Casual

Bolt, um mito ao lado de Muhammad Ali, Michael Jordan e Pelé

O atleta jamaicano sai do Rio com um total de nove medalhas de ouro em Olimpíadas. Desde Muhammad Ali, ninguém no esporte teve o seu carisma

Usain Bolt: O jamaicano incluiu seu nome no grupo seleto dos maiores de todos os tempos (REUTERS/Phil Noble)

Usain Bolt: O jamaicano incluiu seu nome no grupo seleto dos maiores de todos os tempos (REUTERS/Phil Noble)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2016 às 12h00.

Usain Bolt tem muitos méritos para estar entre os grandes ícones do esporte. Tem o carisma de Muhammad Ali, títulos comparáveis a Pelé e a elegância e superioridade de Michael Jordan.

"Sou o maior", repetiu várias vezes durante os Jogos Rio-2016. "Não preciso provar mais nada. O que mais posso provar? Sou o maior", disse, mimetizando o ex-boxeador Muhammad Ali, que faleceu este ano.

"Estou tentando ser um dos maiores. Quero estar entre Muhammad Ali e Pelé. Espero que depois destes Jogos eu esteja neste grupo", completou na quinta-feira (18), depois de vencer a prova dos 200 metros, a segunda de suas três medalhas de ouro no Rio de Janeiro.

Bolt sai do Rio com um total de nove medalhas de ouro em Jogos Olímpicos. O jamaicano não é o único que acredita ser parecido com Muhammad Ali. A comparação também foi feita pelo presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o britânico Sebastian Coe.

"Esse rapaz é um gênio. Não tinha havido ninguém como ele desde Mohamed Ali em termos de captar a imaginação dos torcedores. Se tivessem me falado em 2008 que esse menino ia fazer tudo isso, em três Jogos Olímpicos, essa trajetória incrível... A diferença entre o bom e o super atleta é a longevidade. E Bolt tem essa longevidade", afirmou Coe à AFP.

Desde Muhammad Ali, ninguém no esporte teve o carisma de Usain Bolt no mundo do esporte.

Suas frases, seus gestos, suas comemorações parecem uma atualização do repertório de Ali. Seu duelo com Justin Gatlin no Rio-2016, com o público a favor do jamaicano e contra o americano, lembrou a luta de Ali contra George Foreman em 1974 em Kinshasa, então Zaire e hoje República Democrática de Congo.

O público ficou todo a favor de Ali contra Foreman, como aconteceu com os brasileiros, que torceram desesperadamente por Bolt graças a seu carisma.

Bolt aumentou ainda mais seu status ao conquistar o "tricampeonato do tri": pela terceira Olimpíada consecutiva ele conquistou o ouro nas três provas de velocidade (100 m, 200 m e reveamento 4x100 m), desta vez no país do rei do futebol, Pelé.

Pelé não tem o carisma de Ali, mas ambos compartilham um currículo de conquistas invejável.

Edson Arantes do Nascimento é o único jogador da história a ter conquistado três Copas do Mundo (Suécia-1958, Chile-1962 e México-1970), além de ter feito mais de mil gols em sua carreira.

Bolt venceu por três vezes as três provas de velocidade em Jogos Olímpicos, além de ser dono dos recordes mundiais dos 100 m e 200 m.

Mas quando se fala em estilo e a sensação de ser imbatível, Bolt lembra Michael Jordan, o melhor jogador de basquete da história, que conquistou seis títulos da NBA com o Chicago Bulls nos anos 1990, assim como as medalhas de ouro nos Jogos de Los Angeles-1984 e Barcelona-1992.

Se Jordan era imparável a caminho da cesta adversária, Bolt também deixa para trás os que tentam superá-lo com uma velocidade inédita no final das provas.

E Bolt conseguiu: o jamaicano incluiu seu nome no grupo seleto dos maiores de todos os tempos, ao lado de Pelé, Michael Jordan e Muhammad Ali.

Acompanhe tudo sobre:AtletasOlimpíada 2016OlimpíadasUsain Bolt

Mais de Casual

Arquitetos são substituídos por marcas e prédios se tornam grifes para morar

Voos internacionais em 2025 devem ter Ásia como destino principal

6 dicas para aproveitar Fernando de Noronha em qualquer época do ano

Os presentes mais populares deste Natal, segundo o ranking de apps da Apple