David Carr desmaiou na redação do jornal e foi declarado morto no hospital, informou o NYT. A causa da morte não foi anunciada (Mark Sagliocco/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 09h45.
Washington - David Carr, crítico do trabalho da imprensa do jornal New York Times, conhecido por seu estilo direto e incisivo e por ter superado o vício em drogas, o que o transformou em um dos jornalistas americanos mais respeitados, morreu nesta quinta-feira aos 58 anos.
Carr desmaiou na redação do jornal e foi declarado morto no hospital, informou o NYT. A causa da morte não foi anunciada.
Na tarde de quinta-feira, Carr foi o moderador de um painel que contou com a participação, via teleconferência, do ex-funcionário da NSA Edward Snowden e que debateu o escândalo que afetou a agência de inteligência.
O diretor executivo do NYT, Dean Baquet, anunciou a morte aos funcionários.
"Era um dos mais refinados repórteres de mídia de sua geração, um homem notável e divertido, que se tornou um dos líderes de nossa redação", escreveu Baquet.
Carr entrou para o jornal em 2002, primeiro escrevendo sobre a indústria editorial.
Recentemente, passou a ser conhecido por uma coluna semanal chamada 'The Media Equation', que analisava as notícias e a situação na indústria editorial, de TV e redes sociais.
Em 2008, Carr lançou um livro de memórias ("A Noite da Arma"), em que relata sua batalha contra as drogas.
No livro, Carr investiga sua própria história, conta sua luta para superar o vício, um câncer e as dificuldades de ser um pai solteiro.