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Álbum da Copa do Mundo 2022: esta empresa resolveu facilitar troca de figurinhas entre funcionários

Empresa de suplementos Vitabe criou grupo no Whatasapp e deixou o espaço do café à disposição para os funcionários trocarem figurinhas durante o expediente. Segundo especialistas, a febre do álbum da Copa do Mundo pode trazer benefícios para as empresas

28 May 2020, Baden-Wuerttemberg, Schorndorf: Edgar Schatz, collector of collectors' pictures, assorted collectors' book stickers. (to dpa: "Bagful of memories from Panini - even of an unusual EM") Photo: Marijan Murat/dpa (Photo by Marijan Murat/picture alliance via Getty Images) (Marijan Murat/picture alliance/Getty Images)

28 May 2020, Baden-Wuerttemberg, Schorndorf: Edgar Schatz, collector of collectors' pictures, assorted collectors' book stickers. (to dpa: "Bagful of memories from Panini - even of an unusual EM") Photo: Marijan Murat/dpa (Photo by Marijan Murat/picture alliance via Getty Images) (Marijan Murat/picture alliance/Getty Images)

Desde que chegou às bancas no último dia 19, o álbum de figurinhas da Copa do Mundo 2022 tem feito sucesso nas redes sociais, mas também fora delas, com algumas bancas de jornais registrando filas que dobram as esquinas.

E, na vida adulta, qual o melhor lugar para trocar figurinhas se não o trabalho? De olho nisso, a Vitabe, empresa de suplementos com sede em Valinhos, em São Paulo, resolveu facilitar e organizar a troca entre os 100 funcionários no seu escritório.

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"De uma hora para a outra, todo mundo estava trocando figurinhas na empresa. Entendemos que isso viralizou, então, resolvemos facilitar de alguma forma", diz Nivaldo Júnior, CEO da Vitabe.

Além de comunicar para os funcionários que não haveria problemas em trocar as figurinhas durante o expediente e deixar o espaço do café à disposição para quem quisesse fazer isso nos intervalos, a Vitabe criou um grupo de Whatsapp para facilitar a comunicação e o escambo entre o time.

"Nós estamos espalhados em três andares diferentes do prédio, então, o grupo ajuda a organizar melhor essa dinâmica. A ideia, porém, não é criar regras, mas só facilitar esse momento de descontração", afirma Júnior.

Álbum da Copa do Mundo como teambuilder?

Segundo Yuri Trafane, CEO da Ynner, o recado para as empresas que também estão vendo a febre das figurinhas invadir os escritórios é seguir o exemplo da Vitabe e interferir o menos possível na prática. 

"A empresa pode sinalizar que ela vê com bons olhos a troca das figurinhas, disponibilizar uma sala ou algum espaço, mas sem criar muitas regras. O que mais vai gerar riqueza será a espontaneidade, então, quanto mais orgânico melhor", diz.

Se bem aproveitado, não só a troca de figurinhas, mas a Copa do Mundo 2022 em si pode ser uma boa oportunidade para estreitar os laços entre os times, algo que, em tempos de trabalho híbrido, tem sido um desafio para diversas organizações.

Escritório da Vitabe, empresa de suplementos, em Valinhos (Vitabe/Divulgação)

"Uma das maiores reclamações é que as empresas são fragmentas. E, nada melhor que um momento como esse, para gerar um networking espontâneo. O funcionário da logística vai falar com o colega da fábrica que às vezes não conversa no dia a dia", diz Trafane.

"Com isso, vai aumentar o nível de confiança e comunicação entre os departamentos, beneficiando a própria empresa com a diminuição dos silos", afirma o especialista.

A criação de um ambiente lúdico dentro das empresas para criar momentos de descontração e aliviar o estresse é apontada há algum tempo como um fator que auxilia no engajamento dos times.

Na obra Humor, Seriously: Why Humor Is a Secret Weapon in Business and Life (and How Anyone Can Harness It. Even You), pesquisadoras da Wharton School mostram, a partir de pesquisas, que um dos 12 aspectos que ajudam a criar equipes mais engajadas é ter bons amigos no trabalho.

"Quando você incentiva algo trivial, como troca de figurinha, gera oportunidades de criar aproximação entre as pessoas e, consequentemente, o aparecimento de amizades. O que, a longo prazo, gera equipes mais comprometidas", diz Trafane.

Em tempos em que as empresas falam de autonomia e liberdade com responsabilidade, ir no caminho oposto e proibir a troca de figurinhas pode pegar mal.

"Depois do home-office, em que vimos que por trás de cada profissional existe uma pessoa, com filhos, família, gato, cachorro, houve uma maior demanda por demonstrar humanidade nas empresas. Proibir é voltar 50 anos atrás, quando reinava o comando e controle", afirma o especialista.

Incentivar que os líderes também troquem figurinhas com o time pode ser algo bom, já que nada melhor que o exemplo da alta liderança nesses momentos. Isso está no radar da Vitabe que também já planeja ações para os dias dos jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2022. 

"Quando as partidas forem de manhã, vamos comprar salgadinhos e comidinhas e assistir no escritório. Já quando forem no final da tarde, vamos liberar o time para ir embora mais cedo. Se as pessoas estão mais felizes, acabam sendo mais produtivas", finaliza Júnior.

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