8 CEOs que têm currículo com atividades excêntricas
De programas de auditório a esportes radicais, veja executivos que diversificaram as atividades durante a trajetória de carreira
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 17h08.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.
São Paulo - Existem os presidentes de empresa que construíram uma carreira dentro da companhia e galgaram cargo a cargo na hierarquia ou os que fundaram um negócio de sucesso e assumiram a presidência. Há também aqueles que estudaram nas melhores universidades do mundo e ocuparam altos postos em diversas empresas ou ainda os presidentes que herdaram a companhia da família. Em meio a esses engravatados de grandes empresas ao redor do mundo, um grupo chama a atenção: os CEOs excêntricos. Seja por ações de marketing, seja para diversificar a trajetória da carreira, eles apostaram em atividades que não são as mais comuns entre os presidentes de empresa. De esportes de aventura a programas de auditório, veja as atividades excêntricas no currículo de 8 CEOs.
Por que contratar uma modelo para se vestir de noiva e divulgar a nova marca da companhia se o próprio CEO pode cumprir o papel? O britânico Richard Branson, que tem o título de "Sir" dado pela rainha Elizabeth II, construiu o conglomerado Virgin com investimentos que vão da música a viagens aeroespaciais. Com uma fortuna pessoal estimada em 4,2 bilhões de dólares, Branson não viu problemas em se vestir de noiva para o lançamento da Virgin Bridal Store, marca especializada em roupas para moças casadoiras. O currículo de Branson ainda inclui a tentativa de entrar no Guinness Book, o livro dos recordes. Apesar de não ter conseguido dar a volta ao mundo a bordo de um balão de ar quente, o britânico foi o primeiro a conseguir atravessar o Atlântico dessa forma. O bilionário também conta com as atividades curriculares de oficializar matrimônios em avião e no espaço e participações em seriados de TV e filmes, como 007 - Casino Royale.
Como engenheiro de computação, Steve Wozniak inovou e criou os computadores pessoais Apple I e II na empresa que fundou ao lado de Steve Jobs. Paralelamente à Apple, o norte-americano continuou apostando em projetos inovadores na área de tecnologia e também na dança. O bilionário participou da oitava temporada do programa Dançando com as Estrelas, que foi ao ar na televisão nos Estados Unidos em 2009. Apesar de ter sobrevivido algum tempo na competição, ele foi desclassificado pelos juízes na modalidade tango argentino. Wozniak também já participou de seriados na TV, inclusive interpretando ele mesmo em episódio da série "The Big Bang Theory".
Além do "Outro Steve", como Wozniak é conhecido, Steve Jobs também apostou em diferenciais na carreira fora da Apple. Antes de entrar para o hall dos visionários com a criação de produtos que são parte do cotidiano do século 21, como o mouse de computador e o iPod, o jovem que seria o fundador da Apple tirou um sabático na Índia. Vivendo nos anos 70 e sem carreira definida, Jobs foi morar em acomodações coletivas e estudar com um guru em retiro espiritual. O bilionário da tecnologia afirmou que as experiências prévias foram aproveitadas de alguma forma para a construção dos produtos da Apple.
Conhecido pelo estilo ousado na condução dos negócios, o CEO da Oracle gosta de esportes de aventura. Larry Ellison, quinto homem mais rico do mundo, já investiu na prática de tênis, ciclismo de montanha, surf e vela. Na última modalidade, ele chegou a vencer a 33ª edição da America's Cup, no ano passado. Ellison, que tem 66 anos, também investe milhões na pesquisa de produtos anti-idade e acredita na busca pela fonte da juventude, segundo a imprensa norte-americana. Acredita-se que o bilionário fundador da Oracle seja o modelo para o personagem Tony Stark, o "Iron Man".
Assim como Steve Jobs, o fundador da Amazon.com, Jeff Bezos precisou de um momento sabático antes de fundar a empresa que é líder em comércio eletrônico no mundo. O CEO da Amazon.com trabalhou em Wall Street como analista financeiro e chegou a ser vice-presidente da Bankers Trust. Ele fundou a companhia que o tornou bilionário (com fortuna pessoal estimada em 18,1 bilhões de dólares) após atravessar os Estados Unidos em viagem entre Nova York e Seattle. No currículo de Bezos também há aparições, como ele mesmo, em documentários e episódio de Os Simpsons.
Peter Lewis, antigo CEO da gigante de seguros Progressive, é conhecido no mundo dos negócios por ter dado continuidade à expansão do grupo herdado da família e ser partidário da legalização da maconha. Com uma fortuna pessoal estimada em em 1,1 bilhão de dólares, Lewis faz doações a grupos políticos e de caridade, além do patronato a artistas. No entanto, a campanha beneficiada por Lewis mais conhecida é a causa pela legalização da maconha. Em 2010, Lewis doou 900 mil dólares Marijuana Policy Project. O executivo já foi preso por porte da droga na Nova Zelândia, mas seus advogados alegaram o uso medicinal da substância.
O Brasil pode não ter figuras no mundo dos negócios com currículo recheado de excentricidades, mas possui alguns empresários que gostam de diversificar na área de atuação. O presidente do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes, ampliou o conglomerado herdado da família e também se aventurou na política. Ao lado dessas atividades, o empresário apostou no teatro como hobby e escreveu e produziu três peças que ficaram em cartaz em São Paulo: Brasil S.A., Acorda Brasil e S.O.S Brasil. O bilionário é também membro da Academia Paulista de Letras. Hoje, doente, Antônio Ermírio vive afastado da vida pública.
O empresário Constantino de Oliveira Júnior controla a holding responsável pelas companhias aéreas GOL e Varig desde a década. Antes de comandar a empresa criada pelo pai, magnata do setor de transportes, Constantino Jr. apostava também no automobilismo.
O executivo foi piloto da Fórmula 3 Sul-americana e hoje ainda disputa a Stock Car Brasil, com a Crystal Racing Team, e a Brasil GT3 Championship. Constantino Jr. foi piloto de monomotor, com brevê registrado aos 17 anos.
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