o servente favorito de Mumtaz. O projeto foi concluído em 1653 e, segundo a lenda, para que os construtores não pudessem repetir a beleza e grandiosidade da obra, o Imperador mandou que suas mãos fossem cortadas e seus olhos cegados.

Um segundo Taj

Outro mito revela que Jahan planejava construir para si mesmo outro mausoléu, semelhante ao Taj Mahal, mas feito em mármore negro. O ponto escolhido seria o outro lado do rio. Assim ele e sua amada esposa descansariam juntos em paz, lado a lado. Isso faria uma das mais belas obras da humanidade ainda mais impressionante. Só que, como todos podemos observar, o plano, se é que era real, não deu certo.


O Imperador ficou doente pouco depois que o Taj ficou pronto e seus dois filhos assumiram o poder. Talvez por achar que o pai já andara gastando demais com suas obras magníficas, o exilaram no Forte de Agra, de onde se tem uma excelente vista do monumento ao amor, e onde Shah Jahan passou seus últimos momentos até morrer, em 1666.

Aurangzeb, seu filho, talvez muito menos preocupado com arte e grandiosidade, claramente considerava um desperdício sem fim construir outro mausoléu. Com isso, sepultou o pai dentro do Taj Mahal mesmo. A tumba de Shah Jahan fica ao lado da de Mumtaz Mahal e trata-se da única descontinuidade na simetria perfeita do projeto: a tumba de Mumtaz ocupa o centro do edifício. A de seu marido é um pouco mais alta e fica ao seu lado. No lugar do irmão negro do Taj, foram construídos jardins que têm uma vista alternativa do monumento. Quem sabe um dia o governo indiano não põe a obra em prática e constrói o lendário Taj negro?

Seria um complemento e tanto para um monumento que já recebe cerca de 3 milhões de visitantes todos os anos. O Taj Mahal foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade em 1983 e em 2007 foi escolhido, com mais de 100 milhões de votos, como uma das Novas Maravilhas do Mundo Moderno. Atualmente, está ameaçado: o mármore branco está gradualmente ficando amarelo por causa dos alarmantes níveis de poluição em Agra.

O Taj Mahal está aberto todos os dias, das 6 da manhã às 7 da noite, exceto na sexta-feira, quando é fechado para orações. Também é possível fazer visitas à luz da lua dois dias antes e depois da lua cheia, das 20h30 à 24h. A entrada custa 750 rúpias (cerca de 28 reais) para turistas estrangeiros.

Como chegar: A estação de Agra é um ponto de junção dos principais trens indianos, logo, é possível chegar lá de praticamente qualquer lugar do país – demora cerca de três horas da capital, Nova Délhi. Também é possível ir de ônibus - e é mais barato, apesar de mais demorado, para quem sai de grandes cidades próximas. O aeroporto de Agra está inativo.

Sobre Agra: A cidade de Agra é bastante desagradável: suja, poluída e sem infraestrutura – a luz acaba várias vezes ao dia, por exemplo. Entretanto, como é impossível ver o Taj sem passar por lá, sugiro que fique lá por pouco tempo: uma noite, ou quem sabe fazer um bate e volta de Délhi.

É importante lembrar também que, como Agra era a capital de um Império, outros monumentos do período mongol estão localizados nos arredores da cidade. O Agra Fort, casa dos governantes do Império; o Akbar’s Mausoleum, mausoléu do maior imperador mongol e avô de Shah Jahan; Fatehpur Sikri, uma cidade a 40km de Agra e que era a antiga capital; e o Baby Taj ou Itmad-ud-Daula’s Tomb, outro mausoléu que segue a arquitetura da época.

 

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