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Entenda por que vagas de trainee são tão visadas por recém-formados (e o que você precisa saber para conseguir uma)

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Para recém-formados, tornar-se trainee é uma oportunidade única de desenvolvimento e um trampolim para cargos gerenciais
em grandes empresas. Porém,
é preciso primeiro ser aprovado
nos criteriosos processos de
seleção, que abrangem todo o país (Estúdio ABC/Abril)

Para recém-formados, tornar-se trainee é uma oportunidade única de desenvolvimento e um trampolim para cargos gerenciais em grandes empresas. Porém, é preciso primeiro ser aprovado nos criteriosos processos de seleção, que abrangem todo o país (Estúdio ABC/Abril)

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Publicado em 11 de setembro de 2019 às, 16h16.

Última atualização em 12 de setembro de 2019 às, 10h57.

Em uma ponta, milhares de candidatos recém-formados (ou prestes a completar a graduação) em busca da oportunidade de trabalhar em uma grande empresa. Na outra, centenas de organizações à procura de profissionais com potencial para se tornarem os gerentes e líderes do futuro. No meio de campo, os programas de trainee: processos de seleção e treinamento calculados para garantir que as melhores pessoas ocupem as posições mais adequadas.

Para as companhias que decidem estruturar programas de trainee, o principal benefício trazido pela iniciativa é justamente a identificação de profissionais talentosos que, além de serem capazes de “oxigenar” os processos com novas ideias e soluções, são escolhidos também por se identificar com a cultura e o segmento de atuação da organização. O objetivo é criar um ambiente de formação de novas lideranças. “Uma das questões enfrentadas no Brasil em diversos setores, mas também no empresarial, é ter gente com competência e capacidade para assumir grandes desafios”, afirma Anamaíra Spaggiari, diretora executiva da Fundação Estudar.

Por sua vez, conquistar uma vaga em um programa do tipo é um objetivo almejado por muitos jovens em início de carreira. Além da possibilidade de começar a trabalhar dentro de uma companhia em uma posição privilegiada, oportunidades como salários atrativos, rotação entre diferentes áreas e conexão direta com executivos de alto grau de importância são grandes chamarizes.

“É uma das melhores formas de entrar em uma empresa”, comenta Paula Esteves, sócia-diretora do Grupo Cia de Talentos, consultoria de desenvolvimento de carreira que já trabalhou com mais de 2 000 organizações no país. “O trainee passa por um programa de desenvolvimento robusto que abrange questões de autoconhecimento, aperfeiçoamento de soft skills, evolução técnica e participação em projetos concretos, com resultados mensuráveis”, explica.

A fase de treinamentos, que pode durar mais de um ano, inclui atividades destinadas a inserir o jovem profissional no ritmo da empresa: job rotation (quando o trainee é alocado por um determinado período de tempo em diferentes áreas da companhia), viagens ou até mudança para cidades onde a organização tem unidades de negócio, sessões de mentoria, coaching e, principalmente, colaboração em projetos estratégicos, que vão exigir propostas inteligentes, criativas – e que gerem resultados.

O valor da prática

O desenho do programa de desenvolvimento é a principal motivação citada por trainees para a escolha pelo projeto de uma empresa, segundo levantamento realizado pela consultoria Lee Hecht Harrison em 2017. “Um programa de trainee robusto deve ser capaz de desenvolver uma série de habilidades que são cruciais tanto para um profissional que está começando como para se navegar no mundo hoje”, diz Maiti Junqueira, gerente de desenvolvimento de talentos da Lee Hecht Harrison. “O jovem ganha maturidade e cria uma musculatura que favorece sua trilha na carreira, independentemente da organização onde começou”, explica Maiti.

Após a conclusão do período de treinamento, o próximo passo é evoluir da condição de trainee para ocupar um cargo gerencial na companhia. Porém, embora seja uma porta de entrada diferenciada, ter passado por todo o processo não é garantia de contratação automática. “Para se destacar, o jovem precisa transformar o potencial em aplicação”, comenta Anamaíra. “Uma experiência vantajosa envolve ouvir bastante as lideranças e evitar propostas que já foram testadas. Quando o trainee consegue ir a fundo no histórico da organização, é capaz de trazer soluções novas.”

