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Novos profissionais têm um bloqueio contra conselhos
Por que tantos jovens profissionais se recusam a receber as informações mais importantes de suas carreiras
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Quer um conselho? (Getty Images)
Publicado em 7 de agosto de 2014 às, 15h47.
São Paulo - Fico abismado como as novas gerações de profissionais criaram um bloqueio para a palavra “conselho”. Esse assunto rende enormes problemas com meus alunos dos cursos de pós-graduação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.
Sempre recomendo que eles encerrem uma sessão de feedback com seus superiores com a seguinte pergunta: “Você tem algum conselho para me dar?”. A reação desses alunos, que têm entre 22 e 38 anos, é de um preconceito que venho tentando desvendar.
Minha conclusão: muitos profissionais entendem que pedir conselhos é uma prova de inferioridade. Eles relacionam o feedback à bronca que recebiam dos pais na infância. Eles relembram os momentos em que, diante de uma situação que merecia correção, os pais diziam “vou te dar um conselho” e despejavam críticas e ameaças.
Na cabeça deles, pedir conselho é para quem é fraco e não tem confiança nem atitude. E assim uma das oportunidades mais ricas de usufruir da experiência e da sabedoria de alguém é anestesiada por esses estereótipos da relação entre pedir conselho e ser fraco. Qual é a causa dessa distorção de valores? Tenho uma hipótese, que desejo compartilhar com você, leitor.
Os nascidos entre 1950 e 1979 (esse intervalo é apenas referencial) foram educados na ética do dever. A escola era um dever, o trabalho um dever, o casamento um conjunto de deveres. Desde o início tiveram professores que lhes passaram o conceito de cumprir com as obrigações. Essas pessoas aceitavam os conselhos, naturalmente, para poder cumprir melhor suas tarefas.
O conselho era uma dádiva, um benefício de conviver com gente mais sábia. Já as gerações nascidas a partir de 1980 foram educadas na chamada ética do prazer. Receberam estímulos para sentir prazer e cumprir o dever.
São as gerações que na escola tiveram “tia”, e não professora, que desenvolveram uma práxis de tratar os mais velhos como par. Como aceitar um conselho de um igual? Um par tem, a princípio, uma vivência similar. O resultado é essa rejeição à palavra “conselho”.
Meu feedback: não deixe de ouvir a sabedoria dos mais experientes, mesmo que essa situação não lhe agrade. Por que cometer um erro já conhecido? É um desperdício de tempo. Ouça mais. Pergunte mais. Adote uma curiosidade inteligente, que aceita o conselho para escapar de uma armadilha conhecida.
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