BMW iX xDrive50: o carro elétrico com maior autonomia no Brasil. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 30 de junho de 2024 às 06h48.
Autonomia é uma característica fundamental para os carros elétricos. Com baterias cada vez mais potentes, em praticamente todo lançamento as montadoras atualizam a quilometragem máxima percorrida pelos carros. No Brasil, a medição é feita pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), coordenado pelo Inmetro, por meio de diversos testes.
O programa segue diretrizes definidas desde 2015 para avaliar o consumo energético de carros tanto a combustão quanto elétricos. Os ensaios são baseados na metodologia norte-americana da SAE (Society of Automotive Engineers).
Dos dez carros com maior autonomia vendidos no Brasil, cinco são da BMW. A última atualização da lista do Inmetro foi feita no fim de maio deste ano e incluiu novos lançamentos, como o BYD Tan, que foi o primeiro carro da marca chinesa vendido no Brasil e que passou pela primeira restilização.
O modelo disponível no Brasil que consegue percorrer a maior distância é o BMW iX xDrive50, com 528 quilômetros. O carro foi eleito o mais tecnológico acima de 300 mil reais entre os lançamentos dos últimos 12 meses no ranking EXAME Casual Os Melhores Carros 2022.
Na edição de 2023 do ranking, o seu irmão, o BMW i7, com autonomia de 479 quilômetros, apareceu em primeiro lugar nesta mesma categoria.
A medição de autonomia feita pelo Inmetro é geralmente mais conservadora que outras internacionais, como a WLTP – convenção global de testes de carros. Em média, o valor fica 30% menor que o pelo ciclo WLTP.
De acordo com o Inmetro, a metodologia prevê um fator de correção de 0,3 nos ensaios de autonomia dos veículos elétricos. "Os fatores de correção já são aplicados há muito tempo, tanto para carros a combustão quanto para os elétricos, e têm o objetivo de aproximar os valores obtidos em laboratório das condições reais de uso nas ruas, trazendo uma informação mais fidedigna do consumo real dos veículos para o consumidor", explica o instituto.
A declaração dos dados de eficiência energética dos elétricos segue a mesma metodologia, definida pela EPA (Environmental Protection Agency) nos Estados Unidos, que utiliza a mesma norma SAE, e que já foi referendada junto às montadoras e importadores de veículos no Brasil desde 2020.