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Vale a pena fazer MBA para se preparar para concurso público?

Especialista explica como o curso de pós-graduação pode contribuir para seu sucesso nos processos de seleção do setor público

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 05h15.

Vale a pena fazer um curso de MBA para se preparar para concurso público?
Respondido porRogerio Neiva,juiz e professor de cursos preparatórios para concursos

O concurso público é uma ferramenta que busca garantir a isonomia no acesso aos cargos públicos, de forma a evitar privilégios e favorecimentos. A lógica de seleção é diferente daquela seguida pelas empresas privadas. Nelas, conta pontos a favor do candidato cada detalhe a mais no currículo – como um curso de MBA.

Já no concurso público o que importa é o quanto o candidato se apropriou e manteve os conhecimentos exigidos – e como ele demonstra isso durante os exames. Tudo sem que um diploma a mais influencie o resultado final.

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Além disso, o modelo de estudos de um curso de MBA é diferente do tipo de conhecimento exigido nos concursos públicos. A propostas destes cursos é instigar o pensamento crítico e a construção de conhecimento. Já o estudo para o concurso tende a exigir do candidato mais a apropriação do conhecimento existente do que a sua crítica e construção de novos conceitos.

No entanto, não podemos afirmar que os cursos de MBA em nada contribuem para que um profissional encare um concurso público.

Isso porque há dois possíveis modelos de prova para concursos públicos. No estilo voltado para os conteúdos, geralmente adotado em provas objetivas, se exige do candidato apenas a disponibilidade de um conceito.

Já no modelo operatório, mais presente em exames dissertativos, coloca-se um problema para o candidato apresentar uma solução. E, neste ponto, cursos de MBA podem servir de base para que os candidatos resolvam essas questões.

Mas é preciso lembrar que o estilo de curso, perfil de professores e colegas de sala será diferente dos cursos especializados em concursos públicos. Além disso, o candidato deve valorizar todo o conteúdo que pode ser cobrado nas provas do concurso.

Agora, em alguns casos, o candidato pode sair na frente na classificação caso tenha uma pós-graduação latu sensu ou stritu sensu. Mas isso depende das regras do edital e tem efeito classificatório, não eliminatório.

Rogerio Neiva é juiz do Trabalho, especialista em concursos públicos, professor  e criador do Sistema Tuctor
Acompanhe tudo sobre:ConcursosConcursos públicosCursos de MBAEducação executivaPós-graduaçãovagas-de-emprego

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