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3 motivos para moderar o uso da internet pelo bem da saúde

Excesso de horas na rede pode causar problemas de comportamento e até depressão

Usando intenso da internet está ligado a vícios e a obesidade, além de problemas comportamentais (Dreamstime.com)

Usando intenso da internet está ligado a vícios e a obesidade, além de problemas comportamentais (Dreamstime.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2012 às 05h24.

São Paulo – Em uma época em que trabalho e lazer podem ser realizados pela internet, fica bem mais perigoso ceder à tentação de ficar mais 10 minutos, que podem se transformar em horas. Além dos possíveis e já conhecidos problemas posturais e de visão, pesquisas têm apontado que ficar na frente do computador por mais de três horas pode ter outras consequências danosas à saúde.

Um desses experimentos, feito recentemente pela Intersperience, na Inglaterra, indicou que o vício pela internet pode ser tão grave quanto a dependência por álcool ou cigarro. A situação é tão séria que clínicas de reabilitação têm sido inauguradas pelo mundo nos últimos anos para tratar de pacientes que não conseguem de desvencilhar da dependência.

Claro que isso não significa que ela seja a vilã da história. Além de ela tornar mais ágil a troca de informações e a comunicação, uma pesquisa da California State University confirmou que jovens que usam o Facebook e outras tecnologias são melhores em criar uma “empatia virtual” com amigos online. Os tímidos também saem ganhando com as redes sociais. Segundo o estudo, eles podem desenvolver habilidades de sociabilidade com a ajuda da rede.

Tudo, claro, dependendo do bom senso em relação à intensidade do uso. Confira a seguir algumas razões para moderar o acesso à rede para que os benefícios que ela pode trazer não sejam sobrepostos pelos danos que pode causar.

Excesso pode causar depressão e comportamento antissocial

O vício em internet e redes sociais pode causar um problema oposto ao seu objetivo. Segundo um estudo feito pela California State University e divulgado em agosto do ano passado, adolescentes e jovens adultos que acessam constantemente o Facebook costumam apresentar problemas de comportamento, como paranoia, agressividade, tendências narcisistas e, curiosamente, comportamento antissocial.

E não é só isso. Crianças e adolescentes usuários de internet e videogames que participaram da pesquisa apresentaram mais ansiedade, dificuldades para dormir, depressão e dores de estômago, em relação a quem não usava essas tecnologias com tanta frequência.


Pesquisas realizadas em outros países, como Itália, China e Brasil, chegaram às mesmas conclusões, que também podem se estender para adultos que passam muito tempo online.

Perda de concentração

No mesmo levantamento da California State University, os jovens que acessavam a internet e o Facebook pelo menos uma vez a cada 15 minutos de estudo tiveram notas piores na escola. Seu poder de concentração era bastante curto: de apenas dois a três minutos.

Essa pesquisa mostra o que muitos estudiosos têm dito recentemente, que quanto mais funções uma pessoa desempenha ou quanto mais aparelhos e tecnologias para se conectar, menos foco ela terá naquilo que realmente importa.

Vícios e obesidade

De acordo com uma pesquisa feita pela Case Western Reserve University com mais de 4.000 adolescentes, pessoas que passam mais de três horas na internet por dia têm mais propensão a adotar hábitos prejudiciais à saúde, como fumar ou consumir bebidas alcoólicas. O estudo foi divulgado em 2010 e indicou que os internautas que abusam da rede têm 40% mais chances de ter esses hábitos.

Outro experimento que segue a mesma linha foi feito pela National Institutes of Health e pela Yale University. Eles analisaram quase 200 estudos feitos desde a década de 80 em torno do uso excessivo de tecnologias, como TV, videogame e internet, e perceberam que grande parte apontava para a incidência de obesidade e propensão ao vício em pessoas que não controlam as horas passadas em frente ao computador ou outros dispositivos.

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