Executiva é demitida por causa do Twitter. Veja outros casos
A diretora da IAC – empresa dona de sites como Vimeo – é a nova integrante da lista de demitidos por perder a linha nas redes. Confira outras 8 demissões:
Camila Pati
Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 15h45.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h21.
São Paulo – A diretora de Relações Públicas da IAC – empresa dona de sites como Vimeo e OkCupid – é a mais nova integrante da lista de profissionais que não seguiram as r egras básicas de comportamento nas redes sociais e se deram mal. Confira este e outros casos marcantes, nos últimos 3 anos, de demissões causadas por quem fala demais no Twitter ou no Facebook
A executiva Justine Sacco já estava de malas prontas para uma viagem à África do Sul quando publicou o seguinte tuíte na sexta-feira passada: "Going to Africa. Hope I don't get AIDS. Just kidding. I'm white!" Algo como "Indo para a África. Espero não pegar AIDS. Brincadeira. Eu sou branca!", numa tradução livre. A repercussão nas redes sociais foi tão grande que a e a hashtag #JustineSacco despontou entre as s mais discutidas no Twitter. A mensagem foi apagada assim que Justine desembarcou. Mas a demissão já era certa, mesmo com o pedido de desculpas publicado em perfil criado pela executiva no Facebook.
Em setembro deste ano, o jornalista Flavio Gomes, então apresentador do canal esportivo ESPN, soltou o verbo contra o árbitro Jailton Macedo Freitas após discordar de um pênalti a favor do grêmio em partida com a Portuguesa. Torcedor da Lusa, o jornalista não poupou palavrões e xingamentos: "O Grêmio é um time filho da ***. Ridículo. [...] Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a ***", escreveu. A ESPN demitiu o jornalista que, declarou, depois, ter se arrependido da brincadeira.
Em fevereiro deste ano, duas estagiárias do Senado Federal perderam o emprego depois de publicarem uma foto de um rato – que supostamente apareceu no local- no Facebook. O problema foi a legenda que associava o animal ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL): “E a gente achou que o único problema aqui fosse o Renan Calheiros”, escreveram as jovens. A postagem rendeu o estágio das estudantes de administração e direito. Os nomes delas não foram divulgados, mas uma delas seria sobrinha de Joaquim Barbosa, presidente do STF, segundo reportagem do Correio Braziliense. Em nota, a coordenação de comunicação do Senado justificou a demissão das duas dizendo que elas são indisciplinadas e que, como não tratava-se de estágio sem vínculo empregatício, a desligamento fica a critério da Casa. O comunicado afirma que as estagiárias usaram o computador e a conexão com a internet do Senado durante o expediente para acessar o Facebook e divulgar conteúdo ofensivo.
Ao tornar pública – por engano- uma troca de mensagens inapropriada no Twitter, o deputado norte-americano Anthony Weiner viu sua carreira política ir por água abaixo. Uma confusão com botões da rede social fez com que uma foto dele de cueca viesse a público. O escândalo foi tamanho (em 2011) que ficou conhecido como Weinergate e custou-lhe a cadeira no Congresso já que teve que se afastar. O deputado admitiu que mantinha conversas eróticas pela rede de microblogs com seis mulheres.
Brincadeiras com tragédias sempre pegam mal, mas há quem insista em fazê-las. Gilbert Gottfried é um exemplo de comediante que perde o emprego mas não perde a piada de mau gosto. Em referência ao terromoto e tsumani que devastaram o Japão em 2011, o comediante resolveu ser “engraçadinho” e publicou na sua conta pessoal do Twitter: o Japão é realmente avançado. Eles não vão à praia. A praia vem a eles”. A piada resultou no fim do contrato do companhia de seguros Aflac, cujo mascote, um pato, era dublado pelo comediante.
Uma “demissão temporária” foi o resultado colhido pelo diretor comercial da Locaweb, Alex Gilkas, depois de perder a linha e xingar a torcida do São Paulo, em março de 2010. Apoiador do rival Corinthians, Gilkas deixou o lado torcedor falar mais alto, como ele mesmo definiu em pedido de desculpas. O detalhe era que a Locaweb tinha fechado acordo de patrocínio com o Tricolor paulista e torcida se enfureceu após ser alvo de comentários homofóbicos. A Locaweb inclusive foi citada em um dos tuítes:: “Vamo (sic) Locaweb! Timão eooo!”. Após pressão são-paulina, Gilkas foi demitido, mas r econtratado depois que a poeira abaixou, ainda no mesmo ano .
Ao lamentar a morte do aitolá xiita Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah, líder do Hezbollah, a jornalista Octavia Nasr parece ter se esquecido de que no seu país, os Estados Unidos, ele era considerado um terrorista e que isso poderia “pegar mal”, ainda mais para uma editora da CNN. O tuíte foi imediatamente mal recebido e a demissão veio em seguida. De acordo com a CNN, a declaração da jornalista colocava em dúvida a sua credibilidade.
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