Carreira

Quer atrair e reter a geração Z? Invista em projetos de diversidade e inclusão

Dos jovens, 71% procuram especificamente por diversidade na empresa ao se candidatar para uma vaga de emprego

Escritórios sairam de 1% para 11% de negros após a formação da Aliança Jurídica pela Equidade Racial, em novembro de 2017 (Klaus Vedfelt/Getty Images)

Escritórios sairam de 1% para 11% de negros após a formação da Aliança Jurídica pela Equidade Racial, em novembro de 2017 (Klaus Vedfelt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2022 às 13h41.

Última atualização em 30 de junho de 2022 às 13h51.

Por Diego Cidade, fundador da Academia do Universitário

A geração Z se sensibiliza por pautas que hoje são prioridade na maioria das empresas, mas que há poucos anos não eram levadas em consideração. Como exemplo, 76% das empresas consideram a diversidade um valor e prioridade, segundo a Pesquisa Global de Diversidade e Inclusão de 2020 da PwC.

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Dito isso, esse dado é relevante pois reflete sobre como a mudança de gerações no mercado de trabalho influencia nas prioridades das empresas, no Brasil a geração Z representa um quarto da população, sendo a geração mais nova a estar se juntando à força de trabalho, e, consequentemente, novas demandas.

Em relatório da Though Exchange, 71% dos jovens entrevistados procuram especificamente por diversidade na empresa ao se candidatar para uma vaga de emprego.

Ou seja, é fato que empresas que querem atrair esses jovens, estão em busca de estabelecer um ambiente diverso e empresas que não possuem projetos focados em diversidade, estão em desvantagem, por não conseguirem atrair esse público.

É preciso entender que, diferentemente das outras gerações, para os jovens Z, o salário já não é o principal requisito para aceitar uma vaga de emprego, essa galera prioriza seus valores e princípios. Possuem um olhar macro sobre empresa e ambiente de trabalho, confira esses dados, também do relatório citado acima:

  • 62% sairiam ou teriam saído de uma empresa por diferenças sociais.
  • 58% sairiam ou teriam saído de uma empresa por diferenças políticas.
  • 73% sairiam ou teriam saído de uma empresa porque suas práticas de negócios não eram éticas.
  • 68% sairiam ou teriam saído de uma empresa porque suas práticas de negócios não eram sustentáveis.

Por onde começar? Faça pesquisas internas, entenda as demandas e prioridades de seus colaboradores, entenda se o ambiente que você proporciona a eles está agradando, a empresa deve ser aberta, principalmente se seu objetivo é se tornar diversa, uma empresa diversa é criada ouvindo pessoas diversas.

Por isso, já nota-se um crescimento de processos seletivos exclusivo para projetos de diversidade. Essas empresas entenderam também que podem começar da base através dos seus programas de porta de entrada.

Como exemplo, a Academia do Universitário, HRTech especialista em processos seletivos e recrutamento, está com um programa de estágio exclusivo para estudantes transexuais que estão em busca de iniciar sua jornada no mercado de trabalho, o programa conecta esses universitários diretamente a empresas com vagas de estágio.

Para finalizar, uma dica de ouro, é que você precisa ter muita atenção aos cargos de liderança também. Pois essas pessoas devem ocupar esses locais para que assim o objetivo seja alcançado.

Pesquisa revela que em 23% das empresas as mulheres ocupam mais da metade dos cargos de liderança. No entanto, os demais grupos minorizados em geral ocupam menos de 5% desses postos: pessoas com deficiência (39%), LGBTQIA+ (29%), raças e etnias (26%) e geracional (20%).

Não tem mais para onde fugir, as empresas precisam se adaptar para ontem ou elas estarão fadadas ao fracasso.

 

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