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A Casa do Porco: o restaurante brasileiro com melhor colocação no La Liste

Após meses de portas fechadas no ano passado, o restaurante de Jefferson Rueda é eleito um dos melhores do mundo pelo La Liste

Jefferson e Janaina Rueda. (Divulgação/Divulgação)
JS

Julia Storch

Publicado em 1 de julho de 2021 às 16h47.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 16h57.

Com uma lista de prêmios em seis anos desde sua inauguração no centro de São Paulo, A Casa do Porco acaba de ganhar mais uma boa colocação entre os melhores restaurantes do mundo. Comandado por Jefferson Rueda, o restaurante foi a casa brasileira mais bem colocada na edição 2021 do ranking francês La Liste.

Com pontuação de 95%, o estabelecimento continua como o melhor do Brasil segundo o guia anual, que lista os melhores endereços gastronômicos do mundo. Com foco na alta gastronomia caipira, a casa está entre as 200 mais bem colocadas na lista de 1.000 restaurantes.

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Atualmente, A Casa do Porco é o restaurante brasileiro mais bem colocado no ranking internacional The World’s 50 Best Restaurants, sendo o quarto melhor da América Latina e o 39º do mundo, o único do país entre os 50 primeiros. O restaurante também foi eleito o melhor do Brasil pelo ranking francês La Liste e segue na seleção Bib Gourmand do Guia Michelin. Jefferson ocupa a 79ª posição entre os 100 melhores chefs do mundo pelo The Best Chef Awards.

Dentre o sucesso do restaurante, estão os pilares construídos por Rueda ao longo de sua carreira, como inovação, pesquisa e domínio sobre a cadeia produtiva suína. Com pratos que aproveitam do focinho ao rabo do porco, em tempos pré-pandêmicos, o restaurante atendia 14.000 pessoas por mês.

Após meses com as casas fechadas no ano passado, Rueda e sua esposa Janaína contam com mais três empreendimentos: o Bar da Dona Onça, a lanchonete Hot Pork e a Sorveteria do Centro, o prêmio vem como um estímulo.

A Casa do Porco Menu "Da Roça para o Centro". Etapa Cozinhar, com Porco San Zé, Linguiça caipira, "o que veio da nossa horta" (Mauro Holanda)

“Ficamos quase quatro meses fechados, mas depois disso realmente foi preciso voltar ao trabalho. Antes da pandemia tínhamos dinheiro em caixa e nenhuma dívida, mas com ela passamos a ter, e uma muito grande. Com o valor daria para abrir mais duas Casas do Porco. Vamos ficar três anos sem lucro, vivendo com salários pequenos, como pró-labore. Tudo bem. Seguimos pela paixão. E em casa cortamos tudo que é supérfluo. Tudo para continuar a trabalhar em prol da cozinha brasileira”, disse Janaína em entrevista à EXAME no final do ano passado.

Ainda com as preocupações de caixa, o último ano trouxe um ritmo mais leve. Com a compra do Sítio Rueda Jefferson se recolheu para plantar e criar, dando mais um passo na defesa da economia regenerativa que pratica há décadas em parceria com pequenos produtores.

Do campo, veio à mesa uma experiência gastronômica. “Da Roça para o Centro”, é um novo menu dividido em cinco seções: criar, plantar, colher, cozinhar e adoçar”. Com opções com e sem porco, os pratos se confundem à primeira vista, como o tartar de porco ou de nabo, ou o Milanesa de porco ou de Portobello.

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