Carlos Drummond é o homenageado da 10ª edição da Flip
Em comemoração aos dez anos do evento, o escritor Luis Fernando Veríssimo falará sobre o valor da literatura, razão de ser da festa
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 15h09.
Rio de Janeiro - O cenário é histórico e o evento já virou tradição: a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começa hoje (4) reunindo na cidade estrategicamente posicionada entre duas das principais capitais do país – Rio de Janeiro e São Paulo – escritores renomados nacionais e de vários países.
Uma sessão dupla na noite desta quarta-feira marca o início da extensa programação que vai até domingo (8). Em comemoração aos dez anos do evento, o escritor Luis Fernando Veríssimo falará sobre o valor da literatura, razão de ser da festa. Em seguida, o escritor e crítico Silviano Santiago e o poeta e filósofo Antonio Cícero fazem uma conferência sobre o autor homenageado da Flip 2012, Carlos Drummond de Andrade, que completaria 110 anos em outubro.
De acordo com o diretor-geral da Flip, Mauro Munhoz, a escolha do poeta brasileiro foi baseada em sua importância para a literatura nacional e sua contribuição para o tombamento da cidade do litoral sul fluminense como Patrimônio Histórico Nacional.
“A gente tomou a decisão de homenageá-lo por sua dimensão, por ter sido um escritor que atravessava fronteiras, podendo falar para o público especializado sem perder a conexão com o público em geral. Além disso, ele foi funcionário do Ministério da Cultura e trabalhou no órgão que antecedeu o Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e o contato que estabeleceu com intelectuais nascidos em Paraty foi extremamente importante para que a cidade fosse tombada”, explicou.
Munhoz classificou a homenagem a Drummond como um “encontro feliz” entre cultura, literatura e questões do território.
Ao fazer um balanço de uma década desde a criação do festival, que cresce sem perder seu charme, o diretor-geral credita o sucesso ao equilíbrio entre tradição e inovação.
“A Flip se renova a cada ano, mas o formato mantém uma identidade muito forte. É como as casas do centro histórico de Paraty: não há duas iguais, mas o que fica é a sensação de conjunto e coerência entre todas elas”, enfatizou.
Entre os destaques internacionais desta edição estão Jennifer Egan, ganhadora do prêmio Pulitzer de 2011 por A Visita Cruel do Tempo; Jonathan Franzen, vencedor do National Book Award por As Correções; Ian McEwan, que teve o livro Reparação transformado no filme Desejo e Reparação e o dramaturgo, contista e roteirista Hanif Kureishi, que tem alguns títulos publicados no Brasil, entre eles Intimidade.
Durante a edição comemorativa dos dez anos do festival, também serão lançados dois livros , editados pela inglesa Liz Calder, criadora da Flip, e um DVD. Os títulos literários são o Dez/Ten, composto por contos e ensaios de cinco escritores brasileiros, e o Paraty É uma Festa: 10 Anos de Flip, escrito por jornalistas associados à história do evento, como Zuenir Ventura e Humberto Werneck. Já o filme trará trechos de mesas-redondas ocorridas desde a edição de 2003.
Rio de Janeiro - O cenário é histórico e o evento já virou tradição: a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começa hoje (4) reunindo na cidade estrategicamente posicionada entre duas das principais capitais do país – Rio de Janeiro e São Paulo – escritores renomados nacionais e de vários países.
Uma sessão dupla na noite desta quarta-feira marca o início da extensa programação que vai até domingo (8). Em comemoração aos dez anos do evento, o escritor Luis Fernando Veríssimo falará sobre o valor da literatura, razão de ser da festa. Em seguida, o escritor e crítico Silviano Santiago e o poeta e filósofo Antonio Cícero fazem uma conferência sobre o autor homenageado da Flip 2012, Carlos Drummond de Andrade, que completaria 110 anos em outubro.
De acordo com o diretor-geral da Flip, Mauro Munhoz, a escolha do poeta brasileiro foi baseada em sua importância para a literatura nacional e sua contribuição para o tombamento da cidade do litoral sul fluminense como Patrimônio Histórico Nacional.
“A gente tomou a decisão de homenageá-lo por sua dimensão, por ter sido um escritor que atravessava fronteiras, podendo falar para o público especializado sem perder a conexão com o público em geral. Além disso, ele foi funcionário do Ministério da Cultura e trabalhou no órgão que antecedeu o Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e o contato que estabeleceu com intelectuais nascidos em Paraty foi extremamente importante para que a cidade fosse tombada”, explicou.
Munhoz classificou a homenagem a Drummond como um “encontro feliz” entre cultura, literatura e questões do território.
Ao fazer um balanço de uma década desde a criação do festival, que cresce sem perder seu charme, o diretor-geral credita o sucesso ao equilíbrio entre tradição e inovação.
“A Flip se renova a cada ano, mas o formato mantém uma identidade muito forte. É como as casas do centro histórico de Paraty: não há duas iguais, mas o que fica é a sensação de conjunto e coerência entre todas elas”, enfatizou.
Entre os destaques internacionais desta edição estão Jennifer Egan, ganhadora do prêmio Pulitzer de 2011 por A Visita Cruel do Tempo; Jonathan Franzen, vencedor do National Book Award por As Correções; Ian McEwan, que teve o livro Reparação transformado no filme Desejo e Reparação e o dramaturgo, contista e roteirista Hanif Kureishi, que tem alguns títulos publicados no Brasil, entre eles Intimidade.
Durante a edição comemorativa dos dez anos do festival, também serão lançados dois livros , editados pela inglesa Liz Calder, criadora da Flip, e um DVD. Os títulos literários são o Dez/Ten, composto por contos e ensaios de cinco escritores brasileiros, e o Paraty É uma Festa: 10 Anos de Flip, escrito por jornalistas associados à história do evento, como Zuenir Ventura e Humberto Werneck. Já o filme trará trechos de mesas-redondas ocorridas desde a edição de 2003.