7 ingredientes culinários extremamente caros
Conheça algumas comidas raras que poderiam deixar até um cachorro-quente com o preço para lá de salgado
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2012 às 18h59.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.
São Paulo – O cachorro-quente mais caro do mundo começa a ser vendido nesta segunda-feira, em Nova York, pelo preço de 2, 3 mil dólares. Mas esse valor não foi escolhido de forma aleatória. Com ingredientes usados na alta gastronomia , o sanduíche do restaurante 230 FIFTH leva, entre outros componentes, manteiga de trufa branca. Não por acaso, a matéria-prima deste creme aplicado no pão do hot dog é uma das comidas mais caras do mundo. A trufa branca, chamada também de "Alba madonna", é o corpo frutífero de um cogumelo subterrâneo próprio da região de Piemonte e da Toscana, na Itália, e na península da Ístria, na Croácia. Essa iguaria cresce junto a árvores como carvalho, aveleira e álamo, em condições climáticas muito particulares, e, por ser rara, pode custar alguns milhares de dólares. O valor mais alto já pago em trufas brancas foi de 417,2 mil dólares por duas unidades: uma de 900 gramas, da Toscana, e outra de 400 gramas, de Molise, na Itália. O alto preço foi arrecadado em um leilão, mas, no mercado, as cifras continuam altas. Uma libra, ou cerca de 450 gramas, custa em torno de 3,6 mil dólares. Além das trufas brancas, outros ingredientes usados em diferentes receitas são caríssimos, mas nem por isso deixam de ser apreciados. Confira a seguir seis outros exemplos de comidas cujo valor vai às alturas.
Apesar de não ser tão valorizado quanto a trufa branca, esse fungo também está entre os ingredientes culinários mais caros do mundo. O cogumelo Matsutake cresce nas raízes de poucos tipos de árvores e ocorre com mais frequência em países da Ásia e Europa, como China, Japão, Coréia, Finlândia e Suécia, mas também pode ser encontrado na América do Norte. Nas últimas décadas, a produção do Matsutake japonês, o mais apreciado entre os países, sofreu uma queda, devido à incidência de um parasita nas árvores coníferas onde cresce o fungo. Isso fez com que o preço aumentasse bastante, chegando à marca de dois mil dólares por quilo do ingrediente japonês. O preço dos outros países é consideravelmente mais baixo: girando em torno de 90 dólares por quilo.
Usado em paellas, risotos, carnes, massas e até doces, o açafrão é o tempero mais caro do mundo. Isso porque ele é extraído dos estigmas da flor de Crocus sativus, que floresce por apenas duas semanas e precisa ser colhida manualmente. O trabalho é minucioso para chegar ao pó que, para cada quilo, “sacrifica” por volta de 150 mil flores. O posto de melhor açafrão é atribuído ao cultivado na Espanha, mas há também produção no Irã, Marrocos, Grécia, Itália e na maioria dos países do Mediterrâneo. O valor do tempero espanhol pode chegar a 15 mil euros o quilo (ou 37,4 mil reais).
O melão Yubari é um híbrido do Cantaloupe, marcado pela casca verde e polpa alaranjada, cultivado em estufas da cidade homônima, no Japão, e altamente valioso. Todo ano, são leiloados os dois primeiros frutos colhidos na temporada e os valores não são nada doces. Em 2012, os melões, que, juntos, tinham quatro quilos, foi vendido por 12,5 mil dólares. Mas esse não foi o preço mais alto alcançado. Em 2008, o valor final da venda foi recorde, de 26 mil dólares pelo par. Mais do que uma simples fruta, o Yubari é um artigo de luxo, dado até como presente no Chugen, festividade anual típica do país.
Além de dinheiro, a pessoa que quiser provar desse café precisa ter coragem. O Kopi Luwak, considerado o café mais caro do mundo (um quilo custa cerca de mil dólares), é feito de grãos extraídos das fezes do civeta, um mamífero carnívoro da família dos viverrídeos. A produção dessa iguaria existe principalmente na Indonésia e nas Filipinas, onde os animais selecionam e comem os grãos, que, então, passam “ilesos” pelo seu sistema digestivo. O café é, então, excretado com as bactérias e enzimas que dão um toque especial ao sabor. Além do gosto diferente, o alto preço se deve à sua raridade. Todo ano, são produzidos apenas 230 quilos desse grão.
Entre as comidas finas, o caviar tem lugar garantido, mas as ovas originadas do esturjão Beluga estão em uma posição superior em relação àquelas de outros peixes. Encontrado no mar Cáspio e no mar Negro, o preço do quilo pode chegar a 10 mil dólares. O preço parece uma pechincha perto do valor cobrado pelo quilo da variação Almas, da fêmea do esturjão Beluga, que chega a quase 25 mil dólares. Em vez de negra, a cor das ovas é dourada. Para combinar, algumas embalagens desse caviar são feitas em ouro 24 quilates.
A saliva das andorinhas é a matéria-prima para os ninhos que servem de ingrediente para uma sopa adocicada bastante apreciada em países da Ásia, como a China. Como os ninhos demoram a ser construídos pelos pássaros e têm um tempo certo para serem recolhidos, o valor para apreciar uma receita feita com eles e alto. O preço de um quilo gira em torno de 600 reais.
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