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As vantagens e os cuidados de correr na gravidez

Saiba como e quando correr nesse período tão especial da sua vida

Exercício tem riscos mínimos e pode ser muito benéfico para a maioria das mulheres (©AFP/Arquivo / Loic Venance)
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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 11h05.

São Paulo - A gravidez é um momento de cuidado e atenção. Mas isso não significa que a mulher deva abandonar a corrida. Saiba que esse tipo de atividade traz muitos benefícios para a gestante e o bebê. A dentista Carolina Auger, 32 anos, grávida de quatro meses, voltou a correr há um mês e afirma que se sente muito bem para praticar corrida .

“Agora que a gravidez está tranquila, voltei a correr três vezes por semana cerca de 30 minutos. Como diminuí o ritmo, chego a fazer cerca de 4 km nesse tempo.” Carolina afirma que deve correr no asfalto e na terra batida até o início do sexto mês.

Mesmo que a gravidez esteja profundamente associada a mudanças anatômicas e fisiológicas, o exercício tem riscos mínimos e pode ser muito benéfico para a maioria das mulheres, conforme sinaliza o American College of Obstetricians and Gynaecologists.

“A liberação de endorfina traz bem-estar e tranquilidade à grávida”, diz Cristina de Carvalho, treinadora e diretora-sócia da assessoria esportiva Projeto Mulher, em São Paulo. “A grávida ativa é uma pessoa mais leve, menos preocupada e ansiosa”, afirma Eliana Reinert, técnica de atletismo do Esporte Clube Pinheiros e treinadora da assessoria Correr/Mulher.

O cardiologista especialista em medicina esportiva Nabil Ghorayeb lista outras vantagens: “A mãe controla o peso, tem maior equilíbrio emocional e se prepara melhor para ajudar no parto. E o bebê acaba desenvolvendo mais tolerância ao estresse, tem melhor evolução neurológica e menos gordura”, diz.

Siga alguns cuidados

Uma vez liberada pelo ginecologista e pelo cardiologista, é preciso seguir alguns cuidados como deixar de lado a performance e focar no bem-estar e na qualidade de vida para ela e o bebê em gestação.


A dentista Maria Teresa Chypriades, 41, mãe pela terceira vez aos 40 anos, correu até dias antes de o caçula Luiz Felipe nascer. O treino foi adequado ao período gestacional por sua treinadora Cristina de Carvalho. Os tiros e treinos longos foram deixados de lado. Após o parto, a paulistana, que nas duas primeiras gestações (aos 31 e 33 anos) não praticou nenhum tipo de exercício, retomou a caminhada leve 20 dias após a cesariana e, dois meses depois, voltou a correr distâncias entre 5 e 10 km. “Em pouco tempo eliminei os 8 kg ganhos.”

Camila Giannella, 29, consultora de marcas, não se sentiu tão confortável quanto Maria Teresa e correu até o sétimo mês, apesar de praticar o esporte há dez anos e preferir distâncias curtas, como 5 e 10 km.

O afastamento no sétimo mês ocorreu por conta de uma dor no nervo ciático, muito comum em mulheres grávidas devido à alteração do centro de gravidade e do peso extra na região pélvica: “Substituí a corrida na rua pelo transport [aparelho que simula passos com baixo impacto] e pela musculação na academia”.

Até quando?

“O momento de parar é muito particular. Fique atenta ao seu corpo, aos desconfortos que ele sinaliza”, afirma a treinadora Cristina de Carvalho.

Quando completou 35 anos, Beatriz Rio Branco, corredora desde os 28, planejou a primeira gravidez e, em cinco meses, soube que já gestava Antônio. “Descobri a gravidez quase no segundo mês. E participei da São Silvestre, em 2007, grávida de um mês. Foi umas das minhas melhores provas”, afirma.

No entanto, preocupada com o fato de correr sem a liberação médica, procurou imediatamente o ginecologista, fez todos os exames pré-natais e recebeu sinal verde. O ganho de peso, as articulações e ligamentos mais frouxos e a elevação da frequência cardíaca fizeram com que eu partisse para a caminhada, bicicleta ergométrica e hidroginástica. Camila e Beatriz sentiram os benefícios da atividade física na hora do parto normal e da recuperação pós-parto.

