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Quantas vezes você ficou atordoado sem saber como usar certos termos em português? Por que, porquê, porque ou por quê? 

Embora pareçam ser apenas variações da mesma palavra, elas têm funções gramaticais e usos diferentes, e usá-las incorretamente pode mudar completamente o sentido de uma frase. 

Aqui, vamos abordar as diferenças entre esses termos e fornecer algumas dicas de como usá-los corretamente na língua portuguesa.

Qual é a diferença dos porquês?

O uso adequado dos porquês demonstra domínio da língua escrita e pode ser um diferencial ao redigir uma redação para o vestibular ou mesmo durante uma entrevista de emprego. 

Isso acontece porque os porquês são utilizados para justificar determinadas situações ou ações, explicando os motivos pelos quais algo foi feito. Assim, se você souber utilizá-los da maneira correta, terá mais facilidade para argumentar e convencer as pessoas com as suas ideias. 

E o melhor é que entender e aplicar o emprego dos porquês é bem mais fácil do que você imagina. Acompanhe todas as regras a seguir.

Qual o significado dos 4 porquês

Os quatro tipos de "porquês" têm significados diferentes e servem para diferentes propósitos. Abaixo segue uma explicação completa sobre cada um deles:

Por que (separado e sem acento)

A construção com "por que" é usada para questionamentos diretos e indiretos. Ou seja, pode aparecer como uma pergunta explícita (com ponto de interrogação) ou uma que está implícita. Em qualquer caso, a frase em questão precisa refletir incerteza, dúvida ou desconhecimento.

O “por que” pode ser usado em três situações:

1. Para iniciar perguntas. Exemplos:

  • Por que o mar é azul? 
  • Por que ele veio?

2. Quando puder ser substituído por “por qual razão” / “por qual motivo”. Nesse caso, "por que" tem a função de pronome relativo. Exemplos: 

    • Não sei por que ele veio.
    • Ainda não entendi por que ele está sempre com fome.

    3. Quando puder ser substituído por “pelo qual” ou suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais). Exemplo:

      • Ela me disse os motivos por que (pelos quais) não veio.
      • Você é a pessoa por que (pela qual) sempre esperei

      Por quê (separado e com acento)

      O separado e com acento é usado no final da frase, antes de ponto (final, ou de interrogação, ou de exclamação). Exemplo:

      • Não assistiu aos vídeos ainda por quê?
      • Você está chateada por quê?
      • A encomenda não chegou por quê?

      Porque (junto e sem acento)

      Esse é causal ou explicativo, sendo usado para responder às perguntas. Sempre pode ser substituído por “pois” ou por “uma vez que”. Vale lembrar que esse “porque” desempenha a função de uma conjunção subordinativa causal ou coordenativa explicativa. Exemplo:

      • Não passei porque não fiz a redação
      • Não vou à festa porque não tenho roupa
      • Leve o guarda chuva porque vai chover

      Porquê (junto e com acento)

      É o porquê substantivo. Pode ser substituído por “o motivo”, “a causa”. É o único que pode ir para o plural: os porquês. Exemplo:

      • Não sabemos o porquê da sua alegria
      • Não entendo o porquê da sua decisão
      • Gostaria de saber o porquê da desistência 

      Veja também:

      O que é substantivo? Veja exemplos para praticar
      Quando usar onde ou aonde? Professor de português explica
      O que são conjunções coordenativas e subordinativas? Professor de português explica

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