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Você não quer ser um cego apalpando um elefante, né?

Num mercado em que a empresa não está no centro, os profissionais precisam descobrir uma nova forma de enxergar o trabalho

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Ilustração - As redes e os cegos (Andrea Ebert/EXAME.com)

Ilustração - As redes e os cegos (Andrea Ebert/EXAME.com)

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Gil Giardelli

Publicado em 21 de abril de 2013 às, 06h00.

São Paulo - Durante mais de um século, as teorias de administração e estratégia nos ensinaram que a empresa está no centro do mercado. As teorias de Peter Drucker, talvez o maior pensador de gestão do século 20, nasceram do estudo que ele fez da organização interna da General Motors em 1943, e desse estudo surgiu o livro do conceito de corporação, que até hoje norteia o estudos de administração de empresas.

Nos dias de hoje, o professor Yoram Wind, da escola de negócios de Wharton, nos Estados Unidos, mostra que os conceitos de Drucker estão perdendo força, uma vez que a empresa não está mais necessariamente no centro. No mercado atual, não existe centro, existe rede. Os negócios estão interligados. Quando um banco quebrou em 2008, o sistema financeiro mundial entrou em colapso. 

A era das redes significa uma nova forma de compreender a dinâmica dos negócios e do trabalho. Exige uma mudança na maneira de pensar dos profissionais. É preciso estar aberto à inovação coletiva, a revelar uma ideia para ser desenvolvida em comunidade.

'É preciso aprender a fazer gestão do conhecimento que está fora da empresa. As companhias imploram por pessoas que entendam a liderança baseada em rede — que sejam capazes de construir uma estrutura de relacionamentos, que saibam como acessar informações e pessoas.

A era das redes exige ousadia. Profissionais devem entender que a cooperação pode substituir a competição. Devem ser capazes de enxergar alianças lucrativas com o concorrente mais feroz. Devem saber lidar com um consumidor que tem voz e que se manifesta.  

As redes estão aí, mas as pessoas têm dificuldade de compreendê-las. Estamos acostumados a enxergar as empresas, mas engatinhamos no entendimento das redes. Vivemos como os cegos daquela manjada fábula em que um príncipe indiano chama três deficientes visuais para apalpar três diferentes partes de um elefante.

Sem poder compreender o todo, cada cego diz que tocou um diferente objeto, mas nenhum conclui que era um animal. Os negócios em rede são como um elefante. Cada um compreende um pedaço, de acordo com as percepções pessoais. 

Como ninguém sabe tudo, devemos mixar experiências e imaginar novos modelos de negócios no século 21. O que você deseja ser? Um novo príncipe dos negócios em rede, um cego perdido na torrente digital ou um elefante incompreendido? Está em suas mãos. 

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