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Austrália diz que Djokovic não é prisioneiro e pode ir embora se quiser

O governo australiano negou nesta sexta-feira as acusações de apoiadores sérvios de Djokovic, incluindo da família dele, de que o tenista estava sendo tratado como prisioneiro

Djokovic: Com a escalada da disputa, autoridades disseram que dois outros jogadores que entraram na Austrália sob a mesma dispensa de saúde inicialmente concedida ao sérvio estavam sob investigação (Mike Segar/Reuters)

Djokovic: Com a escalada da disputa, autoridades disseram que dois outros jogadores que entraram na Austrália sob a mesma dispensa de saúde inicialmente concedida ao sérvio estavam sob investigação (Mike Segar/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2022 às 11h55.

Última atualização em 7 de janeiro de 2022 às 11h56.

O número 1 do mundo no tênis, Novak Djokovic, passou o Natal ortodoxo em detenção na imigração australiana, nesta sexta-feira, enquanto seus advogados lutam contra a decisão do governo de deportá-lo da Austrália, o que pode arruinar sua chance de tentar conquistar seu 21º título de Grand Slam.

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O governo australiano negou nesta sexta-feira as acusações de apoiadores sérvios de Djokovic, incluindo da família dele, de que o tenista estava sendo tratado como prisioneiro.

"Ele é livre para deixar o pais a qualquer hora que quiser, coisa que as Forças da Fronteira iriam facilitar", disse a ministra do Interior, Karen Andrews, a repórteres.

Autoridades de fronteira detiveram Djokovic no aeroporto de Melbourne quando ele chegou na quarta-feira e revogou um visto concedido com base em uma dispensa médica dos rigorosos requisitos de vacinação contra a Covid-19 australianos.

A decisão inicial de permitir a entrada do atleta indignou muitas pessoas na Austrália, onde a taxa de vacinação de adultos é superior a 90%, à medida que o país luta contra o pior surto de infecções por coronavírus.

Os advogados de Djokovic conseguiram obter autorização legal para que ele permanecesse no país até a audiência completa da ação contra o governo federal no tribunal, que acontece na segunda-feira.

A audiência deve revelar mais detalhes sobre a dispensa concedida a Djokovic e a documentação que ele forneceu na fronteira para sustentar a decisão.

O destino do sérvio está atrelado a uma disputa política na Austrália, caracterizada por uma troca de acusações entre o governo conservador do premiê Scott Morrison e o governo de esquerda do Estado de Victoria, onde é relizado o Aberto a Austrália.

Djokovic recebeu sua dispensa do governo de Victoria --por razões que não são conhecidas--, o que sustentava seu visto emitido pelo governo federal do país.

Sob o sistema federal australiano, Estados e territórios podem emitir dispensas de exigências vacinais para adentrarem suas jurisdições. O governo federal controla, no entanto, as fronteiras internacionais, e pode desafiar tais concessões.

Com a escalada da disputa, autoridades disseram que dois outros jogadores que entraram na Austrália sob a mesma dispensa de saúde inicialmente concedida ao sérvio estavam sob investigação.

A ABC News noticiou que a Força de Fronteira Australiana (ABF, na sigla em inglês) cancelou o visto da jogadora tcheca Renata Voracova e a deteve no mesmo hotel que Djokovic.

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