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"Amor" leva Oscar de melhor filme em língua estrangeira

A premiação coroou um ano de honrarias para o filme dirigido pelo austríaco Michael Haneke

O diretor Michael Haneke recebe o Oscar de melhor filme em língua estrangeira pelo filme "Amor" (Christopher Polk/Getty Images)

O diretor Michael Haneke recebe o Oscar de melhor filme em língua estrangeira pelo filme "Amor" (Christopher Polk/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2013 às 07h01.

Los Angeles - "Amor", do cineasta austríaco Michael Haneke, ganhou o Oscar de melhor filme em língua estrangeira neste domingo durante a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar concedidos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Los Angeles.

"Amor", de língua francesa, se tornou a segunda produção austríaca a ganhar o Oscar. O primeiro foi o drama "Os Falsificadores", que transcorre na Segunda Guerra Mundial e levou a estatueta em 2007.

A premiação coroou um ano de honrarias para o filme dirigido pelo austríaco Michael Haneke, cujo drama de época "A Fita Branca" disputou o Oscar na mesma categoria, em 2010.

Haneke atribuiu o sucesso do filme "Amor" aos veteranos atores franceses Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva.

"Obrigado ... para os meus principais atores, Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant, porque sem eles eu (não estaria em pé) aqui", disse o diretor ao receber o prêmio.

"Amor", que trata da dignidade da velhice e do direito de escolher a própria morte quando a saúde e a sanidade se esgotam, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2012, o prêmio máximo do festival francês, e de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, em janeiro. Ele também foi nomeado o melhor filme pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles e pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema.

Haneke é considerado um dos diretores mais importantes da Europa e um conhecido mestre do final infeliz. Ele disse que a inspiração de "Amor" veio dos cuidados com uma tia idosa que estava à beira da morte.


"Eu queria fazer um filme sobre como lidar com o sofrimento das pessoas que amamos", afirmou o diretor, de 70 anos, em declarações à Reuters antes do Oscar.

Numa história de aparente simplicidade, acompanha-se o cotidiano de um velho casal, Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuele Riva), levando adiante sua rotina num apartamento em Paris.

O público é cativado pela normalidade de duas pessoas comuns, entretidas com as pequenas tarefas, das compras, da manutenção da casa, da atenção e da paciência com as manias há muito conhecidas um do outro. A doença de Anne quebra este equilíbrio a dois.

Também disputavam o Oscar nesta categoria os filmes "Expedição Kon Tiki" (Noruega), "Não" (Chile), "O Amante da Rainha" (Dinamarca) e "A Feiticeira da Guerra" (Canadá).

O filme brasileiro "O Palhaço" ficou fora da disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro. Dirigido pelo também ator Selton Mello, o filme havia sido escolhido para representar o Brasil na disputa, mas não avançou na pré-seleção da Academia, em dezembro, para ser indicado à estatueta.

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