“Para se destacar, o jovem precisa transformar o potencial em aplicação”

Anamaíra Spaggiari, da Fundação Estudar

Entender as expectativas em relação ao trabalho, criar relacionamentos positivos e solicitar feedbacks são outras ações que ajudam o trainee a provar por que ele deveria ser contratado. “É preciso fazer jus ao investimento da empresa, mostrar que valeu a pena trazê-lo”, afirma Paula Esteves.

A jornada até esse ponto, no entanto, começa antes mesmo do início das atividades de desenvolvimento. O primeiro passo é passar pelo processo de seleção de trainees da empresa – o que por si só representa um grande desafio. Compostas por várias etapas, as seletivas são longas e exigentes e atraem milhares de candidatos de todo o Brasil para preencher um número limitado de vagas.

A pergunta é: como ser escolhido?

As regras do jogo

Cada fase do processo de seleção para um programa de trainee tem um propósito específico de avaliação, definido com base em critérios objetivos e subjetivos. “Nas etapas iniciais, os recrutadores observam os conhecimentos básicos requisitados, como inglês, raciocínio lógico e ‘fit’ com a empresa”, explica Regina Camargo, sócia-diretora da Across, consultoria de RH especializada em desenvolvimento de carreira. “Nas demais fases, as competências mais comportamentais serão o foco. Um ponto comum, em todos os perfis, é que o trainee é uma pessoa que deve exibir fortes características de liderança, relacionamento e realização”, completa.

A intenção é que, em conjunto, todos os passos sejam capazes de reconhecer os jovens que apresentam maior potencial e identificação com a companhia e o cargo almejado. Por isso, é essencial ter em mente que, da inscrição à entrevista final, todos os momentos são fundamentais para que o candidato consiga apresentar suas qualidades e se destacar. “A pessoa pode ter um currículo incrível, mas, se chegar na frente do gestor e não souber contar sua história e participar ativamente, não temos como avaliá-la”, explica Paula.

 

trainee

(Estúdio ABC/Abril)

A palavra dos experts

Conversamos com especialistas para montar um checklist de atitudes que vão ajudar o candidato a enfrentar a maratona em busca de uma vaga de trainee.

Garanta o básico
Fique atento aos pré-requisitos da vaga e às formas de contato utilizadas ao longo do processo – imagine perder um prazo por não ter checado seu e-mail. Para as etapas online, separe um tempo adequado para completá-las com calma. Escolha um lugar calmo e um computador com boa conexão de internet. Nas fases presenciais, seja pontual e procure se vestir de acordo com a cultura da empresa. Forneça todas as informações de forma clara e objetiva, preste atenção às instruções e não extrapole os limites de tempo propostos.

Estude a empresa
Investigue a história da organização, seus valores, objetivos e segmento de atuação. "Não dá para apresentar um exemplo de um concorrente ou falar algo que é contrário ao que a companhia acredita", comenta Paula Esteves. Procure entender também por que você gostaria de ser contratado por essa empresa. "Muitos concorrentes avaliam apenas o cargo", conta Anamaíra Spaggiari. "Demonstre sua vontade de trabalhar lá."

Participe ativamente
"Seja gentil e colaborativo, mas focado nos resultados", afirma Regina Camargo. Demonstre iniciativa e conhecimento. Respeitar a participação dos outros candidatos é primordial: "Incentive a colaboração de todos, analise as situações e proponha soluções", sugere Paula.

Seja verdadeiro
Mentir é sinal vermelho na hora. Não adianta apontar experiências que nunca teve ou habilidades que não possui se, no decorrer do processo, essas questões se tornarão evidentes: é melhor assumir seu nível real de inglês, por exemplo, do que se dizer fluente e não conseguir completar uma determinada atividade. A mentira conta mais pontos negativos do que a falta da habilidade.

Trabalhe seu autoconhecimento
"Não dá para depender de o recrutador entender o que está por trás se o candidato não se dedicou ao desenvolvimento da sua própria história", afirma Anamaíra. Entenda seus pontos fortes e fracos – não vale ter o "defeito do perfeccionismo" – e seja autêntico. "É muito valorizado quando você olha para um candidato e vê que ele confia no seu potencial e sabe quem é", afirma Paula. Se você não passou em um processo seletivo, não desanime: procure refletir o que pode ser melhor no próximo. E, o mais importante, confie em si mesmo. "Se chegou até aquela etapa, você já apresentou um diferencial e a empresa quer conhecê-lo melhor", diz Paula.

Texto: Paula Gondim

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