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CBF elabora manifesto e cria comissão de combate à violência nos estádios

Entidade quer frear incidentes de torcedores depois de casos recentes na Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais

O manifesto será levado também para as agremiações das Séries B, C e D, além do futebol feminino. (Paulo Whitaker/Reuters)

O manifesto será levado também para as agremiações das Séries B, C e D, além do futebol feminino. (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2022 às 08h54.

As recentes cenas de violência envolvendo torcedores em Minas Gerais e agressão aos ônibus do Bahia e Grêmio fizeram com que a CBF se mexesse. Na tarde de ontem (7), a entidade que controla o futebol brasileiro, com apoio irrestrito de clubes e federações, criou um manifesto chamado "A favor da vida e do futebol brasileiro", com a intenção de reunir um grupo de trabalho, de diferentes segmentos da sociedade, para elaborar seminários que visem trazer medidas que ajudam a acabar com esses episódios ao longo do primeiro semestre deste ano.

A ideia deste manifesto partiu dos clubes, capitaneado pelo Spor Club Internacional - pioneiro com a iniciativa por meio do presidente Alessandro Barcellos, que levou o projeto à CBF na última semana. O advogado Pedro Trengrouse foi nomeado pela entidade para coordenar o assunto.

Além da assinatura dos clubes da Série A e todas as federações, o manifesto será levado também para as agremiações das Séries B, C e D, além do futebol feminino. O presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, falou sobre o assunto.

“Por proposta dos clubes e da própria CBF, saímos com uma política de ter uma comissão que possa trazer seminários e debates envolvendo toda a sociedade. Queremos trabalhar sempre no sentido de combater a violência nos estádios. Isso tem prejudicado muito o futebol em todo o mundo, principalmente nessas últimas situações aqui no Brasil", comentou.

O manifesto possui dois objetivos claros: o primeiro, tratar de práticas mais efetivas de combate e prevenção à violência no futebol, com a criação de diretrizes viáveis de serem cumpridas, de acordo com o o Estatuto do Torcedor e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O segundo, que a Fifa participe e esteja presente com práticas de gestão estratégica, auxiliando os clubes e as federações com exemplos que já eram certo em outras ligas e países que conviveram por muitos anos com ações deste tipo, como a Inglaterra.

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