O ginecologista Eliezer Berenstein completa: “Observo que mulheres com musculatura e o cardiorrespiratório fortes podem ajudar no parto normal, com mais força e com a mente mais tranquila, da mesma maneira que as que fazem cesarianas têm mais facilidade na recuperação pós-parto.”

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“Agora que a gravidez está tranquila, voltei a correr três vezes por semana cerca de 30 minutos. Como diminuí o ritmo, chego a fazer cerca de 4 km nesse tempo.” Carolina afirma que deve correr no asfalto e na terra batida até o início do sexto mês.

Mesmo que a gravidez esteja profundamente associada a mudanças anatômicas e fisiológicas, o exercício tem riscos mínimos e pode ser muito benéfico para a maioria das mulheres, conforme sinaliza o American College of Obstetricians and Gynaecologists.

“A liberação de endorfina traz bem-estar e tranquilidade à grávida”, diz Cristina de Carvalho, treinadora e diretora-sócia da assessoria esportiva Projeto Mulher, em São Paulo. “A grávida ativa é uma pessoa mais leve, menos preocupada e ansiosa”, afirma Eliana Reinert, técnica de atletismo do Esporte Clube Pinheiros e treinadora da assessoria Correr/Mulher.

O cardiologista especialista em medicina esportiva Nabil Ghorayeb lista outras vantagens: “A mãe controla o peso, tem maior equilíbrio emocional e se prepara melhor para ajudar no parto. E o bebê acaba desenvolvendo mais tolerância ao estresse, tem melhor evolução neurológica e menos gordura”, diz.

Siga alguns cuidados

Uma vez liberada pelo ginecologista e pelo cardiologista, é preciso seguir alguns cuidados como deixar de lado a performance e focar no bem-estar e na qualidade de vida para ela e o bebê em gestação.


A dentista Maria Teresa Chypriades, 41, mãe pela terceira vez aos 40 anos, correu até dias antes de o caçula Luiz Felipe nascer. O treino foi adequado ao período gestacional por sua treinadora Cristina de Carvalho. Os tiros e treinos longos foram deixados de lado. Após o parto, a paulistana, que nas duas primeiras gestações (aos 31 e 33 anos) não praticou nenhum tipo de exercício, retomou a caminhada leve 20 dias após a cesariana e, dois meses depois, voltou a correr distâncias entre 5 e 10 km. “Em pouco tempo eliminei os 8 kg ganhos.”

Camila Giannella, 29, consultora de marcas, não se sentiu tão confortável quanto Maria Teresa e correu até o sétimo mês, apesar de praticar o esporte há dez anos e preferir distâncias curtas, como 5 e 10 km.

O afastamento no sétimo mês ocorreu por conta de uma dor no nervo ciático, muito comum em mulheres grávidas devido à alteração do centro de gravidade e do peso extra na região pélvica: “Substituí a corrida na rua pelo transport [aparelho que simula passos com baixo impacto] e pela musculação na academia”.

Até quando?

“O momento de parar é muito particular. Fique atenta ao seu corpo, aos desconfortos que ele sinaliza”, afirma a treinadora Cristina de Carvalho.

Quando completou 35 anos, Beatriz Rio Branco, corredora desde os 28, planejou a primeira gravidez e, em cinco meses, soube que já gestava Antônio. “Descobri a gravidez quase no segundo mês. E participei da São Silvestre, em 2007, grávida de um mês. Foi umas das minhas melhores provas”, afirma.

No entanto, preocupada com o fato de correr sem a liberação médica, procurou imediatamente o ginecologista, fez todos os exames pré-natais e recebeu sinal verde. O ganho de peso, as articulações e ligamentos mais frouxos e a elevação da frequência cardíaca fizeram com que eu partisse para a caminhada, bicicleta ergométrica e hidroginástica. Camila e Beatriz sentiram os benefícios da atividade física na hora do parto normal e da recuperação pós-parto.

O ginecologista Eliezer Berenstein completa: “Observo que mulheres com musculatura e o cardiorrespiratório fortes podem ajudar no parto normal, com mais força e com a mente mais tranquila, da mesma maneira que as que fazem cesarianas têm mais facilidade na recuperação pós-parto.”

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