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Onde estão os engenheiros?

Demanda por profissionais está muito maior que a oferta do mercado

A demanda atual por engenheiros no Brasil é de cerca de 70.000 novos profissionais anualmente, mas nossas universidades formam somente 38.000.  (VOCÊ S.A.)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 12h36.

São Paulo - O atual ciclo de crescimento econômico trouxe forte redução nas taxas de desemprego e aumento de renda. Isso é altamente positivo, reforçando o consumo interno e gerando um ciclo virtuoso para o nosso país. Como efeito colateral, entretanto, ficou evidente a carência estrutural de profissionais técnicos, particulamente engenheiros, para garantir sustentabilidade a esse processo.

A demanda atual por engenheiros no Brasil é de cerca de 70.000 novos profissionais anualmente, mas nossas universidades formam somente 38.000. Para aqueles que optaram pela engenharia e estão tecnicamente atualizados, isso representa um cenário de crescentes oportunidades de trabalho e remuneração em ascensão.

Atualmente, as empresas buscam alternativas que não seriam cogitadas há poucos anos. Um exemplo disso é a própria Novelis. Em 2010, anunciamos investimentos de 500 milhões de reais em nossa unidade de laminados de alumínio em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. No auge da obra, teremos 1.200 pessoas dedicadas a essa expansão. Contudo, não foi fácil contratar engenheiros para liderar o projeto.

Por isso, decidimos recontratar antigos colaboradores, já aposentados, que executaram projetos similares no passado. No total, são 16 profissionais, todos com mais de 60 anos. Esse grupo também está nos ajudando a formar novos quadros. Somente em 2010, contratamos 25  engenheiros recém-formados, sendo treinados on the job, para se tornarem nossos futuros líderes.

Estruturalmente, o país precisa acelerar a formação de engenheiros e outros profissionais da área de ciências exatas, em quantidade e qualidade.

Sem eles, o Brasil não sustentará o ritmo de crescimento nem terá uma indústria moderna, com domínio e produção de tecnologia de ponta. Investir na geração de conhecimento, desde o ciclo fundamental, ou melhor, desde a qualificação dos professores, é o caminho que devemos percorrer. O crescimento, do ponto de vista de disponibilidade de mão de obra qualificada, trouxe um desafio para o país. Como dizemos na Novelis, este é um bom problema.

Alexandre Almeida é presidente da Novelis Brasil, líder mundial em laminação e reciclagem de alumínio

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São Paulo - O atual ciclo de crescimento econômico trouxe forte redução nas taxas de desemprego e aumento de renda. Isso é altamente positivo, reforçando o consumo interno e gerando um ciclo virtuoso para o nosso país. Como efeito colateral, entretanto, ficou evidente a carência estrutural de profissionais técnicos, particulamente engenheiros, para garantir sustentabilidade a esse processo.

A demanda atual por engenheiros no Brasil é de cerca de 70.000 novos profissionais anualmente, mas nossas universidades formam somente 38.000. Para aqueles que optaram pela engenharia e estão tecnicamente atualizados, isso representa um cenário de crescentes oportunidades de trabalho e remuneração em ascensão.

Atualmente, as empresas buscam alternativas que não seriam cogitadas há poucos anos. Um exemplo disso é a própria Novelis. Em 2010, anunciamos investimentos de 500 milhões de reais em nossa unidade de laminados de alumínio em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. No auge da obra, teremos 1.200 pessoas dedicadas a essa expansão. Contudo, não foi fácil contratar engenheiros para liderar o projeto.

Por isso, decidimos recontratar antigos colaboradores, já aposentados, que executaram projetos similares no passado. No total, são 16 profissionais, todos com mais de 60 anos. Esse grupo também está nos ajudando a formar novos quadros. Somente em 2010, contratamos 25  engenheiros recém-formados, sendo treinados on the job, para se tornarem nossos futuros líderes.

Estruturalmente, o país precisa acelerar a formação de engenheiros e outros profissionais da área de ciências exatas, em quantidade e qualidade.

Sem eles, o Brasil não sustentará o ritmo de crescimento nem terá uma indústria moderna, com domínio e produção de tecnologia de ponta. Investir na geração de conhecimento, desde o ciclo fundamental, ou melhor, desde a qualificação dos professores, é o caminho que devemos percorrer. O crescimento, do ponto de vista de disponibilidade de mão de obra qualificada, trouxe um desafio para o país. Como dizemos na Novelis, este é um bom problema.

Alexandre Almeida é presidente da Novelis Brasil, líder mundial em laminação e reciclagem de alumínio
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