Por que o fracasso é tão importante para o Google
Diretora geral da empresa para a América hispânica afirma que, no Google, pessoas são incentivadas a se arriscar e, por isso, não têm medo de dizer que erraram
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2014 às 11h09.
Belo Horizonte - Talento e fracasso podem caminhar lado a lado? Para o Google , a resposta é afirmativa e se faz presente em sua cultura corporativa, como garante a diretora geral da companhia para os países da América hispânica, a executiva Adriana Noreña.
A busca de talentos é um dos principais desafios da empresa com sede em Mountain View, no estado da Califórnia (EUA), mas também há a preocupação de incentivar os funcionários a se arriscar, a se equivocar e voltar a começar como parte do processo de aprendizagem profissional.
"No Google, cai bem dizer: me equivoquei e vou corrigir", explicou Noreña em entrevista à Agência Efe no Centro de Engenharia do Google, em Belo Horizonte. Para a colombiana, que está desde 2011 no principal posto da companhia para os países da América hispânica, não ter medo do fracasso é algo que é preciso ser estimulado abertamente, e não só em empresas de tecnologia.
"Acredito que é algo que é preciso ser incentivado, ser dito e ser vivido. Há gente que não aceita isso. Ou seja, em quantas empresas, quando se comete um erro, você vai para a rua? É preciso ter essa transparência e dizer, está ok. No Google, isso se faz muito. Nós o fazemos internamente. "Errei", as pessoas não tem medo de dizer", contou a executiva.
A vantagem para os que empreendem na internet, segundo Noreña, é que é "mais fácil se equivocar, mas também é mais fácil se corrigir e saber que errou, porque as coisas são vistas em tempo real".
Se por um lado a diretora geral do Google na América hispânica diz que é preciso impulsionar algumas posturas, há outras típicas dos latino-americanos que, segundo ela, podem contribuir com a companhia.
"Uma que é básica e que se vê muito no Brasil e na Argentina é a capacidade criativa. Isso no mundo publicitário é essencial. A segunda é que as economias da América Latina passaram por hiperinflações, desvalorizações. Então, a capacidade de adaptação dos modelos de negócios para sobreviver, digamos, foi colocada mais em teste na América Latina", analisou Noreña.
Para a executiva, essas características podem fazer com que o "novo Google" surja na América Latina "porque há capacidade criativa, resiliência, que provavelmente é algo mais difícil de ser visto em uma economia mais estável".
Desde 2005, a companhia mantém em Belo Horizonte o primeiro e único centro de engenharia na América Latina, um espaço de atração de talentos diferente das operações comerciais presentes em outros países da região. Apesar disso, atrair talentos para todas as operações do Google continua sendo um dos grandes desafios, segundo Noreña.
"Ainda é um desafio porque não há talentos suficientes nas universidades, mas conseguimos contratar em todos os países e formar esse talento", frisou.
Noreña também citou a concorrência com as agências de publicidade por profissionais desse segmento de atuação.
"Há concorrência pelos talentos, um fato, porque são poucos, mas também há necessidade de gerá-lo. Nós fizemos várias coisas para ajudar a educar esses talentos: ferramentas online, temos o Google Academy. Há uma plataforma para a formação de agências, profissionais de marketing digital e consultores online que se chama Google Partners, onde os capacitamos e lhes damos ferramentas para que primeiro treinem e depois também façam disso um negócio", explicou.
Belo Horizonte - Talento e fracasso podem caminhar lado a lado? Para o Google , a resposta é afirmativa e se faz presente em sua cultura corporativa, como garante a diretora geral da companhia para os países da América hispânica, a executiva Adriana Noreña.
A busca de talentos é um dos principais desafios da empresa com sede em Mountain View, no estado da Califórnia (EUA), mas também há a preocupação de incentivar os funcionários a se arriscar, a se equivocar e voltar a começar como parte do processo de aprendizagem profissional.
"No Google, cai bem dizer: me equivoquei e vou corrigir", explicou Noreña em entrevista à Agência Efe no Centro de Engenharia do Google, em Belo Horizonte. Para a colombiana, que está desde 2011 no principal posto da companhia para os países da América hispânica, não ter medo do fracasso é algo que é preciso ser estimulado abertamente, e não só em empresas de tecnologia.
"Acredito que é algo que é preciso ser incentivado, ser dito e ser vivido. Há gente que não aceita isso. Ou seja, em quantas empresas, quando se comete um erro, você vai para a rua? É preciso ter essa transparência e dizer, está ok. No Google, isso se faz muito. Nós o fazemos internamente. "Errei", as pessoas não tem medo de dizer", contou a executiva.
A vantagem para os que empreendem na internet, segundo Noreña, é que é "mais fácil se equivocar, mas também é mais fácil se corrigir e saber que errou, porque as coisas são vistas em tempo real".
Se por um lado a diretora geral do Google na América hispânica diz que é preciso impulsionar algumas posturas, há outras típicas dos latino-americanos que, segundo ela, podem contribuir com a companhia.
"Uma que é básica e que se vê muito no Brasil e na Argentina é a capacidade criativa. Isso no mundo publicitário é essencial. A segunda é que as economias da América Latina passaram por hiperinflações, desvalorizações. Então, a capacidade de adaptação dos modelos de negócios para sobreviver, digamos, foi colocada mais em teste na América Latina", analisou Noreña.
Para a executiva, essas características podem fazer com que o "novo Google" surja na América Latina "porque há capacidade criativa, resiliência, que provavelmente é algo mais difícil de ser visto em uma economia mais estável".
Desde 2005, a companhia mantém em Belo Horizonte o primeiro e único centro de engenharia na América Latina, um espaço de atração de talentos diferente das operações comerciais presentes em outros países da região. Apesar disso, atrair talentos para todas as operações do Google continua sendo um dos grandes desafios, segundo Noreña.
"Ainda é um desafio porque não há talentos suficientes nas universidades, mas conseguimos contratar em todos os países e formar esse talento", frisou.
Noreña também citou a concorrência com as agências de publicidade por profissionais desse segmento de atuação.
"Há concorrência pelos talentos, um fato, porque são poucos, mas também há necessidade de gerá-lo. Nós fizemos várias coisas para ajudar a educar esses talentos: ferramentas online, temos o Google Academy. Há uma plataforma para a formação de agências, profissionais de marketing digital e consultores online que se chama Google Partners, onde os capacitamos e lhes damos ferramentas para que primeiro treinem e depois também façam disso um negócio", explicou.