Carreira

É hora de o líder aparecer

Lidar bem com os efeitos da desaceleração da economia é qualidade dos líderes competentes e bem preparados. Como se diz, é na crise que os bons gestores aparecem

Ilustração: líder com bóia (Breno Ferreira / VOCÊ S/A)

Ilustração: líder com bóia (Breno Ferreira / VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 10h16.

São Paulo - O substantivo “recorrência” tem o significado de algo que se repete. Um fato recorrente é do tipo que vai acontecer de novo obedecendo, ou não, a um ciclo. Qualquer gestor que pense estrategicamente sabe que as recorrências devem ser respeitadas. São fatos relevantes. Quem ignora as recorrências corre o risco de cometer os mesmos erros e não aprender nada com eles.

Desde os estudos de Schumpeter sabemos que o mercado é cíclico, que a economia oscila como as ondas do mar e que as crises são, sim, recorrentes. Lidar bem com elas é qualidade dos gestores competentes e dos líderes preparados. Ninguém é julgado pelas crises que teve na vida, e sim pela maneira como reagiu a elas.

A desaceleração da economia não configura, necessariamente, uma crise, mas é um fato recorrente que impacta os resultados das empresas, que correm o risco de ver a desmotivação e o desânimo se instalarem nas equipes, que sentem a pressão — afinal o caixa não pode ser afetado, pois ele é o cálice sagrado que alimenta a todos.

Nessas horas, além de uma boa dose de bom senso, pelo menos três qualidades precisam ser acionadas: a resistência, para não deixar o ânimo cair; a eficiência, para tentar fazer mais com menos; e a criatividade, pois não podemos esperar novos resultados com velhas estratégias. 

Estudos mostram que existem empresas que parecem nunca ser atingidas por crises e que mantêm seus resultados dentro de uma regularidade desconcertante. Será que o segredo dessa imunidade toda é o tipo de produto ou o mercado em que elas atuam? Ainda que esses fatores devam ser respeitados, a resposta é que essas empresas são capazes de prever as recorrências e se valem de ações preventivas, mitigadoras e corretivas.

Falando em recorrências, quantas vezes você já ouviu que é nos momentos difíceis que surgem os grandes líderes? Provavelmente tantas vezes que já está virando lu­gar comum, conceito cansado, quase um bordão de autoajuda.

Pode ser, mas nada disso elimina o componente de verdade que essa mensagem contém. O que não dá é parar o barco. E, no meio de uma crise, recessão ou dificuldade de qualquer natureza, é bom ter bem claro na mente que a vida é cíclica, que uma nova fase de abundância virá e que, por melhor que seja, também não durará para sempre.

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