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Não perca uma oportunidade de fazer aliados

Meirelles nunca se intimidou com instituições ou pessoas mais poderosas do que ele. Quando foi contratado pelo banco, em 1974, sua tarefa era a de implantar a operação de leasing (este havia sido o tema de sua tese no mestrado) na filial brasileira. O sistema de financiamento era tão novo no país que não havia […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h32.

Meirelles nunca se intimidou com instituições ou pessoas mais poderosas do que ele. Quando foi contratado pelo banco, em 1974, sua tarefa era a de implantar a operação de leasing (este havia sido o tema de sua tese no mestrado) na filial brasileira. O sistema de financiamento era tão novo no país que não havia legislação regulando-o. Sem problemas. Meirelles foi um dos fundadores da entidade que negociou a nova lei com a Comissão de Valores Mobiliários, a CVM. Em 1976, ele havia gerado resultados que o Boston não estava acostumado a ver fora dos Estados Unidos. Despertou tanto a atenção que a matriz despachou uma equipe de auditores para o Brasil. Após 40 dias, o chefe dos auditores escreveu dois relatórios. O primeiro foi entregue a Meirelles com recomendações de como manter o crescimento sem o risco de receber cartão vermelho da auditoria.

O segundo, encaminhado à matriz, era só elogios sobre o brasileiro. O documento lançou Meirelles dentro do Boston. Em seguida, aos 31 anos, ele seria vice-presidente e, pouco depois, presidente. Nesse meio tempo, Meirelles conquistou outro aliado, seu chefe Ted Sidel. O carioca Sidel estava muito à frente na hierarquia, mas percebeu que um furacão estava vindo rápido em seu encalço. No fim dos anos 70, Sidel chamou Meirelles e foi direto ao ponto:

"Gostaria de fazer um acordo com você porque não quero ter problemas lá na frente. Serei seu mentor, darei o suporte para você subir. Na hora H, vou sair da frente e você será o presidente do banco."

E assim foi feito! Os dois são amigos até hoje.

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