10 edições de carros estranhas de fábrica
Séries especiais que acabaram sendo verdadeiros fiascos ou que não tinham razão de existir
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2016 às 11h56.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h17.
Os recentes lançamentos de séries especiais sem nada de especial - como Nissan March Rio, Toyota Etios White Pack e Renault Duster Dakar - não são uma novidade na indústria automotiva brasileira. Desde a época da restrição às importações, o expediente é usado para dar destaque a modelos um tanto apagados no mercado. Para refrescar a memória, listamos dez versões de fábrica bem curiosas, mas pouco saudosas.
Em 2012, o Agile tentou ser o primeiro carro equipado com Internet sem fio a bordo. Visualmente, apenas um adesivo na coluna traseira identificava o modelo. Cerca de 20 dias após a compra do veículo, o proprietário recebia um roteador com kit de instalação, o que deveria ser feito por ele mesmo. A Internet era fornecida pela Tim de forma gratuita no primeiro ano, sem a informação de velocidade ou limite de tráfego. Após o período, um novo pacote de dados deveria ser contratado. O problema: se você já possui um celular com conexão de internet, por que gastar mais para ter uma conexão dedicada no carro? Pouco tempo depois, os fabricantes perceberam que investir no espelhamento e conexão do celular com o carro fazia muito mais sentido.
O popular Celta ganhou, em 2005, a possibilidade de receber o kit visual Off Road, que saía por nada convidativos R$ 2.900 — o que tornou o modelo uma raridade pelas ruas. A versão era equipada com rodas diferenciadas, rack de teto, para-choques sem pintura, ponteira cromada e barra de proteção dianteira. Nenhum reforço mecânico era feito "por falta de necessidade", segundo a marca apontava na época. Entenda como quiser.
No longínquo ano de 1979, o Chevette ganhava uma série de apelo jovem: a Jeans. Por fora, sempre pintado em branco ou prata, o modelo se diferenciava apenas pelos adesivos com o nome da série colados nos para-lamas dianteiros. Quem concentrava mesmo todas as atenções era o interior do Chevette. Os bancos e os painéis das portas eram integralmente revestidos em jeans, com direito a porta objetos representados por bolsos iguais aos das calças. Por incrível que pareça, até que vendeu bem.
Sem perspectivas para a já cansada Meriva, em 2009, a Chevrolet lançou a série Geo — que "contemplava" também os hatches Corsa e Celta. O modelo ganhava apelo aventureiro com para-choques, calotas, saias laterais, barras e adesivos nas portas pintados em cinza grafite, além de ponteira cromada e faróis de neblina. O resultado era um visual um tanto duvidoso, destacado ainda pela nomenclatura do kit (que custava consideráveis R$ 2.990) em verde.
Sedãs, cupês, hatches e até peruas não dispensam versões esportivas — sejam elas apenas visuais ou não. Porém, as minivans não costumam fazer parte dessa turma. Não foi o que a Chevrolet pensou ao lançar a versão SS da Meriva . O sobrenome Super Sport é dado a carros de alto desempenho da marca, como o Camaro. No caso da Meriva, permaneceu o antiquado motor 1.8 8V de 114 cv de potência e 17,7 mkgf de torque, com opção de transmissão manual ou automatizada Easytronic. Visualmente, o modelo ganhou detalhes brancos e rodas esportivas.
Criada por uma concessionária, a série limitada entrou para a história por seu exotismo. O modelo herdava de seu "inspirador", o apresentador e estilista Clodovil Hernandes, extravagâncias como a assinatura dele na traseira e a grafia das iniciais CH nos bancos, revestidos em couro. As lanternas ganhavam extensões de acrílico na tampa do porta-malas. A principal atração, entretanto, eram as malas feitas exclusivamente para o modelo e assinadas por Clodovil.
A Fiat aproveitou o lançamento do filme "Wolverine - Imortal", em 2013, e apresentou a série especial do Bravo batizada com o nome do personagem. Como toda edição que se preze, o modelo oferecia boa lista de equipamentos em uma convidativa condição de custo-benefício. Contudo, o visual destoava do que o comprador do Bravo procurava: as laterais ganhavam adesivos que simulavam rasgos na carroceria feitos pelas garras do Wolverine. Na grande maioria das vezes, esses eram retirados ainda nas concessionárias a pedido de seus novos proprietários.
O Uno sempre declarou seu apelo ao público jovem. Em 2013, o modelo reforçou sua vocação com a série College. Além dos faróis com máscara negra, faróis de neblina e rodas de liga leve de fábrica, o Uno College ganhava adereços um tanto duvidosos. Por fora, as três aberturas frontais, as maçanetas e os retrovisores eram vermelhos. Ainda nas laterais, um adesivo imitava um zíper se abrindo, como em uma mochila. O interior abusava: maçanetas, comando central do ar-condicionado, bordas dos tapetes, saídas de ar e a parte superior do volante eram vermelhos, enquanto os puxadores das portas e a região dos comandos do ar eram azuis. Já os bancos eram listrados misturando as duas cores.
Ele tinha a intenção (ou seria uma desculpa?) de parecer um aventureiro robusto e de visual jovem. Não foi bem assim que o público interpretou a versão ainda mais pobre do Gol . O modelo era equipado com rodas de ferro, dispensando até as calotas. Os para-choques eram de plástico sem pintura. Faróis e lanternas ganhavam acabamento escurecido e as laterais tinham adesivos (na cor cinza) para identificarem a versão.
A ideia parecia visionária. Mas o Polo Bluemotion não cativou. A diferença de salgados R$ 5.000 em relação às versões convencionais não se justificava frente à promessa de 15% de economia de combustível. Mais do que isso, o visual causou estranhamento. As rodas eram de 14 polegadas calçadas com pneus de perfil alto, a suspensão era mais baixa, havia saias laterais e nos para-choques, aerofólio aerodinâmico e grade diferenciada. Nem a economia e, muito menos, a redução na emissão de poluentes, convenceram.
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